sábado, 30 de julho de 2011

Provocações sobre o tempo...

"Tempo, tempo, tempo, compositor de Destinos..."

O tempo do Espírito é diferente do nosso. É um tempo sem conta, sem datas, mas com ações e profundos aprendizados. Nosso tempo, da Terra, contado, sem reflexões produz uma certa dificuldade em aprender a aprender, tanto sobre si, quanto sobre o outro. Nossa organização do tempo - a cronologia terrena - por incrível que pareça,acaba por nos desorganizar energéticamente. Isso porque não aprendemos a usar nossos sentidos para atender nossas necessidades mais íntimas. Ficamos vivendo um tempo para o externo e só para o externo; para a superfície da matéria; para a objetivação e eficiência absoluta de tudo. O que gera uma competição insana e uma angústia óbvia.
Uma das características da pessoa que está aprendendo a se espiritualizar é a noção de tempo mudando. Passamos a nos organizar de modo atípico e,em muitas situações nos sentimos, realmente, fora do tempo cronológico. Passamos a dar prioridade a coisas diferentes, pois descobrimos quem somos e, na pior das hipóteses quem gostaríamos de ser (rs).
Ao aprender a controlar a respiração na meditação, por exemplo, controlamos o pensamento e, com o pensamento, organizamos melhor nossos tempos (espiritual e cronológico).
Nesse sentido, podemos considerar que a expansão da consciência decorrente da prática da oração, dos trabalhos espirituais sérios, propiciam também uma reconexão com esses tempos, de modo a que nossa vida passa a ser regida por um tempo diferente, um tempo que oscila entre o cronológico e o espiritual (integrando-os). Como resultado somos capazes de nos organizar de modo diferente, pois nossa definição do que é prioridade fica bem mais claro. Acabamos sendo mais produtivos, mas não mais competitivos...
Na minha opinião esse é o tempo regido por Oyá, a mãe do Tempo. E dai, a canção faz mais sentido ainda...e concordo quando ela diz que o tempo é "compositor de destinos". Em sua senda vamos construindo quem somos e quem queremos ser. E ai, passamos a entender que tanto o que somos e o que queremos ser também passam por um exercício de Fé. A Fé me move, me motiva, me ampara, me ajuda a vislumbrar um futuro ao longo do Tempo.
Talvez por isso Fé e Tempo sejam complementos, né?
mas dai, são outras provocações...
Salve Oxalá, minha Fé!
Salve Oyá, meu Tempo!
Axé!
Nelly

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