sábado, 2 de julho de 2011

Entende quem pode...mais uma história de Preto Velho

Um Preto-Velho em um Centro Espírita

"Dando início a uma destas reuniões mediúnicas num centro espírita orientado pela doutrina de Allá Kardec, foi feita a prece a abertura por um dos presentes. Iniciando-se as manifestações, pequenas mensagens de consolo e apoio foram dadas pelos desencarnados aos membros da reunião. Quando se abriu o espaço destinado à comunicação de Espíritos necessitados, ocorreu o inesperado, a médium Letícia fica sob a influência de um Espírito...O dirigente Sr. Antenor, como sempre fez nos seus vinte anos de prática espírita, deu-lhes as boas-vindas, em nome de Jesus.

- Seja bem-vindo, meu irmão, nesta casa de caridade.

O espírito respondeu:

- Boa noite fio. Suncê me dá licença pra eu me aproxima de seus trabaios, fio?

- Claro, meu companheiro, nosso centro espírita está aberto a todos os que desejam progredir. – respondeu o dirigente da mesa. Todos os presentes perceberam que a entidade comunicante era um Preto-Velho. A entidade continuou:

- Vós mecê não tem ai uma bebida pra eu bebê, fio?

- Não, não temos.Você precisa se libertar destes costumes que traz dos terreiros, que é o de ingerir bebidas alcoólicas. O espírito precisa evoluir – disse-lhe o Sr. Anestor.

- Vósmecê, num tem ai um pito? To com vontade de pita um cigarrinho, fio.

- Ora meu irmão, você deve deixar o mais breve possível este hábito adquirido nas práticas de terreiro, se é que queres progredir. Que benefícios traria isso a você?

O Preto-Velho respondeu :

- Preto Veio gosto muito de suas falas, mas suncê e mais alguns dos médiuns não faz uso do cigarro, fio? Suncê mesmo num toma suas bebidinhas nos finar de semana? Vós mecê pode me explica a diferença que tem o seu Espírito que beberica whisky do meu Espírito que quer beber aqui dentro? Ou explica pra mim, a diferença do cigarrinho que suncês fuma na rua, daquele que eu quero pita aqui dentro?

Sr.Anestor não pode explicar, mas resolveu arriscar :

- Ora, meu amigo, nós estamos num templo espírita é preciso respeitar os trabalho de Jesus.

Fio, ou se suncê preferi...Caro dirigente, na escola espiritual da qual faço parte, temos aprendido que o verdadeiro templo não se constitui nas quatro paredes a que chamais centro espírita. Para nós, estudiosos da alma, o templo da verdade é o do Espírito. E é ele que está sendo profanado com o uso do álcool e do fumo, como vêm procedendo os senhores. Vosso exemplo na sociedade, perante os estranhos e mesmo seus familiares, não tem sido dos melhores. O hábito, mesmo social, de beber e fumar deve ser combatido por todos os que trabalham na terra em nome do Cristo. A lição do próprio comportamento é fundamental na vida de quem quer ensinar. Houve grande silencio diante de tal argumentação segura.Pouco depois, o Espírito continuou :

- Suncê me adescurpa a visitação que fiz hoje, e o tempo que tomei do seu trabaio. Vou-me embora pra donde vim, mas antes, fio, queria deixa a suncêis um conseio: que tomem cuidado com suas obras, pois, como diria Nosso Sinhô, tem gente coando mosquito e engolindo camelos. Cuidado irmãos, muito cuidado. Preto-Véio deixa a todos um pouco da paz que vem de Deus. Ficam meus sinceros votos de progresso a todos os que militem nesta respeitável Seara.

Dado o conselho, afastou-se para o mundo invisível. Dr. Anertor ainda quis perguntar-lhe o porque de falar "daquela forma", mas não houve resposta. No ar ficou um profundo silêncio, uma fina sensação de paz e uma importante lição para todos meditarem."


(Isso aconteceu na Casa Espírita Seara Bendita e foi repassada por uma das médiuns presentes).
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Mediunidade de Ogã

Enviado pela Mauésinha...Obrigado! Bem legal!


Publicado 1 de julho de 2011
Ser Ogã é muito mais do que ser aquela pessoa no fundo do Terreiro, tocando pontos para as entidades, médiuns e assistentes.
Ser Ogã é participar de forma efetiva e consciente nos trabalhos.
Isso exige conhecimento, concentração, responsabilidade e mediunidade. O Ogã é o médium responsável pelo canto, pelo toque, pela sustentação e equilíbrio harmônico dos rituais.
Diferente do que muita gente pensa, um Ogã pode incorporar, porém, a sua mediunidade manifesta-se normalmente, de forma diferente do restante do corpo mediúnico. Manifesta, principalmente, através da intuição, das suas mãos, braços e cordas vocais onde os Guias responsáveis pelo toque e pelos cantos imantam os seus médiuns Ogãs.
Esses mestres da música atuam ativamente, mas de forma pouco perceptível à grande maioria dentro do ritual de Umbanda e, muitas vezes, são pouco lembrados.
Os atabaques, quando devidamente consagrados e ativados pelos Ogãs, são verdadeiros instrumentos de auxílio espiritual, pois são capazes de canalizar, concentrar e irradiar energias que tanto podem ser movimentadas pelo próprio Ogã como pelas entidades de trabalho para os mais diversos fins.
Salve a Coroa dos Ogãs
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www.emdefesadaumbanda.com.br

MEDIUNIDADE NÃO É SINÔNIMO DE "MÁGICA"!

Todo Guia de Umbanda tem um compromisso firmado no Astral Superior de desenvolver em seus médiuns e tutelados, as condições necessárias para que ambos exerçam suas tarefas no plano físico.

Todo médium de Umbanda, muito embora faça parte de uma coletividade, passa por um aprendizado individual e um aprimoramento constante, a fim de assumir as responsabilidades com seus Guias e Protetores com outorga desse mesmo Astral Superior.

Para que haja uma boa sintonia e um bom aprendizado, o médium deve buscar ser dedicado, assíduo, perseverante e paciente.

Através da dedicação ao trabalho o médium ampliará a sua faixa de sintonia com os seus Guias e Dirigentes Espirituais da Casa que faz parte, colocando-se à disposição para o serviço que não começa e nem tampouco termina no momento do transe mediúnico.

A questão da assiduidade firmará no médium a disciplina, que é elemento indispensável na execução dos trabalhos. Quando o médium age com assiduidade a Espiritualidade sabe que sempre terá com quem contar.

A perseverança fará o médium compreender que aconteça o que acontecer, ele, o médium deve permanecer na caminhada abraçada independentemente da compreensão de outras pessoas.

Embora muitas vezes esteja rodeado de outros irmãos o médium vai se sentir sozinho, pois ele tem um caminho interior a trilhar cabendo só a ele escalar as etapas que se sucederem, bem como as montanhas da "calúnia", da "inveja", e do "comodismo alheio".

A paciência auxiliará ao médium na busca da serenidade, renunciando assim a irritação e ao imediatismo mediúnico que tanto prejudicará o bom andamento do seu aprendizado.

Mediunidade não é sinônimo de "mágica" e, portanto, o médium não sabe tudo. Claro que há os mais experientes por terem começado sua caminhada nos primeiros toques dos clarins, tendo já vivenciado alguns ensinamentos, porém sempre estarão aprendendo.

Ainda vemos hoje, muitos irmãos se perguntado: por que meus Guias não se apresentam logo? Porque não riscam seu ponto? Porque não me mostram logo tudo? Porque que eu que estou a mais tempo na Casa não sinto e nem percebo o que esse irmão que tem menos tempo sente e percebe? E assim seguem fazendo mais umas tantas perguntas...
Mas será que ao invés de só perguntarem, esses médiuns buscam responder para si mesmos como está o seu procedimento ou sua conduta como médium?

Guias e médiuns trabalham em parceria. A época do "guiísmo" já passou. E assim como as Entidades esperam o tempo dos médiuns, estes devem aprender o significado do silêncio por parte de seus Guias.

Que Oxalá abençoe a todos os filhos de Umbanda!


"Glória a Deus nas Alturas!"

"Paz na Terra aos homens de boa vontade!"
Um Caboclo em Terras brasileiras

Mensagem recebida em 28/09/2006, por Mãe Luzia Nascimento

Dirigente do Centro Espiritualista Luz de Aruanda

(retirado de http://www.caboclopery.com.br/mediunidade_nao_e_magica)

A Umbanda tem cor?

A Umbanda tem cor?
Tem sim sinhô!
Ela é preta, ela é branca
É de Nosso Sinhô!

A Umbanda tem raça?
Como não tem!
Ela é negra, é ameríndia
e européia também!

A Umbanda é das elite?
É de toda classe sociár!
Ela é dos fios de Zambi
Prá fazer o bem e arretirá o mal!

A Umbanda tem cultura?
Tem fios meus!
Do perdão e da bondade
Que sempre acolhe os seus!

A Umbanda tem História?
Tem meu sinhô!
Basta ver sua trajetória
Nos exemplos de amor!

Mas, a Umbanda tem pressa?
Tem não fios meus!
Cem anos passa ligeiro
Tem fio que nem se apercebeu!

A Umbanda tem objetivo?
Com num tem seu dotôr!
Vem fazer a caridade
Em nome do nosso Mediador!

Mas, qual a cor da Umbanda?
Eu careço de saber!
Prá poder apensar nela
Dentro do meu camutuê!

Prá que tanto de avexame?
Nega veia já vai falar!
Suncê inda num aprendeu
Que agonia faiz é má!

Mas, que cor é essa minha preta?
Deixa de tanto arrudear!
E eu lhe arrespondo meu fio:
Ela é da Cor da Bandeira de Nosso Pai Oxalá!

Salve o Povo de Umbanda!

Por Vicentina de Angola (Mensagem recebida em 05 de maio de 2008, por Mãe Luzia Nascimento - Dirigente do Centro Espiritualista Luz de Aruanda
Terreiro Filiado ao Centro Espiritualista Caboclo Pery
(retirado dehttp://www.caboclopery.com.br/a_umbanda_tem_cor)

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Preparo e Formação Teológica do Sacerdote de Umbanda

Por Rubens Saraceni
Todo sacerdote precisa receber uma preparação muito boa para que possa exercer com sabedoria todas as múltiplas funções que este cargo religioso exige.
É certo que todas as religiões, em seus inícios, não tenham toda uma teologia á disposição daqueles que aderem a elas e assumem posições de destaque, comando ou liderança sacerdotal.
Com a religião Umbandista não seria diferente, pois além de nova, ainda está na sua fase de implantação. fase esta que ainda é experimental mas que permitirá que uma linha de pensamento se delineie naturalmente e torne-se predominantemente em sua doutrina religiosa.
Mas esse experimentalismo não desobriga o sacerdote umbandista de uma boa formação, com a qual poderá exercer suas funções e discutir sua religião com sabedoria e com conhecimentos fundamentais acerca do seu universo religioso.
Nós sabemos que a Umbanda é uma religião espírita na qual a voz de comendo e a última palavra é dada pelos mentores espirituais e pelos guias-chefes dos médiuns. Fato este que tem sido de grande valia para a manutenção dos seus templos e para que as sessões ocorram de forma ordenada.
Mas, e por isto mesmo, é imperioso que todo sacerdote Umbandista desenvolva uma consciência voltada para aprendizado permanente. Fato este que beneficiará a religião como um todo, pois permitirá um aprimoramento ritualístico e uma renovação dos conceitos subtraídos de fontes religiosas não Umbandistas, mas incorporadas para suprir as lacunas conceituais, filosóficas e teológicas ainda existentes. Com algumas até gritantes porque o descaso com a formação teológica dos seus sacerdotes tem vulnerabilizado até práticas comezinhas, tais como: batismo, ma trimônio e funerais, durante os quais uma boa parte dos Umbandistas ainda recorrem a sacerdotes de outras religiões.
Nós sabemos que toda religião, em seu início, ainda é difusa e padece de ritos unânimes entre seus adeptos. Fato este que faz com que em certos casos ou situações seus seguidores recorram aos sacerdotes de suas antigas religiões ou com alguma outra a qual tenha identificação e tenha parentes ou amigos dentro dela.
Por isso é imperioso que envidemos todos os esforços necessários para, num curto tempo, suprirmos as lacunas ainda existentes dentro da nossa religião.
Conceitos filosóficos, teológicos e doutrinários mais profundos, só surgirão com o amadurecimento da própria religião. Mas isto não significa que devemos ficar de braços cruzados e a espera de que alguém venha com tudo pronto porque isto não acontecerá.
Sim. Só quando todos os Umbandistas desenvolverem uma consciência religiosa verdadeiramente de Umbanda e totalmente calcada em conceitos próprios é que um pensamento filosófico, teológico e doutrinário muito bem delineado surgirá e se imporá em todas as correntes mediúnicas que formam essa maravilhosa religião espírita fundamentada na existência de um Deus único e na sua manifestação através de suas divindades (os Sagrados Orixás ou Tronos de Deus).
Devemos incorporar conceitos cujos valores sejam universais e estejam presentes na vida e no dia a dia dos Umbandistas. Assim como, devemos refutar conceitos parcialistas ou dogmáticos que tolham o aperfeiçoamento de nossas práticas e sobrecarreguem a vida e o dia a dia dos Umbandistas, afastando-os dos templos ou impedindo-os de manifestarem livremente suas religiosidades e suas preferências conceituais.
Saibam que os conceitos universais sempre foram incorporados pelas religiões nascentes, que recorrem a ele até que elas mesmas desenvolvam seus conceitos religiosos universalizadores de suas doutrinas, ritos e práticas.

ervas, águas, pedras... coisa séria...

Sei que muita gente fala sobre o uso de ervas em banhos e defumações, falam também sobre pedras como fonte irradiadora de energias e em água como elemento de limpeza, no entanto percebo que muitas dessas falas são incoerentes e, pior, altamente prejudiciais para o Ser pois esses elementos naturais, quando mal utilizados, atingem o corpo astral de forma agressiva prejudicando a mediunidade, a saúde, o equilíbrio emocional e mental, além de que, quando usados no ambiente, podem sobrecarregá-lo com energias densas causando brigas, irritação, desanimo, etc. Ou seja, percebo as pessoas exercendo verdadeiros atos de suicídios energéticos sem nem se darem conta disso. Percebo pessoas rompendo suas próprias auras por causa de uma erva mal usada no banho, e olha que ao romper a aura a pessoa fica totalmente vulnerável aos ataques do baixo astral. Percebo que muitas pessoas deixam de jogar banhos de ervas na coroa, onde se localiza o importantíssimos chacra coronário que é responsável pelo equilíbrio mental e mediúnico do Ser, o que é uma pena pois se esse chacra está impregnado os pensamentos, as ações espirituais e mediúnicas ficam deturpadas e difíceis. É um desperdício uma vez que essa impregnação pode ser facilmente limpa com água especifica ou ervas próprias. Percebo também o mal uso das ervas em defumações, o que muitas vezes piora a energia do ambiente irritando ainda mais as pessoas.

Pior ainda é ver a infinidade de pessoas usando de forma inconsequente as pedras, principalmente quando em pingentes, anéis, colares e pulseiras. Pedras são grandes fontes de energias mas impregnam facilmente tornando-se polos de energias deletérias prejudicando o organismo, os chacras e a aura das pessoas. Já vi pessoas que acordavam com fortes dores de cabeça em um sofrimento diário e sem solução melhorarem definitivamente ao perceberem que ao lado de cama estava uma pedra impregnada de energias negativas. E olha que mesmo aquela pedrinha jogada no fundo da gaveta do criado mudo atua de forma agressiva nas pessoas fazendo-as terem dores incuráveis pela medicina.

Ou seja, o uso das ervas, das pedras e das águas é COISA SÉRIA. E, mais do que isso, é coisa para gente inteligente. O uso desses elementos não pode ser de qualquer forma e em qualquer situação, pois é energia pura e potencializada. É preciso bom senso, conhecimento e boa vontade.

Conclusão: o Conhecimento não limita o Ser, mas a Ignorância sim.

E diante dessa necessidade de conhecimento disponibilizo algumas dicas de banho de descarrego e algo sobre a pedra quartzo rosa, mas tenham consciência que isso é só um milésimo de tudo que as ervas, pedras e águas podem nos oferecer, portanto é imprescindível ESTUDAR!

Quando falamos em realizar um bom Banho de Descarrego. Uma opção é a utilização de ervas próprias para esse fim, que são as ervas quentes e agressivas com grande poder de limpeza, como: folhas de bambu, eucalipto, dandá da costa, gotas de dendê, folhas de fumo, folhas de mamona, guiné, arruda, casca de alho, peregum, folhas de amora, etc, no entanto essas ervas devem ser utilizadas com bom senso e equilíbrio. Não se deve tomar banho de descarrego continuamente e nem durante o dia. O cuidado também se estende ao jogar esse banho na “coroa”, visto que algumas ervas são desapropriadas podendo desequilibrar a mediunidade.

Outra opção de banho de descarrego é o banho de Sal Grosso, mas este requer cuidado pois o sal tem propriedades higroscópicas, ou seja, a capacidade de absorver todas as energias e neutralizá-las, tanto as boas quanto as más. Observamos este fato quando deixamos um copo com sal grosso em um ambiente qualquer e com o passar do tempo acumula-se água nesse copo, isso acontece pois junto com a água são retiradas do ambiente todas as energias deletérias. Por isso, o Sal Grosso como banho de descarrego pode ser prejudicial se for usado de forma errada.

Aproveite essas dicas:

É importante tomar um banho de ervas após o banho de sal grosso, pois este banho vem com a função de repor as energias que foram neutralizadas pelo sal.
Deve-se tomar cuidado com a “coroa”, não jogando o sal grosso na cabeça, salvo orientação das Entidades Espirituais.
Pode-se utilizar pedaços de carvão nas solas dos pés durante o banho de sal grosso. O carvão vem com a função de peneirar as energias, deixando somente as energias más serem neutralizadas.
E quando falamos em MINERAIS muitas vezes nos limitamos somente às pedras, mas o Poder Mineral não está contido somente nelas mas também nas Águas, nas Pembas e nos Minérios como cobre, ferro, alumínio, bronze, pratas, etc. São elementos Divinos e Poderosíssimos que fazem parte da magia de nossa querida Umbanda. São elementos muito utilizados pelos Guias Espirituais mas muitas vezes, pela falta de conhecimento e entendimento, os médiuns bloqueiam as informações enviadas pelo Astral deixando de se beneficiarem desse potente elemento.

AS PEDRAS são energias que trabalham por si. São autênticas fontes de luz, emanadoras de energias curadoras e de energias naturais elementais que podem ser captadas e projetadas em nós ou em nosso ambiente. São Fontes Inesgotáveis de Energias, no entanto é preciso saber DIRECIONÁ-LAS, PROGRAMÁ-LAS e ATIVÁ-LAS. E fazemos isso Mentalmente, Energeticamente, Magisticamente ou Ritualisticamente, cada uma com uma função e força especifica.

O Quartzo Rosa, por exemplo, é energeticamente considerada a pedra do amor. Pode ser utilizada no quarto do casal pois colocando uma pedra sobre cada criado mudo forma-se um campo energético suave, calmo e amoroso. Quando colocada sobre o cardíaco, pode ser até um “simples” pingente, alivia nossa tristeza e solidão, tornando nossa alma mais leve e amorosa. No entanto é importante saber limpa-las e ativá-las com eficiência. Ela é ótima para presentear pessoas agressivas, agindo como um selo de Paz. Na Litoterapia usa-se esta pedra para preparar a “ÁGUA COLORIDA / ROSA” que proporciona efeitos curativos maravilhosos. Nos Rituais de Umbanda é uma das pedras de nossa querida MÃE OXUM, com a qual podemos preparar lindas guias de grande Poder energético e consagrá-las à Orixá Oxum.

Estas são somente algumas dicas. O Universo Vegetal, assim como o Mineral, é imenso não se limitando nestas poucas informações, por isso, para que se tenha um real aproveitamento destes Poderes Divinos e Naturais é necessário O ESTUDO, A DEDICAÇÃO E O AMOR.

Não se limite no simples ou no básico, abra sua mente e o seu espírito para o conhecimento e para a evolução.


(retirado de www.minhaumbanda.com.br)

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Espiritualidade e Mediunidade

A Umbanda é cheia de mistérios e fenômenos, repleta de histórias e inspirações. Isso era pra ser algo muito bom, positivo, pois permite ao médium experenciar a espiritualidade de modo mais ativo. Contudo, como tudo tem dois lados, aqui também temos. É muito comum vermos médiuns se perderem nesse dinâmismo da mediunidade. As informaçoes são muito intensas, as experiências são muito fortes, mas o aprendizado espiritual é quase nulo.
Imagino como podemos entrar em um Templo, rezar, girar, ouvir, sentir os espíritos, principalmente aqueles que são mais amadurecidos que nós, e ainda assim, não modificarmos sequer uma ação íntima em nós mesmos. Nos eximindo de reflexões e de alterções em nossa conduta.
Tenho o costume de pedir, ao abrir o trabalho espiritual, que os mentores nos permitam vivênciar a mediunidade como simples instrumentos, com proteção, segurança, sabedoria e humildade...pois creio que esses são elementos que fazem do médium melhor "aparelho espiritual". Não se colocando como foco de tudo e de todos. Quando nos colocamos como instrumentos, nos dispomos a nos diluir entre os demais e isso, na minha opinião, já é um primeiro passo para a aprendizagem e a transformação positiva do médium: seu coração estará aberto às inúmeras possibilidades de crescimento que advém dos Mentores.
O médium que vivencia a Umbanda apenas dentro do Terreiro, provavelmente não está disposto a tornar-se um espírito melhor, portanto, mais amadurecido de modo consciente e ativo, pois ainda estará vinculado apenas aos fenômenos e aparências. E vivenciar a Umbanda em seu dia a dia, não é a mesma coisa que sair por ai dando conselhos e fazendo mandingas, muito pelo contrário, significa buscar honrar o seu branco, suas guias, seus Orixás e Mentores, por meio da reflexão e da busca cotidiana por seu aprimoramento pessoal - aplicando os conselhos e orientações dos Mestres Divinos. E, é pensando nisso que repasso a conclusão a que cheguei...devemos buscar por nossa espiritualidade e não apenas por nossa mediunidade. Espiritualidade é expansão, crescimento, aprendizado...modificação íntima, entendimento...mediunidade é fenômeno natural. Nem sempre caminham juntos. A Umbanda, para ser bonita, verdadeiro exercício de amor, fé e caridade, precisa da conjunção desses dois conceitos: espiritualidade e mediunidade. Lembrando que o fenômeno é uma importante ponte para o aprimoramento espiritual, mas não é o único meio para tal. Faz parte também uma nova elaboração das concepções da vida e de suas relações com o mundo e com as pessoas e, isso vem, em primeiro lugar, pelo reconhecimento da necessidade de assumirmos aquilo que é de nossa responsabilidade diante da Seara do Mestre Divino. Não repassando para o fenômeno mediúnico a exclusividade do mérito da evolução.
Somos todos médiuns, mas nem todos somos espiritualizados...pensemos...
Axé!
Nelly

Por uma vivência Umbandista amadurecida

Engraçado como as coisas são, vemos pessoas com suas vidas altamente enroladas, cheias de doenças, com tristezas profundas, sem trabalho, sem equilíbrio e sem alegria indo os Terreiros de Umbanda. Lá são atendidas pelos Guias Espirituais e passam por passes, por consultas, por descarregos, por energizações e por transformações extremas. Se equilibram, se harmonizam, se enchem de Fé e Esperança, e aos poucos os caminhos vão se abrindo. Surgem as primeiras oportunidades e quase que automaticamente acontecem as promessas, com juras de amor eterno, com emocionantes discursos cheios de convicções e real aceitação de sua missão mediúnica.

Tudo quase perfeito se não fosse a imaturidade tão inerente no íntimo de algumas dessas pessoas, que acabam por colocar suas “Histórias de Fé”, aquelas escritas semanalmente e diariamente, diante e junto de um Caboclo, de um Exu e ou de um Preto Velho, no “Nada”, no “Pra Nada” ou “Por Nada”.

Esquecem o fato de que são as “Histórias de Fé” que constroem o importante Livro chamado VIDA.

Esquecem que essas “Histórias de Fé” caracterizam o lado Humano, o lado Gente, o lado Verdade do Ser.

Esquecem que uma “História de Fé”, assim como qualquer outra história, para se tornar real, verdadeira, coerente e com capacidade de compartilhar, precisa de princípio, meio e fim. Portanto não dá para começar escrevê-la tomados de empolgação e deixar a última frase sem nexo, sem um fim, sem uma conclusão, envolvida por tristeza e lamentações. Mesmo porque, esse Livro reflete a Vida – história sem nexo é reflexo de vida sem nexo.

Afirmo essa situação por ver, durante tantos anos, pessoas cheias de energia, alegria e determinação, cheias de compromissos espirituais, assistenciais e internos, SIMPLESMENTE deixarem de lado suas histórias de terreiro e suas histórias de fé para viverem o Nada. Médiuns que, ao terem suas vidas melhoradas, com mais oportunidades e opções, deixam de lado seus compromissos e voltam a viver uma vida infantil cheia de querer e ilusão.

E pensando numa vida infantil, aquela quando não se tem capacidade de pensar nas consequências dos atos, acredito ser importante conhecermos, mesmo que de forma bem simplificada, o que é uma PESSOA MADURA. Para um dos mais importantes psicólogos do século XX, Gordon Willard Allport – doutor em psicologia formado em Harvard em 1922, a pessoa madura se caracteriza em seis critérios:

1 – Aquela que sai do seu egocentrismo e entra para o eterocentrismo, portanto consegue fazer uma ampliação do sentido do EU. Allport afirma: “se uma pessoa não cria intensos interesses fora de si mesma… vive mais próxima do nível animal que do nível humano de existência”.

2 - Aquela que conquista relação afetuosa do eu com os outros. São as relações de amor, amizade, fraternidade capaz de criar “vínculos”, o que é fundamental para qualquer pessoa.

3 - Aquela que tem segurança emocional e auto-aceitação. Aliás, para Allport uma forma de medir a maturidade é pela capacidade de “tolerância da frustração”, ou seja, é capaz de passar por aborrecimentos, irritações, frustrações sem grandes descontroles ou, mesmo que aconteça, conseguem voltar ao equilíbrio rapidamente. Os imaturos “estão ainda preocupados com partes e pedaços da experiência emocional” afirma Allport.

4 - Aquelas que conseguem ter uma visão realista da realidade, um contato real. Allport resume esse aspecto da seguinte forma: “a pessoa madura estará em contato muito estreito com o que denominamos o “mundo real”. Verá objetos, pessoas e situações como o que são. E terá trabalho importante para fazer”.

5 - Aquela com capacidade de avaliar-se com objetividade e realismo, mantendo-se ligada no passado e pensando no futuro. É a capacidade de aceitação de si com seus limites sem perder sua auto-estima e a capacidade de rir, de manter o humor mesmo percebendo suas próprias bobagens.

6 - Aquela com uma filosofia unificadora da vida, portanto têm princípios com modo de ser e de pensar comum ao grupo.


Sabedores desses critérios podemos então avaliar nossos atos e pensar melhor antes de tomarmos atitudes significativas em nossas vidas, não é mesmo? Inclusive, podemos avaliar se somos maduros suficientes para lidar com o livre arbítrio fazendo escolhas.

Enfim, agora podemos olhar para nós mesmos com mais clareza e refletir, estamos deixando de lado nosso eu para pensar no outro? Estamos conseguindo criar vínculos com relações de amor e fraternidade? Somos seguros conosco mesmo a ponto de aceitar nossos erros? Conseguimos ter uma visão real dos fatos sem criar imagens torcidas e percepções induzidas entendendo que ‘fato é Fato e diante dos fatos só nos resta aproveitar com bom humor’? Pensamos no futuro levando em conta as promessas do passado e as necessidades do presente? Estamos pensando em um Todo e no bem de todos???

Se as respostas foram positivas então estamos escrevendo um lindo Livro da Vida onde as “Histórias de Fé” estão dizendo o quanto somos maduros e verdadeiros diante daquilo que é mais importante na vida de qualquer médium e qualquer Ser, o ESPÍRITO. Reafirmando a grandiosa frase do teólogo Pierre Teilhard de Chardin: “Não somos seres humanos que estão passando por uma experiência espiritual, mas nós somos seres espirituais que passamos por uma experiência humana”

Se as respostas foram positivas então a Umbanda não terá mais histórias “engraçadas”, mas sim HISTÓRIAS DE AMOR, GRATIDÃO, FIDELIDADE E VERDADE.

Fonte de pesquisa e estudo:
Personalidade (1966), Desenvolvimento da Personalidade (1966) de Gordon Willard Allport
(texto retirado de www.minhaumbanda.com.br, escrito por Mãe Mônica Caraccio)

Rezando...para que?

Se uma pessoa reza e continua sendo a mesma pessoa no fim das contas, é como se não tivesse rezado.
Pois, o propósito da reza é a transformação e não o louvor.

O mesmo vale para toda ação espiritual.
Se você quer se conectar com os milagres que essa ação está destinada a atrair, olhe para dentro e veja se depois da ação você continua sendo a mesma pessoa.
(Yehuda Berg)

Cambonos na Umbanda

CAMBONOS – Os médiuns de sustentação
Trechos retirados do livro: O ABC do Servidor Umbandista (no prelo)
de Pai Juruá
Ele zela pelo bom atendimento, ajuda a dinamizar as consultas, facilita o trabalho das entidades e serve também como intérprete destas. O seu trabalho dentro do Templo é tão importante quanto o dos demais médiuns e, mesmo sem estar incorporado, ele é parte integrante de todo o trabalho espiritual, pois os Guias Espirituais se utilizam dele para retirar as energias que serão utilizadas no atendimento aos consulentes.

O cambono deverá deixar preparado todos os apetrechos de trabalho que costumam ser utilizados pela entidade a qual irá cambonear evitando assim atrasos desnecessários durante as consultas. O cambono, na verdade, precisa ter conhecimento de todo o culto e de todas as entidades, precisando, então, prestar muita atenção à atuação delas durante as giras.

Sempre que solicitado, o cambono deve ajudar as entidades a se comunicarem com os consulentes, desde é claro, que seja treinado para isso e também que seja muito atento a tudo o que a entidade solicitar. Na verdade, o cambono, em alguns casos, poderá explicar de uma forma mais simples ou mesmo interpretar o que for dito para que o consulente não distorça as palavras das entidades.

O cambono, antes de qualquer coisa, é pessoa de extrema confiança do Pai ou Mãe da casa, assim como da entidade que estiver atendendo; portanto, caso perceba qualquer coisa estranha, qualquer coisa que não faça parte dos procedimentos normais, deve reportar-se ao Guia-chefe ou ao Pai ou Mãe da casa na mesma hora. É por isso que é tão importante, e necessário, que o cambono saiba todos os procedimentos de trabalho e todas as normas de conduta que entidades e médiuns devem ter dentro do Templo.

O fato de auxiliar nas consultas exige que o cambono seja discreto e mantenha sigilo sobre tudo o que ouvir, não se esquecendo de que ali estão sendo tratados assuntos particulares e que não dizem respeito a ninguém além da pessoa que estiver sendo atendida e da entidade. O sigilo é um juramento de confiança que todo o cambono deve ter e fazer.

Este não deve jamais confundir a entidade com a pessoa, isto é, ele é cambono do Guia Espiritual e não daquele médium, que é apenas um irmão dentro do Templo. O que ele pode, sim, é perguntar ao médium com o qual trabalha como deve proceder para prestar um melhor atendimento à entidade durante os trabalhos.

Uma prática útil e aconselhável dentro de um Templo é a troca de cambonos entre as entidades. Isto traz um maior aprendizado aos cambonos e também faz com que estes se habituem a tratar todas as entidades da mesma forma, sem criar laços afetivos exagerados. Desenvolver afeto pelas entidades é comum, mas a afinidade espiritual só é saudável se não conduzir à dependência; portanto, o chefe da casa poderá decidir-se pelo trabalho alternado e, nesse caso, deverá fazer com que todos saibam disso com antecedência.

De vez em quando, todos os médiuns, mesmo aqueles que incorporam, deveriam trabalhar como cambonos para poderem aprender mais e desenvolver a humildade, que é a característica mais importante que um médium deve ter.

É importante saber que todo o material de uso das entidades é de responsabilidade do médium que a incorpora e que o trabalho do cambono é estar atento para que este material não falte ou acabe, devendo comunicar o médium com antecedência quando o material estiver acabando.

Obs: O Cambono é um auxiliar do Templo e não um empregado dos médiuns. A educação e a lisura devem estar presentes a todo instante.


Alguns requisitos importantes para os médiuns de sustentação:
RESPONSABILIDADE: Tanto quanto o médium de incorporação, o médium cambono de sustentação precisa conhecer a mediunidade e tudo o que diz respeito ao trabalho com a espiritualidade e as energias humanas, a fim de poder auxiliar eficientemente o dirigente do trabalho e seus colegas, médiuns ou não.
FIRMEZA MENTAL E EMOCIONAL: Como é o responsável pela manutenção do padrão vibratório durante o trabalho, o médium cambono de sustentação deve ter grande firmeza de pensamento e sentimento, a fim de evitar desequilíbrios emocionais e espirituais que poderiam pôr a perder a segurança do trabalho e dos outros trabalhadores.
EQUILÍBRIO VIBRATÓRIO: Como trabalha principalmente com energias – que movimenta com os seus pensamentos e sentimentos, o cambono médium de sustentação deve ter um padrão vibratório médio elevado, a fim de poder se manter equilibrado em qualquer situação e poder ajudar o grupo quando necessário.
COMPROMISSO COM A CASA, O GRUPO, OS GUIAS ESPIRITUAIS E OS ASSISTIDOS: O cambono, médium de sustentação, deve lembrar-se de que, mesmo não tomando parte direta nas assistências, tem alguns compromissos a serem observados:
• Com a casa que trabalha: Conhecendo e observando os regulamentos internos a fim de segui-los. Explicá-los, quando necessário, e fazê-los cumprir, se for o caso; dando o exemplo na disciplina e na ordem dentro da casa; colaborando, sempre que possível, com as iniciativas e campanhas da instituição.

• Com o grupo de trabalhadores em que atua: Evitando faltar às reuniões sem motivos justos, ou faltar sem avisar o dirigente ou o seu coordenador; procurando ser sempre pontual nos trabalhos e atividades relativas; procurando colaborar com a ordem e o bom andamento do trabalho.

• Com os Guias Espirituais: Lembrando que eles contam também com os médiuns cambonos de sustentação para atuar no ambiente e nas energias necessárias aos trabalhos a serem realizados, e que, se há faltas, são obrigados a “improvisar” para cobrir a ausência. Os Guias Espirituais devem ser atendidos com presteza e respeito.

• Com os assistidos: Encarnados e desencarnados, que contam receber ajuda na Casa e não devem ser prejudicados pelo não comparecimento de trabalhadores. Todos deverão ser recebidos e tratados com esmero, dedicação, respeito e educação.

AUSÊNCIA DE PRECONCEITO: O cambono, médium de sustentação, não pode ter qualquer tipo de preconceito, seja com os assistidos encarnados ou desencarnados, seja com os dirigentes, mentores, etc. Ele não está ali para julgar ou criticar os casos que tem a oportunidade de observar, mas para colaborar para que sejam solucionados da melhor forma, de acordo com a sabedoria e a justiça de Deus.
DISCRIÇÃO: O cambono, médium de sustentação, nunca deve relatar ou comentar, dentro ou fora da casa, as informações que ouve, os problemas dos quais fica sabendo e os casos que vê nos trabalhos de que participa. A discrição deve ser sempre observada, não só por respeito aos assistidos envolvidos, encarnados e desencarnados, como também por segurança, para que entidades envolvidas nos casos atendidos não venham a se ligar a trabalhadores, provocando desequilíbrios. Os comentários só devem acontecer esporadicamente, de forma impessoal, como meio de se esclarecer dúvidas e transmitir novas informações a todos os trabalhadores, e somente no âmbito do grupo, ao final dos trabalhos.
COERÊNCIA: Tanto quanto o médium de incorporação, o cambono, médium de sustentação, deve manter conduta sadia e elevada, dentro e fora da casa em que trabalha, para que não seja alvo da cobrança de entidades desequilibradas, no intuito de nos desmascarar em nossas atitudes e pensamentos. Como vemos, as responsabilidades dos cambonos, médiuns de sustentação, são as mesmas que a dos médiuns ostensivos, e exigem deles o mesmo esforço, a mesma dedicação e a mesma responsabilidade.
CONCLUSÃO

Como vimos, não é tão fácil ser um cambono. Para ser um, é preciso aprender tudo sobre os Orixás, os Guias Espirituais, a Umbanda, o Templo e, principalmente, sobre a conduta que deve adotar para, depois, se for o caso, ser um bom médium de incorporação e alcançar a evolução espiritual até o Pai Maior.
(retirado de www.minhaumbanda.com.br)

domingo, 26 de junho de 2011

Oração à Preto Velho


Louvados sejam todos os pretos-velhos.

Louvados sejam vós que formais o santíssimo rosário da Virgem Maria.

Santas Almas Benditas, protetoras de todos aqueles que se encontram em aflição. A vós recorremos espíritos puros pelos sofrimentos, grandiosos pela humildade e bem aventurados pelo amor que irradiam, socorre-me pois encontro-me em aflição.

(retirado de http://povodearuanda.forumtupi.com/t7-oracao-a-preto-velho)

aprendendo a cantar com uma Preta Velha de Umbanda

Uma vez uma Vó, uma preta-velha de Umbanda, me contou que cantar era costume entre alguns escravos. Não como uma forma exclusiva de manifestação de alegria, mas como um modo de louvar aos Orixás, de esquecer a dor, de partilhar conhecimento, de curar, de benzer, de alegrar e de chorar. Pois bem, nessa cantoria toda, eles mantinham a força dos elementos de seus ritos, de suas crenças. Cantava-se para o Sol, para a Lua, para o dia e para a noite. Dizia a preta-velha que eles não "faziam rezá", como fazia o homem branco, eles cantavam. Se eles entoassem palavras desconhecidas sem melodia, sem ritmo, eram castigados como bruxos, então cantavam. De música o homem branco não tinha medo. E assim, de reza à música, de música e reza foram tirando quebranto, foram afastando o mal que se insinuava para suas almas. Muitas das músicas que cantava tinha relação com a força evocada dos Orixás, traziam suas lendas e referências a seu campo de atuação. Sabia instintivamente a preta curandeira que quando se fala, estamos trazendo para a dimensão mais concreta a força que foi vibrada, é uma maneira de dar forma a um sentimento ou pensamento. E o ritmo, incorpora ao nosso ser e ao nosso entorno vibrações com maior poder e potência de manifestação.
Ou seja, a palavra cantada tem um poder danado, mizifio. A palavra cantada faz o coração do 'fio' expandir e sintonizar com planos afins, pois direciona a mente e os sentimentos.
Suas consciências encarnadas não sabiam disso,mas seus Espíritos imortais já conheciam a forma dos ritmos da natureza, dos mantras e das melodias de nossa alma.
Salve a força dos Pontos Cantados!
saravá a sabedoria dos Pretos Velhos de Umbanda!
Axé!