sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Faz da tua vida uma prece permanente - parte II

Caros Amigos,
Repasso uma pequena orientação de uma amiga espiritual:

"Somente por um dia consagre tua Vida a Zambi.
Ao acordar, eleva teu pensamento e oferece o seu dia, apenas esse dia, para que Zambi se manifeste através de ti, de teus atos e de tuas palavras. Peça que mesmo nas tuas dificuldades e dúvidas, ele se manifeste, neste dia. Oferece teu corpo físico e espíritual como Templo Divino. Ama-os, cuida-os, pois são consagrados à Zambi, neste dia. Neste dia aceita o que ocorre em tua Vida, pois tudo é Zambi a se manifestar para e por ti...E assim, ao fim do dia, ao retirar-se para o sono conciliador, agradece por esse dia tão especial e oferece o teu descanso à Ele.

Para muitos é dificil pensar em consagrar a sua Vida à Zambi. Não é preciso oferecer toda a sua Vida...mas talvez um dia de cada vez...e assim, feito as contas de um rosário, vai alinhando seus dias e Zambi em seus dias...e faz da tua Vida uma prece permanente."

Salve a Luz dos Pretos - Velhos!

Abraços com muito Axé,
Nelly

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Faz da tua vida uma prece permanente

Queridos amigos,

hj cedo tive acesso a essa mensagem e fiquei imensamente emocionada com seu conteúdo, pois ele tem muita relação com um "conselho" que Vó Benedita passou pra mim dia desses: " faz da tua vida uma prece permanente..."...

diante de nossos corações ainda tão imaturos perante a Vida Maior, não há como não se emocionar com os ensinamentos tão simples, profundos e amorosos de nossos queridos mentores.

com muito orgulho de ser Umbandista, repasso...

Muito axé a todos!
Nelly

Mensagem transmitida por Pai Benedito de Aruanda, por meio de seu médium, Alexandre Cumino.

Salve meus filhos!
Salve Deus!
Salve Nosso Senhor Jesus Cristo!
Salve todos os Orixás!

Esse Nego Velho é um velho rezador.
Aprendeu a fazer as coisas, rezando.
Tem muita coisa que se pode aprender na Umbanda.
Mas de todas, a primeira é aprender a rezar.
Não é mesmo?

Você pode rezar uma reza conhecida.
Mas a melhor, é aquela que fala no seu coração, em Deus.
Tudo que se faz, se faz um firmador em Deus.

Se acorda, acorda com Deus.
Se toma um café, toma com Deus.
Se trabalha, trabalha com Deus.
Se tem um momento para se divertir, agradece a Deus.
E assim, se vai rezando. Não é mesmo?

Quando perceber que está fazendo alguma coisa
E não tem nada mais para pensar. Vai rezando.
Vai se demorando a passar o tempo.
Vai se demorando para dormir.
Então, se vai rezando até que durma.
Se está esperando alguém
E esse alguém não chega. Vai rezando.

Porque ninguém, realmente, pode dizer,
Em algum momento da vida,
Que não tem o que fazer.
Porque sempre tem o que fazer, meus filhos.
E quando não tiver o que fazer, vai rezando.
Que é para não ficar desocupado. Não é mesmo?
Porque a cabeça desocupada, não é coisa muito boa.

A não ser que se esteja esvaziando a mente, na fé.
No momento que parar os pensamentos,
Deus é uma presença.
Então, é isso que "suncês" fazem, quando dizem:
"Salve sua retirada".

Sentar, meditar, também é uma reza.
Porque é uma reza que fala com Deus,
Para além das palavras. Não é isso mesmo?

Porque quando esvazia a mente,
Mas ainda assim, o coração está em Deus,
Então, é uma reza poderosa,
Que pode mudar a vida de uma pessoa.

E antes de querer mudar o mundo,
Antes de querer mudar a vida dos outros,
Há de se querer mudar a própria vida.
Não é mesmo?

Porque o outro só muda, se você mudar.
Se você não muda, então não há de pensar
Que vai mudar alguma coisa fora de você,
Se dentro continua tudo a mesma coisa.

E quando você descobrir a mudança para melhor,
Então, não precisa mais se preocupar
Em querer mudar o mundo, também.
Porque aquele que muda para melhor,
Já olha o mundo com outros olhos.


Cada um vê o que quer.
Onde um vê sofrimento e dor,
O outro vê oportunidade de crescimento,
De aprendizado, de lição, de paciência,
De resignação.

Se a vida é sofrida,
Então, há de se pensar que a vida são muitas.
E que melhor uma vida sofrida, com resignação,
Do que muitas vidas desperdiçadas na revolta.

Porque um coração revoltado, às vezes, vira pedra
E desperdiça duas, três vidas...
Mas um coração resignado,
É aberto para outras vidas melhores.

Se não fosse assim, não tinha Preto Velho, na Umbanda.
Não é mesmo?
Se tem cá, a Linha dos Velhos, escravos que foram,
É para ensinar que a libertação maior, não é do corpo.
A libertação maior é do seu querer,
Da sua alma, do seu espírito.

Porque há lugares que um bom coração
E uma alma em Deus, podem ir,
E que as pernas jamais poderão lhe levar.

Com dor ou sem dor,
Com sofrimento ou sem sofrimento,
Numa condição difícil ou fácil,
Todo mundo vai ficar velho e vai morrer.

Então, que se aprenda que,
Se dessa vida alguma coisa se leva,
É um bom sentimento.

Porque se a vida não é igual de uns para os outros,
É porque, mesmo que você não conheça os motivos,
Cada um antes de chegar aqui, veio de um lugar diferente.
Porque todos são iguais e ao mesmo tempo, são diferentes.

Cada um é um, e todos ao mesmo tempo, também são um.
Porque Deus é um, mas muitos são os seus filhos.
Que juntos, também são um.
Mas enquanto não conseguirem se juntar,
Continuam sendo muitos.

Porque se Deus é um, uma verdade e uma única vida.
As diferenças que nós mesmos criamos, é o que separa.
E é o que carrega a dor.
E que carrega de uma vida para outra.

Então, se não se conhece os motivos e a razão,
Das dores que se carrega,
É melhor cada um fazer o melhor que pode,
Para não aumentar ainda mais, essa dor.
Porque a revolta só faz aumentar a dor.

A sabedoria do Preto Velho, não pertence a ele.
Pertence a Deus.
Quem tem fé e crê, sempre encontrará boas respostas,
Para cada problema da vida.
Quem não tem, nenhuma resposta serve.
Então, é só fazer a sua opinião.

Cada um tem a oportunidade de escolher.
Não exatamente qual vida e qual situação.
Não agora, mas escolheu ser quem é.
Mas ainda assim, pode escolher crer ou não crer.
Então, quem crê, há de se viver melhor
Um dia atrás do outro, independente do que aconteça,
Com fé.

Que assim seja, meus filhos!
Deus abençoe vocês!
Enquanto isso, é melhor a gente ir
Cantando e dançando. Não é mesmo?
Tocando os atabaques e cantando para Deus.
Porque se a gente pode ter fé,
Cantando e dançando, então, é melhor ainda.
Não é mesmo, meus filhos?

Porque se Deus é bom, tudo que se faz de bom,
Há de ser de Deus, também. Não é mesmo?

Salve suas forças!
Deus abençoe!

Quer mudar o mundo? Então comece por si mesmo!


O contato com a espiritualidade é realmente mágico. As Entidades olham pra nós e sempre tem um sorriso, um afago, um conselho ou uma vela pra nos guiar. Dentro do Terreiro: luzes, sons, sabores...sensações diversas e novas. Fenômenos surreais, experiências únicas, belíssimas, de amor, humildade e caridade...Tudo uma surpresa, uma novidade, que alimenta nossa Fé e nossa Admiração (e, que às vezes alimenta nosso ego... ).

Contudo, com o tempo, os próprios guias vão nos orientando (para nosso amadurecimento) para novos rumos dentro da espiritualidade. Rumos que ultrapassem o fenômenico, que ultrapassem a necessidade humana de atribuir ao outro suas próprias responsabilidades. Eles passam a nos convidar à mudança. Que na minha parca experiência de Vida, é o que realmente importa dentro de qualquer trabalho espiritualista.

Mudança, sim. Pois, o universo é regido por uma permanente transformação. E, lembremos: fazemos parte dele. Não estamos fora de toda a energia que gera e mantém o Universo. Nós somos parte dele. Portanto, suscetíveis à mesma eterna transformação.

Quando nos apegamos em demasia as dores, as situações, as pessoas, as crenças...criamos um ciclo do qual nem sempre conseguimos nos libertar...pois estamos indo contra o movimento que nos impulsiona para a frente, para novas experiências, novos patamares de entendimento da Vida.

E isso acontece quando teimamos e insistimos em ver a vida com os olhos da culpa, do julgamento, do controle, do vitimismo, da manipulação, da negatividade, dentro do eterno maniqueísmo ocidental e assim por diante. Nos apegamos...e, fugimos.

A experiência espiritual deve servir a que nossos olhos se abram para a verdade (a verdade de nosso espírito), que nossos corações se fortaleçam para as decisões...para que assumamos o tal do livre arbítrio - que todo mundo cita, mas que a maioria não tem coragem de usar por si, com responsabilidade e consciência. E, em sendo assim, atribuindo aos guias, a Deus e ao restante do mundo a responsabilidade por sua própria vida.

As experiências na espiritualidade são para nos fortalecer na experiência da carne. Momento de reorientar nossa Vida terrena. E, não como uma fuga de nossas batalhas cotidianas.

Vestimos o branco, rezamos, uns incorporam, uns enxergam planos, outros ouvem, outros pressentem, um grande número tem intuições...ótimo! mas não vamos fazer dos fenômenos o grande alimento da nossa espiritualidade. Muito menos da condição mediúnica a grande fuga de nossas dúvidas e dívidas... a vida lá fora continua...vamos organizar nossa vida, nossas escolhas...vamos buscar por nossa Paz, por nossa Cura, por nossa Felicidade! E por tudo aquilo que nos faz pessoas melhores, nem que seja só para nós mesmos...

Mediunidade não é sinônimo de sofrimento, nem de sabedoria.

Contrariamente, sempre aprendi que mediunidade é, apenas, um dos instrumentos da espiritualidade; sendo, portanto, plataforma para transformação! E, para ser tranformação, tem que ter verbo e tem que ter ação...tem que ter a magia natural da Vida sendo orientada para o melhor de nós, mesmo que isso não traga nenhum reconhecimento alheio.

Não é o mundo que tem que mudar, somos nós. E temos que mudar por nós mesmos...a espiritualidade nos auxilia, mas as decisões serão sempre nossas.

Enfim, como diria nosso grande amigo Gandhi, “é melhor que fale por mim a minha Vida, do que minhas palavras.”

Filho de Umbanda que compreende ou que, pelo menos, busca esse entendimento, aprende a fazer do Terreiro espaço verdadeiramente sagrado: lugar e momento de aprender a se transformar; de reorientar sua Vida; de fortalecer e aprender a exercer sua Missão Mediúnica junto a Seara Divina; onde o silêncio, o olhar, o sorriso, as palavras e as ações são verdadeiramente preces; pedaço da Aruanda na Terra e em nossos corações.

Com carinho e muito axé,
Nelly












segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Igualdade

"...Que possam os irmãos todos se convencerem do pertencimento a Deus e a humanidade.
É tão fácil dizer que o homem compreende que todos nascem em igualdade.
Mas é tão difícil dizer que todos os homens nascem iguais, é difícil reconhecer isso meus amigos.
Os status sociais, os comportamentos sociais, as diferenças sociais fazem com que os irmãos se distanciem uns dos outros.
É tão forte, nesse momento, a imunossupressão que os irmãos sofrem todos os dias nos centros urbanos, que eu não sei quem está mais isolado, se aquele homem que vive numa montanha ou os irmãos nesse azáfama das ruas movimentadas dos centros urbanos."
Leocádio José Correia

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Ansiedade mediúnica

Olá! faz um tempinho que não posto algo... a vida do lado de cá anda bem acelerada. Ainda que não poste não significa que não reflita. E como tenho feito isso!!!

Então vamos lá...

mediunidade não é e nunca será controle. É uma baita "gafe" espiritual ficar querendo adivinhar o que vai ocorrer logo em seguida - com quem quer que seja. Isso além de feio é falta de humildade, de confiança na Providência Divina, em seus Mentores e em si mesmo.

É normal que o médium novo tenha uma certa ansiedade, contudo, é preciso aprimorar esse aspecto.

Porque do contrário irá angariar para si uma série de energias que não são adequadas a seu estatus de instrumento da Luz Divina.

Energias tais como a da desconfiança, da ansiedade, do cansaço, da intriga, da dúvida, da insegurança... e ai vai dizer que a culpa é do Terreiro, do Pai de Santo ou da própria religião.

Ninguém é dono da verdade, ninguém sabe com exatidão o que irá acontecer daqui a alguns segundos. Se não sabemos direito nem da nossa vida, dirá da dos outros, dirá da de um grupo...E quanto mais o médium tenta "invadir" a privacidade alheia, mais ficará separado de tudo. Pois a espiritualidade séria não permite esses tipos de "conexões" indevidas e inadequadas.

Portanto, amigos médiuns, tomem cuidado com as Vidências e com as Conexões exageradas, induzidas, produzidas por seu próprio ser. Na atitude indevida podemos virar joguetes de planos menos sábios e bondosos.

Lembremos que a disciplina mediúnica faz parte do pacote do aprendizado...rs

A Umbanda não pede que seus filhos sejam adivinhos, mágicos, videntes, previdentes, tão pouco que saibam tudo e vejam tudo...Ela não pede perfeição.

A Umbanda pede apenas que busquemos ser caridosos, humildes, respeitosos uns com os outros, com Deus e com os amados Mentores.

A Umbanda não pede "super médiuns". Não pede que façamos milagres. Muito menos que tenhamos todas as respostas do mundo e que ajudemos a resgatar todos os morimbundos do universo - com todo o respeito.

A espiritualidade maior sempre sugere que aprendamos sobre nós mesmos, que olhemos para nossas escolhas, para nossas necessidades de aprimoramento, com carinho, verdade, humildade, etc...em primeiro lugar. Nossas escolhas nos fazem perceber o rumo que estamos tomando,não é?

Como diria a Vó Benedita: "semeando tomates, não vai querer colher morangos, não é?"

E quando houver necessidade de auxiliar alguém que o façamos com menos impáfia possível. Porque sabemos que também precisamos de ajuda.

Que o façamos com a maior simplicidade possível, sem tentar "adivinhar", controlar ou escolher pela outra pessoa. Que respeitemos os limites de compreensão de quem quer que seja.

E, em qualquer situação:

Que eu ouça primeiro, que eu observe primeiro, que eu reflita primeiro, que eu eleve meu pensamento a Zambi e aos Divinos Orixás, antes de me achar na função de orientar/ajudar quem quer que seja.

Que ao seguir minha "intuição" eu também aprenda a perceber que nem sempre poderei colocar em prática tudo o que sinto vontade de falar ou fazer. E que isso faz parte de meu crescimento na humildade e da tal da disciplina mediúnica.

Não é difícil ser médium. Difícil é ser um bom médium.

Difícil é se dar conta de que, é preciso, respirar, meditar, acalmar a mente, aprender, refletir, aguardar, ancorar-me em minha própria caminhada...e que isso tudo ocorre ao mesmo tempo com o meu despertar mediúnico e espiritual. O mundo espiritual não pára, para que a gente se organize.

Por isso, é que, bom senso e canja de galinha não fazem mal a ninguém...

Baixamos nossa ansiedade quanto mais sensatos e verdadeiros formos com nossa própria consciência. Não adianta olhar para a espiritualidade e esquecer da vida, da minha vida. Não adianta olhar a Vida e esquecer da espiritualidade. Os dois níveis caminham juntos e são reflexos de mim mesmo (ser espiritual, em uma experiência terrena).

Por fim, não creio que tenha em minhas palavras toda a verdade do mundo, contudo, fica a idéia para futuras reflexões...

abraços com muito axé!
Nelly






domingo, 7 de agosto de 2011

Isso é Umbanda!

Imagine um abraço fraterno em 360 graus:
isso é Umbanda.

Imagine uma vela acesa com Fé gerando mais energia que uma usina nuclear:
isso é Umbanda.

Imagine Divindades, Anjos, Santos, Sábios, Magos, Gênios, Sacerdotes, Xamãs, Babalaôs, Pajés, Iogues, Iniciados, Cientistas, Curadores,

Trabalhadores da Caridade de todas as épocas e culturas voltando à Terra para restaurar a Paz e a Lei Maior:
isso é Umbanda.

Imagine a última peça que falta no milenar “quebra-cabeça” que compõe a sua Alma:
isso é Umbanda.

Imagine traumas, neuroses, fobias, vírus e bactérias físicas e astrais sendo dissolvidos na baforada de um cachimbo:
isso é Umbanda.

Imagine a Pemba traçando e reproduzindo os Códigos Sagrados da Criação:
isso é Umbanda.

Imagine o padê de Exu promovendo a harmonia entre Luz e Trevas:
isso é Umbanda.

Imagine o médium descalço vestido de branco iluminando-se por dentro:
isso é Umbanda.

Imagine o consulente confortado e esclarecido subindo mais um degrau evolutivo:
isso é Umbanda.

Imagine o Homem servindo a Natureza e a Natureza servindo o Homem:
isso é Umbanda.

Imagine o sal das lágrimas misturando-se ao sal do Mar, Ventre de Iemanjá:
isso é Umbanda.

Imagine a flecha certeira de Oxóssi alinhando Razão, Emoção e Ação:
isso é Umbanda.

Imagine a espada de Ogum abrindo caminho no cipoal das ilusões humanas:
isso é Umbanda.

Imagine o machado de Xangô aparando as arestas do Karma Planetário:
isso é Umbanda.

Imagine Oxalá retirando os espinhos de teu coração e Oxum cobrindo com mel teus ferimentos:
isso é Umbanda.

Agora, deixe de imaginar...

Pois tudo isso não é sonho, é realidade vivida e sentida

A toda hora, todo dia, ao som de um belo ponto cantado

No abraço do Caboclo,
No toque do Preto Velho,
Na brincadeira da Criança,
No olhar do Exu Guardião,
No sorriso do Baiano,
No balanço do Marinheiro,
No encanto da Cigana,
Na ginga do Malandro,
No laço do Boiadeiro...

...meu Filho:

ISSO É UMBANDA!

Mensagem do Caboclo Yguaratan
recebida espiritualmente pelo médium Vanderlei Alves
Tenda de Umbanda do Caboclo Estrela do Mar

Vencerás

Não desanimes.

Persiste mais um tanto.

Não cultives pessimismo.

Centraliza-te no bem a fazer.

Esquece as sugestões do medo destrutivo.

Segue adiante, mesmo varando a sombra dos próprios erros.

Avança ainda que seja por entre lágrimas.

Trabalha constantemente.

Edifica sempre.

Não consintas que o gelo do desencanto te entorpeça o coração.

Não te impressiones nas dificuldades.

Convence-te de que a vitória espiritual é construção para o dia-a-dia.

Não desistas da paciência.

Não creias em realizações sem esforço.

Silêncio para a injúria

Olvido para o mal.

Perdão às ofensas.

Recorda que os agressores são doentes.

Não permitas que os irmãos desequilibrados te destruam o trabalho ou te apaguem a esperança.

Não menosprezes o dever que a consciência te impõe.

Se te enganaste em algum trecho do caminho, reajusta a própria visão e procura o rumo certo.

Não contes vantagens nem fracassos.

Não dramatizes provações ou problemas.

Conserva o hábito da oração para quem se te faz a luz na vida intima.

Resguarda-te em Deus e persevera no trabalho que Deus te confiou.

Ama sempre, fazendo pelos outros o melhor que possas realizar.

Age auxiliando.

Serve sem apego.

E assim vencerás.

* * *

Emmanuel

(mensagem psicografada pelo médium Francisco Candido Xavier - do livro "Astronautas do além" - edição GEEM)

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Do que a Umbanda precisa (Por Rodrigo Queiroz)

Amigos,
Bom dia!
Estou fazendo um curso no ICA e recebemos vários textos de apoio muito bons, de modo que pedi a permissão ao professor para divulgar um deles. Vale muito a pena a leitura e a reflexão sobre nossa conduta e comprometimento com a prática religiosa e com a espiritualidade Maior.
Profº Rodrigo, obrigada pela oportunidade!
Muito axé a todos!
Nelly

Do que a Umbanda precisa

“Dia destes, ao final de uma gira de desenvolvimento mediúnico, manifestou-se Pai João de Angola, o Preto Velho regente da casa.
Como de costume, acendeu seu cachimbo, cumprimentou os presentes e chamou todos para bem perto dele, e após se acomodarem ele pediu que todos respondessem uma pergunta simples: Do que a Umbanda precisa
E assim um a um foram respondendo:
Mais união
Mais estudo
Mais divulgação
Mais Respeito
Mais reconhecimento
Mais,mais e mais...
Após todos manifestarem suas opiniões, Pai João sorriu e disparou: Muito se diz do que a Umbanda precisa, não é? ? E eu digo que a Umbanda precisa de filhos!
Silêncio repentino no ambiente.
Naturalmente os filhos ficaram surpresos e ansiosos para a conclusão desta afirmação.
Pai João pitou, pensou, pitou, sorriu e continuou: é isso. A Umbanda precisa, sobretudo, de FILHOS!
Porque um filho jamais nega sua mãe, sua origem, sua natureza. Quando alguém questiona vocês sobre o nome de sua mãe, vocês procuram dar um outro nome a ela que não seja o verdadeiro? Um filho nem pensa nisso, simplesmente revela a verdade. Assim é um verdadeiro Filho de Umbanda, não nega sua religião, nem conseguiria, pois seria o mesmo que negar a origem de sua vida, seria o mesmo que negar o nome de sua mãe.
Um filho de Umbanda, dentro do terreiro limpa o chão com devoção e não como uma chata necessidade de faxinar.
Um filho de Umbanda dá o melhor de si para e pelo terreiro, pois sente que ali, no terreiro, ele está na casa de sua mãe.
Um filho de Umbanda ama e respeita seus irmãos de fé, pois são filhos da mesma mãe e sabem que por honra e respeito a ela é que precisam se amar, se respeitar e se fortalecer.
Um filho de Umbanda sente naturalmente que o terreiro é a casa de sua mãe, onde ele encontra sua família e por isso quando não está no terreiro sente-se ansioso para retornar, e sempre que lá está é um momento de alegria e prazer.
Um filho de Umbanda não precisa aprender o que é gratidão. Porque sua entrega verdadeira no convívio com sua mãe, a Umbanda, já lhe ensina por observação o que é humildade, cidadania, família, caridade e todas as virtudes básicas que um filho educado carrega consigo.
Um filho de Umbanda não espera ser escalado ou designado por uma ordem superior para fazer e colaborar com o terreiro, ele por si só observa as necessidades e se voluntaria, pois lhe é muito satisfatório agradar sua mãe, a Umbanda.
Um filho de Umbanda sabe o que é ser Filho e sabe o que é ter uma Mãe.
Quando a Umbanda agregar em seu interior mais Filhos que qualquer outra coisa, estas necessidades que vocês tanto apontam como união, respeito, educação, ética, enfim, não existirão, pois isto só existe naqueles que não são Filhos de fato.
Tenham uma boa noite, meus filhos!”
Pai João pitou mais uma vez e desincorporou.
Diante dele, seus filhos, com olhos marejados, rosto rubro, agradeciam a lição.

Saravá a Umbanda, salve a sabedoria, salve os Pretos Velhos.

Fonte: Rodrigo Queiroz, texto de apoio para o curso virtual "Arquétipos da Umbanda", www.ica.org.br.

Curso de Libras - Módulo II - Ajudem a Divulgar

Ótimo para professores, terapeutas, parentes de pessoas surdas e demais interessados em aprender a se comunicar em LIBRAS...Faça a diferença!

domingo, 31 de julho de 2011

Mironga de Preto Velho - parte 2

Caros Amigos,
sempre que posso faço a indicação da fonte dos textos, contudo, esse próximo não tem a origem ou autor... sendo assim, peço mil desculpas por não poder citar a fonte. E o recomendo, pois é uma leitura profunda e imperdível - como todas, claro. rsrsrs.
Abraços com muito axé!
Nelly

Mensagem de Pai Firmino do Congo

“Minha filha tem muita mironga ainda a ser feita por este nego velho! E quando digo velho não me refiro à idade no corpo físico que indica a senilidade, mas me refiro à caminhada evolutiva, pois o Espírito em si não tem idade, não tem sexo e nem cor racial, embora, a sua aura demonstre o quanto já caminhou.

Muitos filhos podem inté perguntar: mas Pai Firmino com tanta modernidade e avanços tecnológicos o senhor ainda acha que mironga funciona? O homem moderno é muito prático e não tem tempo pra essas coisas de mironga não! E aí nego velho vai dizer prá suncês:- é uma pena que os fios não tenham tempo para entender e sentir a mironga que esse nego fala.

A mironga que me refiro é aquela nascida de um coração que aprendeu na dor, a não desfazer da lei do amor!

A mironga que falo é aquela que esclarece o filho de fé na hora do falador a não contrair mais débito com a Lei de Zambi!

A mironga que tento ensinar aos filhos de fé é aquela que tem por aliada no serviço de Nosso Senhor Jesus Cristo a humildade!

A mironga de nego velho é tentar dizer aos filhos que é melhor o entendimento do silêncio do que palavras ditas intempestivamente!

A mironga de preto velho é observar mais para saber agir evitando assim danos e sofrimentos alheios!

E suncês meus fios que estão nessa escola bendita com a professora mediunidade como é que estão fazendo a lição?

Quando estão na Terra os filhos só olham os fatos com a visão do agora, o que é um grande erro, pois esquecem que para o Espírito o ontem, o hoje e o amanhã sempre são vistos como momento presente.

Então meus fios aproveitem a oportunidade e ajudem aos negos velhos a fazerem suas mirongas: mirongas de paz, harmonia e de retirada dos quebrantos filhos do egoísmo, do ódio e da indiferença.”

Pai Firmino do Congo

Salve o Povo de Aruanda!

A importância da educação mediúnica

Mitos e Preconceitos

“Desenvolver a mediunidade não significa dar algo a quem não está habilitado para recebê-lo, mas sim, em habilitar alguém a assumir conscientemente o Dom com o qual foi ungido. Ao contrário do que apregoam, mediunidade não é punição, e sim benção divina, concedida ao espírito no momento em que encarna.”

A educação mediúnica é de suma importância para quem realiza práticas magísticas ou religiosas de fundo espiritual, espiritualista ou espiritualizador.

Quando alguém adentrar pela primeira vez num templo de Umbanda, notará que os praticantes fazem certas saudações rituais de significado ou valor por eles desconhecidos. O comportamento exterior dos praticantes se altera, eles se tornam diferentes dentro do recinto consagrado às práticas religiosas.

Tudo isto faz parte de educação mediúnica e os comportamentos têm de estar afinizados com o que se realiza dentro de um espaço consagrado.

Mas até aqui, ainda estamos abordando aspectos exteriores da formação religiosa, pois ao nos voltarmos para o interior dela, deparamo-nos com a educação mediúnica. Para colocar o médium em sintonia com o mundo invisível, cria-se toda uma pré-disposição às manifestações espirituais e aos rituais magísticos.

A educação mediúnica é muito importante, pois só se reeducando internamente um médium alcança níveis vibratórios mentais e conscienciais que lhe facultam os níveis espirituais superiores a sintonização mental com seu mestre individual a neutralização de possíveis vícios antagônicos (fumo e álcool, utilizados nos trabalhos) com as práticas religiosas e a compreensão ou percepção do que está acontecendo à sua volta, mas que não está visível, assim como do que está acontecendo dentro de seu campo mediúnico. Quando bem educado mediunicamente, sua sensitividade é capaz de identificar presenças positivas ou negativas que adentram em seus limites vibratórios.

Aí temos em poucas linhas, um apanhado de como a boa educação mediúnica auxilia os praticantes ou médiuns.

Mitos

Os mitos sempre têm um pouco de verdade e um pouco de fantasia.

É comum dizer-se que quem desenvolve sua mediunidade torna-se mais capaz do que aquele que não a desenvolve. Isto é uma verdade somente se aquele que se desenvolveu mediunicamente também compreendeu os compromissos que assumiu. Mas é pura fantasia se ele nada entendeu sobre seus compromissos. Uma vez que adquiriu um poder relativo, começa a se chocar com um poder absoluto, que é a Lei de Ação e Reação; assim, sua suposta superioridade logo o lança em um sensível abismo consciencial.

Portanto, quando o assunto é mediunidade, todo cuidado é pouco e toda precaução não é o suficiente, se não estiver presente uma forte dose de humildade e compreensão de que um médium não é um fim em si mesmo, mas sim tão somente um meio.

Preconceitos

Muitos são os preconceitos quanto à educação mediúnica. Muitas pessoas temem certas inverdades divulgadas à solapa por desconhecedores das religiões espiritualistas.

Vamos a algumas colocações correntes que pululam no meio religioso:

· a mediunidade é uma provação purgatória;

· a mediunidade é uma punição cármica;

· a mediunidade escraviza os médiuns;

· a mediunidade limita o ser.

Comecemos por desmentir estas colocações negativas:

1 – mediunidade não é uma provação purgatória, mas sim uma provação Divina e um Dom que aflorou no ser que alcançou uma certa etapa evolutiva e assumiu um compromisso no plano astral antes de encarnar. Se bem desenvolvida, irá acelerar sua evolução espiritual;

2 – não é uma punição cármica, mas sim um ótimo recurso que a Lei nos facultou para nos harmonizarmos com nossas ligações ancestrais;

3 – não escraviza o médium, apenas exige dele uma conduta em acordo com o que esperam os espíritos que através dele atuam no plano material para socorrer os encarnados necessitados tanto de amparo espiritual quanto de uma palavra de consolo, conforto ou esclarecimento;

4 – não limita o ser, pois é um sacerdócio. E, ou é entendida como tal ou de nada adianta alguém ser médium e não assumir conscientemente sua mediunidade;

Para concluir, podemos dizer que a mediunidade, por ser um Dom, tem de ser praticada com fé, amor e caridade. Só assim nos mostramos dignos do Senhor de Todos os Dons: nosso Divino Criador!

Pai Rubens Saraceni

(texto extraído do livro “O Código de Umbanda”, pág. 589.)

sábado, 30 de julho de 2011

Provocações sobre o tempo...

"Tempo, tempo, tempo, compositor de Destinos..."

O tempo do Espírito é diferente do nosso. É um tempo sem conta, sem datas, mas com ações e profundos aprendizados. Nosso tempo, da Terra, contado, sem reflexões produz uma certa dificuldade em aprender a aprender, tanto sobre si, quanto sobre o outro. Nossa organização do tempo - a cronologia terrena - por incrível que pareça,acaba por nos desorganizar energéticamente. Isso porque não aprendemos a usar nossos sentidos para atender nossas necessidades mais íntimas. Ficamos vivendo um tempo para o externo e só para o externo; para a superfície da matéria; para a objetivação e eficiência absoluta de tudo. O que gera uma competição insana e uma angústia óbvia.
Uma das características da pessoa que está aprendendo a se espiritualizar é a noção de tempo mudando. Passamos a nos organizar de modo atípico e,em muitas situações nos sentimos, realmente, fora do tempo cronológico. Passamos a dar prioridade a coisas diferentes, pois descobrimos quem somos e, na pior das hipóteses quem gostaríamos de ser (rs).
Ao aprender a controlar a respiração na meditação, por exemplo, controlamos o pensamento e, com o pensamento, organizamos melhor nossos tempos (espiritual e cronológico).
Nesse sentido, podemos considerar que a expansão da consciência decorrente da prática da oração, dos trabalhos espirituais sérios, propiciam também uma reconexão com esses tempos, de modo a que nossa vida passa a ser regida por um tempo diferente, um tempo que oscila entre o cronológico e o espiritual (integrando-os). Como resultado somos capazes de nos organizar de modo diferente, pois nossa definição do que é prioridade fica bem mais claro. Acabamos sendo mais produtivos, mas não mais competitivos...
Na minha opinião esse é o tempo regido por Oyá, a mãe do Tempo. E dai, a canção faz mais sentido ainda...e concordo quando ela diz que o tempo é "compositor de destinos". Em sua senda vamos construindo quem somos e quem queremos ser. E ai, passamos a entender que tanto o que somos e o que queremos ser também passam por um exercício de Fé. A Fé me move, me motiva, me ampara, me ajuda a vislumbrar um futuro ao longo do Tempo.
Talvez por isso Fé e Tempo sejam complementos, né?
mas dai, são outras provocações...
Salve Oxalá, minha Fé!
Salve Oyá, meu Tempo!
Axé!
Nelly

quarta-feira, 27 de julho de 2011

sensibilidade...

"Onde a mente é destemida e a cabeça se mantém erguida;
onde o conhecimento é livre;
onde o mundo não foi dividido em fragmentos por estreitas paredes domésticas;
onde as palavras brotam das profundezas da verdade;
onde o esforço infatigável estende seus braços para a perfeição;
onde o límpido regato não se embrenhou, perdido, nas sombrias areias desérticas do hábito estagnado;
onde a mente guiada por Ti, avança rumo ao pensamento e à ação sempre mais amplos;
Neste céu de liberdade, meu Pai, permite que minha pátria desperte!"
Rabindranath Tagore

a vida e a morte de cada dia

Aquieta teu coração, medita na paz de Zambi, caminha nas trilhas de Ogum..caminha livre vivendo o bem e o mal de cada dia. E que isso baste para o teu aprendizado: um dia de cada vez, aprende com ele. Não acumule teus dias em preocupações malsãs...apenas perceba o suceder e a dádiva de poder recomeçar e renascer a cada novo raiar do sol.Assim, encerra tua jornada diária, com bençãos nos lábios e no coração. Como numa canção, eleva teu pensamento e agradece pela noite e fim dessa pequena existência vivida.
Boas reflexões e muito axé a todos!
Nelly

"Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver." (Dalai Lama)

Na Meditação

"E foram sós num barco para um lugar deserto." - (MARCOS, capítulo 6, versículo 32.)

Tuas mãos permanecem extenuadas por fazer e desfazer.

Teus olhos, naturalmente, estão cheios da angústia recolhida nas perturbações ambientes.

Doem-te os pés nas recapitulações dolorosas.

Teus sentimentos vão e vêm, através de impulsos tumultuáríos, influenciados por mil pessoas diversas.

Tens o coração atormentado.

É natural. Nossa mente sofre sede de paz, como a terra seca tem necessidade de água fria.

Vem a um lugar à parte, no país de ti mesmo, a fim de repousar um pouco. Esquece as fronteiras sociais, os controles domésticos, as incompreensões dos parentes, os assuntos difíceis, os problemas inquietantes, as idéias inferiores.

Retira-te dos lugares comuns a que ainda te prendes.

Concentra-te, por alguns minutos, em companhia do Cristo, no barco de teus pensamentos mais puros, sobre o mar das preocupações cotidianas...

Ele te lavará a mente eivada de aflições.

Balsamizará tuas úlceras.

Dar-te-á salutares alvitres.

Basta que te cales e sua voz falará no sublime silêncio.

Oferece-lhe um coração valoroso na fé e na realização, e seus braços divinos farão o resto.

Regressarás, então, aos círculos de luta, revigorado, forte e feliz.

Teu coração com Ele, a fim de agires, com êxito, no vale do serviço.

Ele contigo, para escalares, sem cansaço, a montanha da luz.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caminho, Verdade e Vida. Ditado pelo Espírito Emmanuel. 28 edição. Capítulo 168. Brasília: FEB. 2009.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

pequenas reflexões...

Acreditar que todas as experiências são para o crescimento do Espírito é uma prova de fé.

É preciso abrir o coração e deixar os queixumes, os conceitos pré-concebidos e os medos de lado, para olhar com os olhos do espírito...

É preciso se liberar de si mesmo, desistindo, inclusive, de controlar tudo ao seu redor, para - apenas, viver...deixando-se transbordar da energia do amor que só a presença divina nos possibilita.

Aprendizado para várias existências...
é preciso dar o primeiro passo: querer!
Axé!
Nelly

Correta Visão da Vida

Quando a criatura se encontra com a realidade espiritual, toda uma revolução se lhe opera no mundo interior.

Dulcifica-se o seu modo de ser e torna-se afável.

Tranqüiliza-se ante quaisquer acontecimentos, mesmo os mais desgastantes, porque sabe das causalidades que elucidam todos os efeitos.

Nunca desanima, porque suas realizações não aguardam apoio ou recompensas imediatas.

Identifica no serviço do bem os instrumentos para conseguir a perfeita afinidade com o amor, e doa-se.

Na meditação em torno dos desafios existenciais ilumina-se, crescendo interiormente, sem perigo de retrocesso ou parada.

Descobre no século os motivos próprios para a evolução e enfrenta-os com alegria, dando-se conta que viver, no mundo, é aprender sempre, utilizando com propriedade cada minuto e acontecimento do cotidiano.

Usa as bênçãos da vida, porém, não abusa, de cada experiência retirando lições que incorpora às aquisições permanentes.

Acalma as ansiedades do sentimento, por compreender que tudo tem seu momento próprio para acontece; e somente sucede aquilo que se encontra incurso no processo da evolução.

Aprende a silenciar, eliminando palavras excessivas na conversação, e, logrando equilíbrio mental, produz o silêncio mais importante.

Solidário em todas as circunstâncias, não se precipita, nem recua.

Conquista a paz e torna-se irmão de todos.

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos Enriquecedores.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Salvador, BA: LEAL, 1994.

Terapêutica

Quando perguntam ao Exú sobre doenças psicossomáticas, se essas realmente existem e se é verdade que a mente do ser humano é capaz de causar doenças físicas mesmo sem o real intento, este responde:

"Quando a boca cala... o corpo fala!!!

O resfriado escorre quando o corpo não chora.

A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.

O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.

O diabetes invade quando a solidão dói.

O corpo engorda quando a insatisfação aperta.

A dor de cabeça deprime quando as duvidas aumentam.

O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.

A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.

As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.

O peito aperta quando o orgulho escraviza.

O coração infarta quando chega a ingratidão.

A pressão sobe quando o medo aprisiona.

As neuroses paralisam quando a"criança interna" tiraniza.

A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.

Preste atenção!

O plantio é livre, a colheita, obrigatória... preste atenção no que você está plantando, pois será a mesma coisa que irá colher!!
(retirado de www.umbandacomamor.com.br)

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Reflexão...

A voz é a revelação do temperamento de cada um.

Abre as portas do espírito à luz do amor para que o amor te auxilie a entender a linguagem da vida.

Abre os braços à ação e cresce na direção do Infinito.
(Joanna de Ângelis - Divaldo P.Franco - Do Livro: Alegria de Viver)

domingo, 17 de julho de 2011

Oferenda para os Orixás


Muitos médiuns vem nos perguntar quais oferendas podemos dar no dia de determinado Orixá.
Estaremos agora passando uma receita básica que pode ser utilizada para qualquer Orixá ou Entidade.
* um pacote de amor, em pó, para que qualquer brisa possa espalhar para as pessoas que estiverem perto ou longe de você;
* um pedaço (generoso) de fé, em estado rochoso, para que ela seja inabalável;
* algumas páginas de estudo doutrinário, para que você possa entender as intuições que recebe;
* um pacote de desejo de fazer caridade desinteressada em retribuição, para não "desandar" a massa.
Junte tudo isto num alguidar feito com o barro da resignação e determinação e venha para o terreiro.
Coloque em frente ao Congá e reze a seguinte prece:
"Pai, recebe esta humilde oferenda dada com a totalidade da minha alma e revigora o meu físico para que eu possa ser um perfeito veículo dos teus enviados. Amém."
Pronto! Você acabou de fazer a maior oferenda que qualquer Orixá, Guia ou Entidade pode desejar ou precisar...
Você se dispôs a ser um MÉDIUM!

Caboclo Pery

Médium Mãe Iassan

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Cursos sobre Umbanda: válidos ou não?

Por Hédio Silva Júnior*

Organização das Nações Unidas ? ONU estabelece que todas as religiões têm o direito de criar escolas confessionais, institutos teológicos e de ensinar uma crença ou religião em locais apropriados.

Trata-se de direito garantido também pela Constituição brasileira e leis ordinárias.

Isto significa que uma organização religiosa, isto é, um templo com estatuto e ata registrada pode criar e manter creche, pré-escola, instituição de educação básica ou uma faculdade. Faculdade em sentido amplo, podendo abranger cursos de direito, medicina, matemática ou teologia.

A exigência estabelecida pelo Ministério da Educação - MEC, que deve ser obedecida por toda e qual­quer fa­culdade, tem a ver com a qualificação dos professores: exige-se certo número de dou­tores, mestres e es­pecialistas para a ins­talação de determinado curso de nível superior.

Doutores aqui tem sen­tido muito específico: são aquelas pessoas que concluíram a faculdade e continuaram estudando, fazendo cursos de pós-gra­duação, especialização, mestrado e obten­do um dos graus mais elevados que é justamente o doutorado.

Do ponto de vista da formação para o sacerdócio, a liberdade de crença quer dizer que todo indivíduo tem ampla liber­dade para escolher o tipo de curso que lhe seja mais conveniente. Tenha ele duração de quatro anos, quatro meses ou quatro horas; seja ministrado por uma faculdade ou por um Sacerdote/Sacer­dotisa reconhecido pela comunidade.

Não há dúvida de que nossos Sacerdotes e Sacerdotisas devem ter com­promisso permanente com sua qualificação profissional e preparo para o sacerdócio. Devemos sim incentivar nossa comunidade a investir em sua formação profissional, estimulando-a inclusive a ingressar num curso de nível superior.

Mas é bom lembrar que na Umbanda a maioria dos Dirigentes não sobrevive da atividade religiosa, sendo muitos os que têm diploma de nível superior em dife­rentes áreas. Conheço pessoalmente jornalistas, professores, funcionários pú­blicos, advogados, sociólogos, psicólogos, Delegados de Polícia que não estudaram teologia e são excelentes sacerdotes.

Portanto, quando falamos em cursos, formação, pre­paração, treinamento, preci­samos separar duas situações distintas: a formação profissional e a formação para o sa­cerdócio.

A formação profissional obviamente é livre e insisto em afirmar que devemos encorajar o Povo de Santo a ir para a faculdade, freqüentar um curso de nível superior e disputar o mer­cado de trabalho em melhores condições. A educação ainda é o principal instrumento de inclusão social que os pobres, a co­munidade negra e o Povo de Santo pode e deve utilizar inclusive para enfrentar a intolerância religiosa.

Já a formação para o sacerdócio deve ser de livre escolha de cada pessoa e a Umbanda possui Sacerdotes e Sacerdotisas que há décadas se dedicam a escrever, publicar artigos, livros, ministrar cursos e preparar novos sacerdotes.

Lembro-me bem de uma das ex­periências mais marcantes que vivi nos últimos anos: em 2008 fui à solenidade de diplomação do Curso de Babalaô (sacerdócio), Coordenado pelo Pai Ronaldo Linares, um dos mais importantes e respeitados ícones da Umbanda e das Religiões Afro-brasileiras como um todo.

Milhares de pessoas prestigiaram o evento, como acontece todo ano, e o brilho nos olhos dos formandos era o mesmo que vejo nos olhos dos meus alunos quando concluem a Faculdade de Direito.

Com ou sem o selo do MEC, o Curso de Babalaô é reconhecido, credenciado, respeitado e aclamado pelo Povo de Santo.

Aliás, em se tratando de ensino de religião, o ideal mesmo é que o Estado não se intrometa, cabendo à sociedade e aos fiéis selecionarem e escolherem o curso tendo em conta unicamente a seriedade, competência e reconhecimento dos responsáveis.

São muito bem-vindas as faculdades de teologia, desde que não desprezemos o acúmulo de conhecimento, a sabedoria, o desprendimento e a coragem daqueles desbravadores que, como o Pai Ronaldo Linares, abriram cursos quando muita gente sequer tinha coragem de assumir publicamente a religião.

Religião não pode ser resumida a diploma: religião é fé, dedicação, abnegação, conhecimento, caridade, humanismo, respeito ao próximo, respeito à diversidade e coragem para enfrentar a intolerância religiosa.

Religião não é técnica: é sentimento, vivência. Façamos de cada curso, cada cerimônia, cada templo uma escola que ensine a sociedade brasileira a conhecer a dignidade, a história de resistência e a grandiosidade da Umbanda e do Can­domblé.

Fonte: Jornal de Umbanda Sagrada - Maio de 2009 - Manter a Fonte.

Dr. Hédio Silva Jr., Advogado, Mestre em Direito Processual Penal e Doutor em Direito Constitucional pela PUC-SP, ex-Secretário de Justiça do Estado de São Paulo (governo Alckmin). Diretor Executivo do CEERT ? Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades.

terça-feira, 12 de julho de 2011

O maior desafio do médium: ele mesmo!


O maior desafio do médium é si mesmo. Ele deve superar a si para conseguir ter êxito em sua missão. Isso significa que deve buscar equilibrar-se continuamente. O que poderá ocorrer pelo exercício da observação, do conhecimento, da percepção, da compreensão e da aceitação do que se é e do que não se é.
Essa postura implica a prática da assunção de seu papel e responsabilidade por sua própria evolução – em primeiro lugar. Maturidade mediúnica implica comprometimento e busca por autonomia emocional, intelectual, moral e por consequência, espiritual.
Quando aprendo e manifesto verdadeiramente isso em minha Vida – primeiro -, então estarei no caminho certo para ser instrumento de auxílio do meu próximo.
Meu contrato de Evolução é entre eu e Deus. Não entre eu e o Terreiro. Isso significa que o que quer que eu faça, estarei, inevitavelmente fazendo para mim mesmo. Essa é a realiade para todos os campos da Vida e todos os planos da Existência.
A noção de responsabilidade ajuda a construir novas crenças sobre si e sobre sua atuação no mundo. Crenças mais próximas da realidade espiritual de cada um.
Essa aceitação é o primeiro exercício de humildade e sabedoria a que todo médium se expõe, mas que muitos não passam.
Por isso se você tem problemas busque resolvê-los na esfera adequada. Não é vergonhoso buscar auxílio junto a profissionais especializados e tentar encarar e resolver seus traumas, por exemplo. O que não é adequado é passar por experiências e sair delas com um olhar distorcido do que é a Vida e do que são as pessoas.
Por isso é importante lembrar que nós vivemos em sintonia com as pessoas e situações que angariamos – atraídas por meio de nossas escolhas – conscientes ou não. Ninguém é vítima ou juiz, temos que ser responsáveis.
Filho de Umbanda que entende isso estará em bom caminho para se tornar parceiro de Evolução de sua Egrégora de Luz.
Muito Axé a todos!
Nelly

Sou Negro

Sou negro!

Sou negro sim!

Trago comigo a voz da liberdade!

A liberdade que embora tardia ecoou nos quatro cantos do Brasil!

Trago comigo o cântico da esperança, o cântico da renovação!

Sou Firmino! Sou do Congo!

Sou neto de majestade; herdeiro de minha raça!

Sou o preto da senzala que com muito orgulho abrigou minhas raízes!

Sou Pai de muitos e o irmão de todos, mas na verdade também sou filho, filho de Olorum, filho de Zambi, embalado nos braços de Pai Oxalá!

Sou terreiro, sou templo, sou senzala!

Sou o anistiado pelo o amor!

Sou Firmino, o preto do Congo que quer ensinar aos filhos de fé a caminharem incessantemente na busca da paz!

Sou negro!

Sou negro sim!

Trago comigo a voz da liberdade!

A liberdade que embora tardia ecoou nos quatro cantos do Brasil!

Trago comigo o cântico da esperança, o cântico da renovação!

Sou Firmino! Sou do Congo!

Naruê meu Pai!
Patacori Ogum!
Ogunhê!

Sou Negro!

Pai Firmino do Congo

por Mãe Luzia Nascimento

Dirigente do Centro Espiritualista Luz de Aruanda

Terreiro Filiado ao Centro Espiritualista Caboclo Pery

O Templo que vos acolhe

Caros Amigos,
Bom dia!
O texto de hoje é muito bom e traz em si a essência do que vem sendo solicitado aos médiuns de minha corrente. Por isso, peço especial atenção à sua mensagem, é benéfica e fundamento para toda e qualquer corrente.
Muito Axé a todos!
Nelly


Amados filhos,


Vosso Templo não existe "ao acaso". Ele foi planejado e construído no plano astral bem antes de existir no plano físico. Portanto, a construção material não é apenas um amontoado de tijolos, telhas, cimento... Isso tudo aqui, está impregnado de matéria astral, de cor, de som e principalmente de energia resplandescente, da qual vossos olhos físicos não conseguem comensurar a dimensão e beleza.

Cada objeto aqui dentro é sagrado, pois seu uso é exclusivo para os rituais que também são sagrados. Mesmo os restos que destinais ao lixo, serviram para o "sagrado" e deles, antes que se descarregue na natureza, são retirados pelos responsáveis no mundo espiritual, toda matéria sutil que pode ser reaproveitada. Portanto meus filhos, mesmo ele merece, antes de rejeitado e despachado, ser reverenciado e agradecido por ter vos servido.

Que se dirá então do chão que vos suporta a matéria? Do teto que vos cobre, das paredes que vos defendem das intempéries? E muito mais, acaso tendes idéia meus filhos amados, da importância do "Congá"? Tendes acaso, noção do "sagrado" que ele representa dentro do Templo?

Cada partícula que compõe a matéria de cada objeto dele, está impregnada de energia consagrada pelas hostes que vos amparam, para que possam transmitir e ou transferir a todos que direcionam a ele apenas um olhar, algo muito além de um alento.

Por isso tudo meus filhos, vos solicito "respeito" por cada objeto do local. Lavai vossas mãos, serenai e limpai vossas mentes antes de tocar nos objetos sagrados, pois algo de maior além do que vossos olhos podem ver, ali está. Não deturpai essa energia em nome de vossa pressa maquinal ou porque vossa turva visão ainda não consegue conceber o duplo etéreo de tudo isso. Muito menos porque não possui a beleza ou sofisticação a que estais acostumados a exibir nos objetos que tendes em vossos lares.

Sendo o Templo que vos acolhe um local sagrado, sagrada deve ser vossa postura dentro dele. Adentrai a ele com a mente serena, com corpo limpo e com o coração em traje nupcial.

Lembrando que além do plano material, acima e além dele, em estado mais sutil, mais diáfano está a construção astral onde tudo acontece e a energia se transforma. Ali seres, cujo corpo é de energia, transitam e trabalham absorvendo o que vem do "alto" mas em grande grau de dependência da energia gerado em vosso ambiente físico. Cada palavra, cada pensamento, cada atitude tem uma repercussão em maior ou menor grau no plano astral, que vos responsabiliza da mesma forma, pelo que possa resultar.

A alegria de servir à caridade não condiz com a irresponsabilidade de transformar o que é sagrado em ambiente desorganizado. Que se mantenha o que é preparado muitas horas antes de vossa presença, pelo tempo que se fizer necessário mesmo depois que vos retirais do ambiente.

Que vossas mentes irrequietas e vossos corpos ansiosos possam se fazer dignos, não só de adentrar neste ambiente sagrado, mas sobretudo, de mantê-lo adequado e digno do trabalho tão grandioso que aqui se faz.

Paz em vossos corações. Serenidade em vossas mentes.


Tucuruí,

um caboclo de Oxoce, para vos servir.

Médium Mãe Leni W. Saviscki

Dirigente do Templo de Umbanda Vozes de Aruanda

(Terreiro Filiado ao Centro Espiritualista Caboclo Pery - CECP)

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Nossos Umbigos

O terreiro de Umbanda, como um hospital de almas ou pronto socorro emergencial, recebe nos dias de sessão ou "gira" uma quantidade razoável de encarnados, mas somente os espíritos desencarnados que lá trabalham, é que podem vislumbrar a imensidão de desencarnados que se movimentam no ambiente, em busca de ajuda. Ordenados e amparados por seus tutores, chegam estropiados e com aparência assustadora, uma vez que em sua maioria representam aqueles que cansaram ou esgotaram suas forças, na vida andarilha do pós-morte do corpo físico.

Voltam a pátria espiritual e dela não tem conhecimento e sem noção da continuidade da vida, quando não, desconhecem até mesmo sua condição de espírito desencarnado e por isso continuam a sentir os desejos, ambições, gostos e dores da vida física e nesse caminho, definham suas energias.

Quando conseguem alcançar algum vislumbre de consciência de sua realidade, permitem a ajuda dos benfeitores que os encaminham a algum local sagrado, onde medianeiros encarnados possam ajudá-los através do choque anímico, permitindo o total desligamento da matéria. Neste momento os chamados Centros Espíritas e de Umbanda, tornam-se "oásis" em seus desertos e como pontes entre os céu e a terra, permitem a passagem de volta à casa.

Naquela noite chuvosa e fria, a maioria dos médiuns daquele terreiro, ressentidos pela dificuldade de deixarem o conforto dos lares, faltaram ao trabalho espiritual e o dirigente preocupado com o atendimento dos doentes que se apinhavam no espaço que dia-a-dia se tornava pequeno, ajoelhou-se em frente ao congá, assumindo sua tristeza diante dos Guias espirituais. Deixou correr duas lágrimas para aliviar seu peito angustiado. Pensou em como fora seu dia e nas atribulações a que já deveria estar acostumado, mas que agora pesavam mais pela saúde que já lhe faltava. Nas dificuldades financeiras, no aluguel da casa que já vencera e nos tantos atrapalhos que ocorreram em seu ambiente de trabalho naquele dia. Sem contar na visita que viera de longe e que deixara em casa esperando pela sua volta do terreiro. Nada disso o impediu de fazer uma prece no final do dia, de tomar seu banho de ervas e seguir a pé até o terreiro, enfrentando a distância e o temporal que se fazia.

Sentia-se feliz em cumprir sua tarefa mediúnica, mas como havia assumido abrir um "hospital de almas", juntamente com outros irmãos que se responsabilizaram perante a espiritualidade em servir à caridade pelo menos nos dias de atendimento ao público, sabia que sozinho pouco podia fazer.

Pedindo perdão aos guias pela sua tristeza e talvez incompreensão em ver os descaso dos médiuns, que a menor dificuldade, escolhiam cuidar dos próprios umbigos à servir aos necessitados, solicitou que se redobrasse no plano espiritual a ajuda e que ninguém saísse dali sem receber amparo.

Olhando a imagem de Oxalá que mesmo ofuscada pelas lágrimas, irradiava sua luz azulada, sentiu que algo maior do que a lamparina aos pés da figura, agora brilhava. Era uma energia em forma de fios dourados que se distribuíam, a partir do coração do Cristo e que cobriam os poucos médiuns que oravam silenciosos, compartilhando daquele momento, entendendo a tristeza do dirigente.

Agindo como um bálsamo sobre todos, iniciaram a abertura dos trabalhos com a alegria costumeira. Quando o mentor espiritual se fez presente através de seu aparelho, transmitiu segurança a corrente, com palavras amorosas e firmes e nesse instante, falangeiros de todas as correntes da Umbanda ali "baixaram" e utilizando de todos os recursos existentes no mundo espiritual, usaram ao máximo a capacidade de cada médium disponível, ampliando-lhes a percepção e irradiação energética, o que valeu de um trabalho eficiente e rápido.

Harmoniosamente, os trabalhos encerraram-se no horário costumeiro e todos os necessitados foram atendidos.

Desdobrados em corpo astral, dois observadores descontentes com o final feliz, esbravejavam do lado de fora daquele terreiro. Sua programação e intenso trabalho para desviar os médiuns da casa naquela noite, no intuito de enfraquecer a corrente e consequentemente, infiltrarem suas "entidades" no meio dela, havia falhado. Teriam que redobrar esforços na próxima investida.

Quando as luzes se apagaram e a porta do terreiro fechou, esvaziando-se a casa material, no plano espiritual, organizava-se o ambiente energético para logo mais receber os mesmos médiuns, agora desdobrados pelo sono.

Passava da meia noite no horário terreno e os médiuns, agora em corpo de energia voltavam ao mesmo local do qual a pouco haviam saído. Os aguardavam, silenciosos ouvindo um mantra sagrado, seus benfeitores espirituais. Tudo estava muito limpo e perfumado por ervas e flores. Um a um, ao adentrar, era conduzido a uma treliça de folhas verdes e convidado a deitar-se, recebendo ali um banho de energias revigorantes. Quando todos já se encontravam prontos, seguiram em caravana para os hospitais do astral e lá, como verdadeiros enfermeiros, auxiliaram por horas a fio a tantos espíritos que horas antes haviam estado com eles no terreiro e recebido os primeiros socorros.

No final da noite, o canto de Oxum os chamava para lavarem a "alma" em sua cachoeira e assim o fizeram, para somente depois retornar aos seus corpos físicos que se permitia descansar no leito.

-Vó Benta, mas e aqueles médiuns que faltaram ao terreiro naquela noite, perderam de viver tudo isso?

-Nem todos zi fio! Nem todos! Dois ou três deles, faltaram por necessidades extremas e não por desleixo e assim sendo, se propuseram antes de dormir, auxiliar o mundo espiritual e por isso foram convidados a fazer parte da caravana.

- E aqueles que mesmo não tendo comparecido por preguiça, se ofereceram para auxiliar durante o sono, não foram aceitos?

-A preguiça, bem como qualquer outro vício, é um atributo do ego e não do espírito, mas que reflete neste. Perdem-se grandes e valiosas oportunidades a todo instante pela insensatez de ouvirmos o ego e suas exigências. O tempo, zi fio, é oportunidade sagrada e dele se faz o que bem quer cada um. O minuto passado, não retorna mais, pois o tempo renova-se constantemente. O amanhã nos dirá o que fizemos no ontem e esse tempo que virá é nosso desconhecido, por isso não sabemos se nele ainda estaremos por aqui servindo ou se em algum lugar, clamando por ajuda de outros que poderão alegar não ter tempo para nós, pois precisam cuidar de seus umbigos.

Assim é a vida, zi fio. Contínua troca!

Vovó Benta
(Mãe Leni W. Saviscki - retirado de www.umbandacomamor.com.br)

domingo, 10 de julho de 2011

Umbanda...quem és?

Sou a fuga para alguns, a coragem para outros.
Sou o tambor que ecoa nos terreiros, trazendo o som das selvas e das senzalas.
Sou o cântico que chama ao convívio seres de outros planos.
Sou a senzala do Preto Velho, a ocara do Bugre, a cerimônia do Pajé, a encruzilhada do Exu, o jardim da Ibejada, o nirvana do Hindú e o céu dos Orixás.
Sou o café amargo e o cachimbo do Preto Velho, o charuto do Caboclo e do Exu; o cigarro da Pomba-Gira e o doce do Ibeje.
Sou a gargalhada da Padilha, o requebro da cigana, a seriedade do Tranca-Rua.
Sou o sorriso e a meiguice de Maria Conga, Cambinda e Maria do Congo, a traquinada do Zequinha e a sa-bedoria do Sete Flechas.
Sou o fluído que se desprende da mão do medium le-vando a saúde e a paz.
Sou o isolamento dos orientais onde o mantra se mis-tura ao perfume suave do incenso.
Sou o Templo dos Sinceros e o teatro dos atores.
Sou livre. Não tenho papas. Sou determinada e forte.
Minhas forças?? Elas estão no Homem que sofre e que clama por piedade, por amor, por cari-dade.
Minhas forças estão nas enti-dades espirituais que me utili-zam para o seu crescimento.
Estão nos elementos: na água, na terra, no fogo e no ar; na pemba, na tuia, na mandala do ponto riscado.
Estão finalmente na tua crença, na tua Fé, que é o elemento mais importante na minha alquimia.
Minhas forças estão em ti, no teu interior, lá no fundo na última particular da tua mente, onde te ligas ao Criador.
Quem sou? Sou a humilde, mas cresço quando combatida.
Sou a prece, a magia, o segredo, o ensinamento milenar, sou cultura.
Sou o mistério, o segredo, sou o amor e a esperança. Sou a cura. Sou de ti.
Sou de Deus. Sou Umbanda.
Só isso… Sou Umbanda!”
(Texto de Elcyr Barbosa)

sábado, 9 de julho de 2011

Caboclo Ubirajara

Recebi essa mensagem por email e percebi a singeleza dela. Ela veio à Terra por meio da psicografia, não cito a fonte por realmente não saber.
Boa leitura.
Salve todos os Caboclos da Aruanda!
Okê-Arô!
Axé!
Nelly


Mensagem

Há muitos anos atrás numa tribo a qual voces chamam de Xetás, mas que tinha como nome os pássaros que voam no céu, houve um pajé que se dedicava a cura das criancas.
Muitos pequenos sofriam do mal dos espíritos da mata e o pajé por aqueles tempos tinha muito trabalho.
Cansado foi á beira do rio falar com o espírito das aguas, embora estivesse temeroso que o levasse junto. O espírito das águas, num canto, entoou a força dos guerreiros Xetas. A partir deste dia aquele pajé passou aos olhos de Tupã a ser pai de todos os pequenos que estavam na tribo e que estavam chegando.
O pajé aprendeu no canto do espírito das águas que o amor é um grande mestre e um grande guardião. O pajé descobriu então sua missão naquela e em todas as terras por onde andasse .
Te conto tudo isto meu filho para que saibas que nas angústias desta vida só o amor dá a paciencia necessária. Que a luz dos espíritos da água iluminem teu caminhar.

Caboclo Ubirajara

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Lições para a Vida

Comece orando.
A prece é luz na sombra em que a doença se instala.
Semeie alegria.
A esperança é medicamento no coração.
Fuja da impaciência.
Toda irritação é desastre magnético de conseqüências imprevisíveis.
Guarda confiança.
A dúvida deita raios de morte.
Não critique.
A censura é choque nos agentes da afinidade.
Conserve brandura.
A palavra agressiva prende o trabalho na estaca zero.
Não se escandalize.
O corpo de quem sofre é objeto sagrado.
Ajude espontâneamente para o bem.
Simpatia é cooperação.
Não cultive desafetos.
Aversão é calamidade vibratória.
Interprete o doente qual se fôsse você mesmo.
Toda cura espiritual lança raizes sobre a força do amor.

Texto do espírito André Luiz pelo médium Francisco Cândido Xavier.

Na Senda da Tua Alma

(Quando a Rosa Fala ao Coração)

Irmão de senda espiritual,
Por favor, olhe para dentro de ti mesmo,
E veja o sol em teu próprio coração.

Redescobre o teu verdadeiro caminho, para além dos caminhos...
E hasteie a bandeira do discernimento em tua jornada,
Para que ela tremule sob a ação do vento da esperança.

Preste atenção em Tua Alma, pois tu vives n’Ela – e por Ela.
E a tua verdadeira origem é a Luz.
E a música dos astros retumba em ti, sempre...

Tu vieste das plagas estelares.
Portanto, tu és um cidadão do universo.
Mas, no momento, estás tocando a pele viva da Terra.

Tu és filho do Grande Arquiteto Do Universo!
E carregas a eternidade em teu coração.
Ah, as estrelas são tuas irmãs.

Não te esqueças de Tua Alma, jamais!
Olhe dentro de ti mesmo – em tua essência.
E reconhece o Poder de Teu Pai Celestial.

O mesmo Poder que engendrou o infinito...
E que é o Amor mais lindo de todos.
E que habita em teu coração.

Irmão estelar, jamais renegue tua origem.
Porque, sem a Luz, tu não és nada!
E, sem Amor, tu te tornas miserável.

Às vezes, o teu ego te engana e te seduz...
Então, tu tergiversas na senda e se perde no abraço do orgulho.
E Tua Alma acaba sofrendo nos meandros de tuas ilusões.

E quando tu te perdes, machucas aos outros – e também a ti mesmo.
E, no entanto, tu poderias haurir forças nas asas da prece.
Para energizar teus passos na senda...

Ah, nos momentos de prova, escute Tua Alma.
Então, tu perceberás uma linda rosa florescendo em teu coração.
E tu te sentirás abraçado por um Grande Amor.

Irmão de senda, nada está fora de teu Ser.
E quando tu reconheces Tua Alma, te sentes em casa...
Porque tua origem é a Luz.

Ah, jamais te esqueças de Tua Alma – por nada nesse mundo.
E nem renegues ao Teu Pai Celestial – que te deu o sopro vital.
Ah, rende-te ao Amor que habita em teu coração.

Diante das dores do mundo, recolhe-te em prece, e cale o teu ego.
E pede a Tua Alma que vibre pelo Bem de todos.
E, em silêncio, abrace o mundo com energias serenas e amistosas.

Ah, meu irmão, deixe a rosa florescer em teu coração.
Pelo Bem de Tua Alma... Na Força de um grande amor.
Porque a tua verdadeira senda é no Coração do Todo.

Então, caminhe... Com toda Tua Alma, sempre honrando a Luz.
Com a tua flor aberta, pelo Bem de todos...
Em Nome do Grande Arquiteto Do Universo, Fonte Imanente de todos.

Que Deus abençoe a tua jornada.

Paz e Luz.

- Os Iniciados* –
(Recebido por Wagner Borges – São Paulo, 18 de março de 2011.)

- Nota:
* Os Iniciados - grupo extrafísico de espíritos orientais que opera nos planos invisíveis do Ocidente, passando as informações espirituais oriundas da sabedoria antiga, adaptadas aos tempos modernos e direcionadas aos estudantes espirituais do presente.
Composto por amparadores hindus, chineses, egípcios, tibetanos, japoneses e alguns gregos, eles têm o compromisso de ventilar os antigos valores espirituais do Oriente nos modernos caminhos do Ocidente, fazendo disso uma síntese universalista. Estão ligados aos espíritos da Fraternidade da Cruz e do Triângulo. Segundo eles, são “iniciados” em fazer o bem, sem olhar a quem.
** Esse texto faz parte do prefácio do livro “Eu, Pilatos” – do meu amigo Mauricio Santini -, lançado pela Editora ProLíbera. A obra é o resultado de suas experiências metafísicas vividas ao longo de anos. São clarividências, clariaudiências, projeções astrais, e percepções extrassensoriais, entre outras, que viajam num dos acontecimentos mais importantes do planeta, a passagem de Jesus de Nazaré pela Terra.
(retirado de http://www.ippb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=10465:na-senda-da-tua-alma&catid=138:ultimos-textos-postados&Itemid=271)

Morre uma escrava, nasce uma Preta Velha

A senzala exalava o calor de um local superlotado, o suor de mais um dia brutal de trabalho, e o medo de novas ordens ou atitudes desmedidas.

O breu já se formava lá fora em noite sem lua, que prometia chuva. Nenhuma luz entrava pelas frestas da taipa desvastada pelo tempo e não se viam os animais que penetravam, insetos noturnos. Havia sempre o risco de uma cobra por baixo do tapete improvisado que protegia do chão áspero, feito de folhas de bananeira e palha de folha de cana. Por isso, sempre havia aqueles encarregados de bater todo o espaço com varas de bambu, para espantá-las. Um ou outro pequeno candeeiro, pois sinhozinho não gostava de gastar óleo de baleia com negros.

A senzala quadrangular era dividida em quatro setores : os homens de um lado, mulheres de outro, as mulheres com filhos recem-nascidos num terceiro canto, filhos estes de pele mais clara, e alguns até de olhos verdes. Os pretos e as pretas não podiam coabitar nem ter filhos, exceto se o “procriador” se destacasse muito pela força e inteligência. Não havia querer, não havia gostar.

No quarto último canto, os velhos, escravos e escravas juntos, já que não se reproduziam mais, haviam conseguido sobreviver à lida, aos maus tratos e à tristeza de ver seu povo sofrendo tanto.Traziam ainda a mente lúcida, sabiam receitas para curar todo o tipo de moléstias, sabiam rezar contra os males do corpo, e aguardavam a madrugada para entoarem seus cantigos nostálgicos, espantarem o banzo, e ensinarem aos outros suas lendas, suas origens e tradições. Alguns incorporavam velhos espíritos das florestas, dos cursos dágua, do fundo da terra, e rendiam seu culto de Fé a Olorum, Orixalá, Oxumaré, Obaluaiê, Iroko, Nanã Buruku e a Abikú, este último, pelo grande número de crianças que morriam. Colocavam em um pequeno pote de barro, o que tinham conseguido trazer escondido do parco almoço, um pouco de fubá, inhame, umas favas de feijão e enfeitavam com flores, completando com Amor e Devoção a singela entrega.

Tambem rendiam respeito ao Exu Kimbandeiro, pois na senzala só haviam negros bantos. Os caçadores de escravos haviam se espalhado de tal maneira que depois deles não houve mais os Tatás africanos, destruindo na África toda uma cultura milenar. Ou quem sabe era mesmo o momento dela migrar através do oceano para este Brasil que ainda não percebia o tamanho do horror que abrigava em seu generoso chão.

Havia ali naquele pobre albergue desguarnecido, uma velha escrava pequena, de passos miúdos, mãos mágicas que consertavam ossos quebrados, feridas abertas, corações partidos… Não tinha tido tempo de completar sua iniciação de Sacerdotisa em sua Terra, o Congo, quando foi aprisionada e separada dos seus. A solidão, a tristeza, a saudade, a perda das esperanças de ver suas matas novamente, não lhe haviam dobrado a cerviz. Do mesmo modo que era meiga, era firme, e se dedicava ao mundo espiritual incansavelmente, de alguma maneira conseguindo amenizar um pouco o sofrimento daqueles que estavam ali.

Ensinava que seu Povo era de caçadores, mas também guerreiros, e que mesmo desarmados e vencidos, cada negro ali tinha de manter a cabeça em pé, o pensamento focado na superação das provas físicas e a necessidade da solidariedade para obterem um pouco de Paz no seu dia a dia.

Ela já não tinha força para trabalhar no plantio da cana ou na colheita do milho, mas Sinhazinha mais de uma vez havia lhe chamado para curar seus filhos. Assim, ela passava seus dias curando, cantando, sorrindo com seus olhos enevoados pela idade, enquanto tratava das feridas dos que eram castigados.

Mas naquela noite sem Lua, com a chuva já encharcando o chão, deixando o sono de todos ainda mais desconfortável, subitamente o capataz da fazenda invade o local, destrancando e abrindo a porta com violência gritanto: “Um negro desgraçado fugiu, Uma fuga, uma vida.”! E agarrou o adolescente Jerônimo, que embora jovem era muito alto e forte, além de mostrar grande personalidade. Jerônimo iria pagar pela fuga. Com força descomunal para seu tamanho, na hora do derradeiro golpe do facão, Maria Quimbandeira desviou a arma certeira, salvando o menino, mas ela própria caiu, transpassada pela lâmina, e em pouco tempo sucumbiu, sem um gemido.

Acordou junto a sua floresta africana, em meio a uma linda dança de encantados. O grande Babá-Egun a ela se dirigiu lhe dando o comando de duzentos guerreiros e disse:

“ Babá Maria, sua missão na Terra findou, mas se inicia aqui uma muito maior, junto aos homens, embora nenhum deles poderá vê-la. Irás ainda por muiito tempo vagar o Planeta, com a finalidade de proteger os homens do mal, e junto com outros milhares que estão fazendo o mesmo trabalho, até o dia em que poderás sentar à beira deste riacho e descansar. Agora não, que é tempo de muitas modificações e auxílio aos homens encarnados. Eis que sai de cena a velha Maria e surge a Vovó Maria da Pemba, sempre protegendo, amparando, fortalecendo e abençoando seus protegidos”.

Eis mais uma linda e comovente história de ascensão de uma alma, que se dedica até hoje, no silencio de outros planos a semear o Bem, amar incondicionalmente, a velar por aqueles que lhes afinizam, desmanchando demandas quebrantos e mazelas .

Salve Vovó Maria da Pemba! Salve a Sua Luz e a Sua Coroa! Adorei a Almas! Salve a África! Salve a Bahia! Salve o nosso Brasil!

Alex de Oxóssi
Rio Bonito – RJ
(retirado de http://povodearuanda.wordpress.com/2011/05/13/morre-uma-escrava-nasce-uma-preta-velha/)

O Preto Velho e o Julgamento do Médium

Dentro do Centro Espírita,
Os mestres de branco aconselhavam e oravam.
Fora do Centro e de vista,
O preto velho a todos protegia e guardava.

O Médium sentou e se preparou,
Para psicografar a mensagem.
Quando o preto velho se aproximou,
O moço ficou julgando a entidade.

"Onde já se viu espírito,
Com esse jeito de ex-escravo negro?
Se ele fosse mesmo evoluído,
Não falaria assim desse jeito."

O preto velho sorriu,
Mesmo perdendo a viagem.
Não entendia o preconceito do médium,
Mas, ainda assim, deu-lhe um passe.

Ele sabia que no dia certo,
Aquele médium perceberia o fato:
Que se aprende tanto com o médico,
Quanto com o operário.

Despediu-se dos mestres do Centro,
Que lhe olharam pedindo paciência.
Embora o trabalho ainda fosse lento,
Aumentava o discernimento e consciência.

A cada dia que passa,
Os novos médiuns estão descobrindo.
Que não importa como se fala,
E sim o que está sendo dito.

Por isso é que na rua ou no Terreiro de Umbanda,
O Preto Velho continua o seu trabalho e nunca pára.
Até que os tambores de Aruanda
O convidem para uma outra jornada.


- Frank -
Londres, 08 de abril de 2003.
(retirado de http://www.ippb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=9089&catid=31&Itemid=57)

Umbanda é coisa séria, pra gente séria!

A vidência, não deve ser encarada como um "buraco de uma fechadura"
Onde qualquer um olha, vê e fala o que deseja sem medir as consequências de seus atos
A vidência, como qualquer outra faculdade mediunica, deve ser encarada com responsabilidade e bom senso
Devendo a mesma ser utilizada somente quando necessário e não a titulo de adivinhação, mas sim, de caridade com nosso semelhante
Lembrando as palavras do saudoso Caboclo Mirim:
"Umbanda é coisa séria, pra gente séria"
E na qualidade de espíritos em evolução que todos somos arriscamos completar:
"Mediunidade não é jogo de exibicionismo, mas sim, dom divino que dever ser conduzido com bom senso, responsabilidade e humildade"

PAI ANTONIO DAS ALMAS

Iniciação

Iniciar-se é envergar a túnica da humildade.
Iniciar-se é servir primeiro antes de ser servido.
Ser iniciado é calar para que os outros falem.
Não querer ser mais do que ninguém, ser sempre abenegado.
Ser sempre conciliador e de todas as formas buscar a reunião dos antagonismos.
Buscar na união dos opostos, o elo perdido.
Isso é que é ser iniciado.
O iniciado é o que tem consciência de saber onde põe a mão, por que põe a mão, com que finalidade vai colocar a outra mão, se precisar, e como tira as duas mãos.
O iniciado é aquele que entende que está se renovando, renovando o outro, está se aprimorando, aprimorando o outro.
Que todos possam se iniciar na própria vida, aprendendo a serem médiuns, aprendendo a colher o fruto na hora certa.


O Guardião

(retirado do Livro Iniciação à Umbanda, Editora Madras, 2008).

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Um pouco da minha história

Toda vez em que vejo um médium novo colocando a roupa branca pela primeira vez (grande insígnia da prática mediúnica na Umbanda), lembro do dia em que eu coloquei pela primeira vez a minha. O coração afobado, o rosto afogueado, tremia que só, sentia uma alegria, uma emoção, tudo era luz e ritmo. Me sentia tão grata por poder estar ali, fazendo parte daquela beleza toda. Na primeira noite, na chegada, ainda sem saber o que tinha que fazer, nem como me posicionar, não me contive, fui até a frente do Congá e conversei com a imagem de Jesus que ali estava - grande, iluminada, bondosa e, na prosa toda pedi para nunca deixar de ser um instrumento do Amor Maior. Chorei, claro, porque quem me conhece sabe que para cair lágrima desses olhos basta estar olhando (rsrs). Brincadeiras a parte, chorei, porque ali eu senti uma força tão grande, que intimamente eu sabia que era um caminho apenas para a frente e para o Bem. Parecia que eu tinha voltado para casa, a casa dos espíritos, a casa do meu espírito.
Até hoje me emociono em lembrar...
Depois a cantoria, as palmas, os movimentos de corpo, o axé das entidades, os olhos curiosos, aprender a cambonear, aprender a conviver com as Entidades, os ritos, os mistérios, sempre tanta encantaria, tanta lindeza...Descobri como é ser filha de Ogum e de Iemanjá. A força e poder gerador deles sempre me guiaram, mesmo na minha ignorãncia...Assim, as escolhas foram me levando para outras Giras, conheci pessoas
impagáveis e insubstituíveis no trato e no entendimento das vivências mediúnicas. Não conheci o que era a solidão junto aos Mentores, fiz e ainda faço amigos espirituais maravilhosos, únicos.
Aprendi a conversar com eles, a respeitar e, com eles sorrir e rir pra Vida. "Pra tudo dá-se um jeito...desde que se tenha Fé, minha filha!"
Os anos foram passando e com eles o entendimento sobre o que é Umbanda, o que significa vestir o branco e ser médium foi se construindo e consolidando.
Aprendi a me posicionar perante meus irmãos de Fé, aprendi a me posicionar perante a minha própria mediunidade e, por consequência, em minha Vida. Entendi que a mediunidade é importante, mas nada paga a compreensão e aceitação de si mesmo e da sua responsabilidade.
Nem tudo foram flores e alegrias, houveram decepções, lamentos, revolta, preconceitos, incompreensão. Mas escolhi sempre seguir em frente, como ainda sigo.
Hoje, percebo o que é ser filha de todos os Orixás :"Somos filhos das estrelas"- ensina a mentora... E desse jeito vou tentando, por meio de meu Pai e de minha Mãe, vivenciar e aprender com as demais energias divinas que emanam da natureza.
As descobertas ainda são grandes, a alma, agora um pouco mais calejada, tem aprendido o silêncio, a responsabilidade e o compromisso. A aprendizagem não está sequer próxima do fim (ainda bem!!!). Ainda sinto muita alegria, mas agora, estando de um outro lado...assumindo a formação de tantos outros médiuns, que como eu, fazem dessa religião uma forma de busca por si mesmo e pelo entendimento da Vida em seu maior sentido:como espíritos!
Sei que a Jornada ainda é longa e, feita a maior parte em passos curtos e lentos. Sei que não estou sozinha e, assim como na primeira vez que coloquei a roupa branca, venho tentando me posicionar a serviço do Amor Maior.
As provas são muitas, os obstáculos também - tanto internos quanto externos. Mas o crescimento é feito no desafio, não é? E esse é só o começo da história...
Muito Axé a todos!
Salve a Umbanda!
Salve o Povo de Aruanda!
Abraços,
Nelly

Mensagem de Ramatis sobre a Umbanda

Aos irmãos de Fé umbandistas:

Que os vossos destinos estejam sempre iluminados pelos bons espíritos, guias e protetores, falangeiros da caridade, mas que tenhais merecimento dessa assistência pelas vossas atitudes e ações.Fazei a vossa parte, que a Espiritualidade está fazendo a que lhe cabe, pois igualmente os espíritos têm comprometimento cármico convosco e estão evoluindo. Tendes o discernimento de escolher vossos destinos de acordo com o aprendizado vivenciado, fruto do estudo, da experimentação mediúnica e do conhecimento que propicia a fé racional, e não vos deixeis levar tal qual tora de madeira correnteza a baixo.
Vivenciai a singeleza da Senhora da luz, vossa amada Umbanda, ainda tão incompreendida e distorcida entre os homens. Umbanda, facho luminoso que desce do Altíssimo, que não cobra consultas, não se remunera por encomendas de oferendas e despachos milagrosos que a tudo resolvem, não faz sacrificio de animais e não tem rituais de sangue; práticas funestas de pais de terreiros pagos pelo vil metal, comprometidos com a sombra do astral inferior, num processo simbiótico vampirizador de larga escala na crosta terrestre decorrente da baixo moralidade que ainda prepondera neste inicio de Terceiro Milênio,mas que não está destinada ao homem místico e universalista da Nova Era de Aquário. Não tenhais receio de afirmar vossa condição de umbandistas, que é por natureza milenar, universalista e cristica. Resgatai a humildade e a sabedoria tão bem personalizada nas figuras amoráveis dos pretos velhos com seus cabelos brancos, corpos curvados pelas dores do tempo e linguajar simples e tosco , mas que por detras das vovós e vovôs , escondem-se espiritos de extrema elevação, muitos de outras paragens cósmicas, que no presente momento existencial não conseguireis entender em plenitude.
Tende a coragem dos índios e dos caboclos e enfrentai as vicissitudes de olhar firme no horizonte, respeitando a tudo e a todos, tendo o evangelho do cristo no coração.

SAUDAI VOSSA UMBANDA.
SAUDAI TODOS OS ORIXÀS, POSIÇÔES VIBRADAS DO COSMO QUE PERMITEM A MANIFESTAÇÃO DOS ESPIRITOS NA
FORMA E NA MATÉRIA.
SAUDAI TODOS OS GUIAS E PROTETORES.
SAUDAI TODOS OS CAVALARIANOS SOCORRISTAS.
SAUDAI TODOS OS QUE PRATICAM A CARIDADE DESINTERESSADA SOB A ÉGIDE DO CRISTO JESUS, ENCARNADOS E
DESENCARNADOS.

O amparo e a assistência se fazem sempre, atuantes por intermédio dos mensageiros da FRATERNIDADE BRANCA DO ASTRAL SUPERIOR,que sustenta em solo pátrio o movimento de unificação religiosa dos homens.
E que Oxalá vos dê ânimo para enfrentar os tempos vindouros e continuar praticando a caridade desinteressada, com amor ao próximo, confiança e fé como sempre foi,é e será pelo evo dos tempos, nos caminhos ascencionais de todos vós, inevitavelmente destinados à angelitude, independente das crenças terrenas.

SAMADHI - texto psicografado por Norberto Peixoto.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Curso Bases da Umbanda

A Tenda Espiritualista Caboclo das Sete Encruzilhadas (Curitiba-Paraná) promove: CURSO AS BASES DA UMBANDA.
Início 09 de Julho de 2011 - Sábado, às 14hs.
Serão 7 encontros, quinzenais.

Investimento R$175,00 (à vista ou parcelado).

Veja o Conteúdo do Curso:

Módulo 1 (09.07)- Abertura + Orixás e Linhas de Trabalho: Lendas, mitos, arquétipos e sincretismo na Umbanda.
Módulo 2 (23.07)- Uso e preparo de Ervas dentro do ritual umbandista + atividade prática.
Módulo 3 (06.08)- Oferendas e firmezas umbandistas + atividade prática.
Módulo 4 (20.08)- A engoma e os Ogans: ritmos, melodias e magia nos pontos cantados.
Módulo 5 (03.09 e 17.09)-Características do exercício mediúnico na Umbanda + diferença entre Umbanda, Candomblé, Kardecismo, Xamanismo e outras doutrinas espiritualistas + Vivências
Módulo 6(01.10) - Direitos e Deveres do médium, preconceito e ética na Umbanda + Encerramento

Não precisa ser médium atuante.

O objetivo maior desse curso é a informação e a divulgação do que vem a ser a Umbanda: uma religião que tem seus fundamentos e que necessita de adeptos mais e melhor informados, o que contribui para uma prática mais consciente, madura, sensata e ética.

Saravá a Umbanda!
Salve o Povo de Aruanda!

maiores informações:

nellysouza@gmail.com
rogger.robert@hotmail.com
tendapai7@yahoo.com

Mironga de Preto Velho (Muito Bommmm!!!)

O QUE É MIRONGA??
Mironga é como chamamos a “magia” de preto-velho, a mandinga dos espíritos que se apresentam como negros idosos e sábios para ajudar os filhos que os procuram.

Aqui vão algumas mirongas que essa nega véia tem a ensinar para resolver as dificuldades do coração, muito comum nos queixumes e pedidos de auxílio dos filhos da Terra.
Leia tudo com muita atenção e principalmente, aplique isso no seu dia-dia.

1 – Aprenda a viver sozinho. Caso vc não consiga nem viver consigo mesmo, como poderá levar felicidade e alegria para outra pessoa? Primeiro relacione-se com seu eu interior. Depois busque alguém.

2 – Assuma a responsabilidade pelo seu relacionamento. Não é magia, inveja, ciúmes de terceiros, etc, que irá separar aquilo que o amor uniu.

3 – É claro que também nenhuma simpatia, reza ou trabalho irá unir ou “amarrar” aquilo que a falta de carinho desuniu.

4 – Simplificando: quem procura as coisas ocultas para resolver problemas sentimentais é imaturo. Ruim do juízo e doente do coração.

5 – Desapegue-se! Porque o amor é um sentimento livre. Um eterno querer bem. Um carinho incondicional. Quase um sentimento de devoção. Se vc “gosta” tanto de alguém, que prefere ele “morto” do que feliz com outra pessoa, escute: Isso não é amor! Simples ilusão disfarçando o egoísmo…

6 – Aprenda que ninguém irá te completar. Você já é completo! Mas quando um relacionamento é calcado no mais puro amor, muito do amado vive no amante, e muito do amante pra sempre viverá no amado. Quer milagre maior que esse?

7 – Melhor sozinho do que mal acompanhado! Sabedoria popular, mas o que têm de doutor e doutora que não consegue entender isso.

8 – Ponha o pé no chão e esqueça essa história de alma gêmea. Pare de enfeitar suas próprias desilusões com devaneios ditos espiritualistas. Encare a realidade de frente.

9 – A vida vai passando, com ele/a, ou sem ele/a. E a morte se aproximando…

10 – Por isso, vão viver a vida meus filhos! Quem sabe ela não está guardando um presente para vocês? Não existe mironga maior que essa!

Vó Dita
(retirado de http://umbandabrasileira.wordpress.com/2009/02/17/mironga-de-preto-velho/)

A mediunidade mal orientada

Os perigos e conseqüências da mediunidade mal orientada.


A falta de doutrina e de comprometimento que existe, em muitas casas espiritualistas, coloca em risco a saúde física e psicológica dos médiuns.

Para se ter idéia, há casas que iniciam qualquer pessoa que tenha vontade em trabalhos de desenvolvimento mediúnico de incorporação.

E as pessoas que começam a frequentar os trabalhos, por não terem a menor noção do que é certo ou errado, se submetem.


Na verdade, existem casos em que a mediunidade de incorporação nunca vai se manifestar porque o médium deverá desenvolver outras formas de mediunidade.

Consequentemente, tentando fazer incorporar quem não deve, surgem atrapalhações de toda ordem.

A mediunidade deve ser desenvolvida de forma progressiva e individualizada, e o bom desenvolvimento do corpo mediúnico depende muito da firmeza e da competência do chefe encarnado do grupo e do espírito dirigente dos trabalhos.

Na Terra, a esfera material das diversas formas de religião é conduzida pelos encarnados, o que inclui a organização das casas, a orientação das pessoas e até a redação dos textos que explicam os fenômenos espirituais.

É justamente por se tratar de “coisa de humanos” que a religião muitas vezes é deturpada.

Se os espíritos de luz pudessem atuar sozinhos, várias situações inoportunas deixariam de acontecer.

Mas os trabalhos religiosos na Terra precisam da união do plano físico e do espiritual.

Sem o fluido animal dos médiuns, não é possível para os espíritos atuar em nosso nível vibratório.. Daí a grande importância dos médiuns e também da assistência nos trabalhos religiosos.

Quando um dirigente religioso, independente da linha em que trabalhe, se deixa envolver pelo ego, passa a acreditar que é dono-da-verdade e, o que é ainda pior, que é dono das pessoas sua mente se fecha para as orientações do plano espiritual que deveriam orientar sua conduta, porque sua vontade passa a ser mais importante.

Quando o chefe dos trabalhos “se perde”, os espíritos não compactuam com os erros cometidos, mas respeitam o livre-arbítrio de todos. Ficam à parte, aguardando que a situação se modifique para novamente poderem trabalhar com seus médiuns.

As pessoas não ficam desamparadas, mas os espíritos não compactuam com o ego. Há trabalhos que, irresponsavelmente, surgem em função da vontade que têm algumas pessoas de dirigirem grupos. Se uma pessoa resolve iniciar uma sessão, a responsabilidade é dela. Os seus protetores não vão puni-la por isso, mas toda a carga que surge em função dos trabalhos vai ser também responsabilidade dela.

Surgem, em função disso, muitas complicações, para quem dirige e para quem é dirigido. Portanto, não bastando atrapalhar a si mesmo, o chefe deverá arcar com as consequencias do que provoca para o corpo mediúnico de sua casa.

O mesmo vale para quem decide que vai prestar “atendimentos espirituais” ou outros tipos de “trabalho” relacionados, sem as devidas proteções que só uma casa, com os devidos calços, pode ter.

Toda aplicação do dom mediúnico deve estar sobre a proteção de uma corrente espiritual e de uma chefia realmente capacitada.

Infelizmente, em muitas casas sem boa direção espiritual, exerce-se o hábito de desenvolver a mediunidade em pessoas obsediadas, causando-lhes desequilíbrios ainda piores do que a própria obsessão.

São pessoas que, estando claramente doentes, são levadas a abrirem seus canais de mediunidade, irresponsavelmente, a fim de supostamente se curarem.

A pessoa perturbada chega nos trabalhos e é aconselhada a desenvolver… porque tem mediunidade. Deveria procurar entender o que acontece consigo, através da doutrina, e não sair procurando um lugar para “desenvolver” Situações como essa, ocorrem devido ao pouco conhecimento doutrinário dos dirigentes das casas e até dos médiuns que dão consultas, acreditando que estão falando pelos espíritos.

A mediunidade perturbada pela obsessão não merece incentivo.

No aspecto patológico, existem aqueles que, por desequilíbrios neurológicos, se comportam como vítimas de processos obsessivos.

Nestes casos, também é inoportuno o desenvolvimento das faculdades mediúnicas.

Mentores espirituais de casas honestas cuidam de tratar desses processos obsessivos até que os fenômenos cessem, e o enfermo, curado, possa retomar suas atividades normais e, quem sabe, desenvolver sua mediunidade.

Tudo está muito bem, se o médium está preparado, saudável e consciente de que desenvolver a mediunidade é o que realmente deseja e de que realmente precisa.

Por outro lado, se a pessoa está desequilibrada, doente, desenvolvendo algo que nem sabe exatamente o que é, possuir um canal aberto será algo muito perigoso.

Em ambos os casos, haverá a possibilidade da comunicação com o mundo dos espíritos, e um médium despreparado não vai saber identificar, nem filtrar,mensagens boas de mensagens oriundas de espíritos obsessores.

Por isso, desenvolver a mediunidade em quem não está preparado permite que as obsessões se manifestem pelo canal mediúnico que foi aberto, ocasionando demências em diferentes graus.

A mediunidade não é causadora da enfermidade ou da loucura. É o seu desenvolvimento indevido que permite que um espírito obsessor dela se utilize para instalar, na mente de sua vítima, a enfermidade mental.

Pensar na mediunidade como causa desses distúrbios seria o mesmo que culpar a porta de uma casa pela entrada do ladrão. A porta foi somente o meio ou a via de acesso utilizada para a realização do furto, por negligência e desatenção do dono da casa.

Precisamos também conhecer a fadiga mediúnica. O exercício da mediunidade provoca perda de fluidos vitais do corpo do médium e tende a esgotar os seus campos energéticos. Por isso os dirigentes capacitados dedicam especial atenção e cuidado para com os médiuns iniciantes.

É comum encontrar médiuns desequilibrados, atuando em grupos espiritualistas, onde incluem-se até mesmo os brandos trabalhos de mesa kardecistas.

Em alguns casos, o descontrole psíquico pode levar o indivíduo à loucura,principalmente no caso das pessoas predispostas ao desequilíbrio.

Convém que o dirigente espiritual esteja atento à conduta dos médiuns, para perceber indícios de anormalidade.

Mediunidade é uma atividade psíquica séria, e a ela só devem se dedicar pessoas que se disponham a ter conduta religiosa, ou seja, uma moral sadia e hábitos disciplinados.

A prática da mediunidade em obsediados é capaz de produzir a loucura.

A irresponsabilidade e incompetência de dirigentes nos critérios de admissão e instrução de seus trabalhadores pode culminar em demência. Basta imaginar a situação em que uma pessoa obsediada é submetida a entidades hipócritas.

É fácil imaginar que se estabelecerá um processo de fascinação que pode culminar em demência.

Lembremos que a humildade, a dedicação, a paciência e a renúncia são os caminhos do crescimento mediúnico.

O orgulho e os maus espíritos são seus obstáculos.

A mediunidade, assim como todos os dons, possui dois lados.

Se, por um lado, é fonte de abençoadas alegrias; por outro, pode ser também de profundas decepções.

Mas isso nunca deve ser motivo para que alguém desista de desenvolver a sua mediunidade, de cumprir a sua missão, pois ela é simples e gratificante na vida das pessoas que a abraçam como missão de serviço nas legiões do Grande Pai Oxalá.

*Por Jorge Menezes* (retirado de http://umbandabrasileira.wordpress.com/2009/04/02/os-perigos-e-consequencias-da-mediunidade-mal-orientada/)

sábado, 2 de julho de 2011

Entende quem pode...mais uma história de Preto Velho

Um Preto-Velho em um Centro Espírita

"Dando início a uma destas reuniões mediúnicas num centro espírita orientado pela doutrina de Allá Kardec, foi feita a prece a abertura por um dos presentes. Iniciando-se as manifestações, pequenas mensagens de consolo e apoio foram dadas pelos desencarnados aos membros da reunião. Quando se abriu o espaço destinado à comunicação de Espíritos necessitados, ocorreu o inesperado, a médium Letícia fica sob a influência de um Espírito...O dirigente Sr. Antenor, como sempre fez nos seus vinte anos de prática espírita, deu-lhes as boas-vindas, em nome de Jesus.

- Seja bem-vindo, meu irmão, nesta casa de caridade.

O espírito respondeu:

- Boa noite fio. Suncê me dá licença pra eu me aproxima de seus trabaios, fio?

- Claro, meu companheiro, nosso centro espírita está aberto a todos os que desejam progredir. – respondeu o dirigente da mesa. Todos os presentes perceberam que a entidade comunicante era um Preto-Velho. A entidade continuou:

- Vós mecê não tem ai uma bebida pra eu bebê, fio?

- Não, não temos.Você precisa se libertar destes costumes que traz dos terreiros, que é o de ingerir bebidas alcoólicas. O espírito precisa evoluir – disse-lhe o Sr. Anestor.

- Vósmecê, num tem ai um pito? To com vontade de pita um cigarrinho, fio.

- Ora meu irmão, você deve deixar o mais breve possível este hábito adquirido nas práticas de terreiro, se é que queres progredir. Que benefícios traria isso a você?

O Preto-Velho respondeu :

- Preto Veio gosto muito de suas falas, mas suncê e mais alguns dos médiuns não faz uso do cigarro, fio? Suncê mesmo num toma suas bebidinhas nos finar de semana? Vós mecê pode me explica a diferença que tem o seu Espírito que beberica whisky do meu Espírito que quer beber aqui dentro? Ou explica pra mim, a diferença do cigarrinho que suncês fuma na rua, daquele que eu quero pita aqui dentro?

Sr.Anestor não pode explicar, mas resolveu arriscar :

- Ora, meu amigo, nós estamos num templo espírita é preciso respeitar os trabalho de Jesus.

Fio, ou se suncê preferi...Caro dirigente, na escola espiritual da qual faço parte, temos aprendido que o verdadeiro templo não se constitui nas quatro paredes a que chamais centro espírita. Para nós, estudiosos da alma, o templo da verdade é o do Espírito. E é ele que está sendo profanado com o uso do álcool e do fumo, como vêm procedendo os senhores. Vosso exemplo na sociedade, perante os estranhos e mesmo seus familiares, não tem sido dos melhores. O hábito, mesmo social, de beber e fumar deve ser combatido por todos os que trabalham na terra em nome do Cristo. A lição do próprio comportamento é fundamental na vida de quem quer ensinar. Houve grande silencio diante de tal argumentação segura.Pouco depois, o Espírito continuou :

- Suncê me adescurpa a visitação que fiz hoje, e o tempo que tomei do seu trabaio. Vou-me embora pra donde vim, mas antes, fio, queria deixa a suncêis um conseio: que tomem cuidado com suas obras, pois, como diria Nosso Sinhô, tem gente coando mosquito e engolindo camelos. Cuidado irmãos, muito cuidado. Preto-Véio deixa a todos um pouco da paz que vem de Deus. Ficam meus sinceros votos de progresso a todos os que militem nesta respeitável Seara.

Dado o conselho, afastou-se para o mundo invisível. Dr. Anertor ainda quis perguntar-lhe o porque de falar "daquela forma", mas não houve resposta. No ar ficou um profundo silêncio, uma fina sensação de paz e uma importante lição para todos meditarem."


(Isso aconteceu na Casa Espírita Seara Bendita e foi repassada por uma das médiuns presentes).
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