segunda-feira, 7 de maio de 2012

Alento

Essa veio dos nossos amados Pais Velhos. Sabedoria infinita a orientar nosso coração tão dolorido... Salve Vó Benedita de Aruanda e Pai Bento de Angola! Saravá o Rei do Congo! carinho, Nelly “Somos convidados em nosso dia a dia a vivenciar os ensinamentos que nos são apresentados ao longo de nossas vidas. Isso se dá por meio dos embates cotidianos, seja num momento de reflexão, na oportunidade de calar nossas palavras, em momentos de alimentar a paz em uma situação de discórdia, de acolher aquele que nos fere, de pedir perdão... Os embates diários são muitos e cada um vivencia aqueles que mais se adequam a sua necessidade de aprendizado e de equilíbrio. Em outras palavras, aqueles que atraímos por nós mesmos, por nossas ilusões, por nossos vícios e, assim por diante. No meio da confusão desses inúmeros embates nem sempre se consegue perceber a mão dos mestres a nos guiar e a sede de equilíbrio e harmonia nos chega, a tal ponto, que deixamos de entender o que é isso que estamos necessitando. Tudo parece se confundir diante de nossos olhos. Mas ainda assim, o equilíbrio e a harmonia estão conosco. O equilíbrio, é a medida certa da liberdade que cada espírito, individualmente, deve alcançar. É a sensação de redenção, de ter feito o que era mais certo, sendo, honesto consigo e com Deus, mesmo que o coração sangre e os olhos chorem. O equilíbrio é a força de Xangô atuando. Esse magnífico Orixá, emana por todos os caminhos, a lucidez necessária aos ajustes cármicos, a fortaleza na alma para a solidão do mundo. A justiça divina consiste nisso: oportunidades de reorientar o caminho, acertando o passo para a liberdade. Não há injustiça em nada do que ocorre em nossas vidas. Tudo faz parte de uma teia energética que construímos ao longo das múltiplas existências. Para desfazer esse intrincado tecido fluídico é necessário percorrer um longo caminho, primeiro dentro de nós mesmos, para após, reconhecermos no outro esse “eu” que fomos e que ainda somos. Tudo que vivemos é fruto de nossas irradiações, de nosso entendimento e de nossa capacidade de escolha. Basta um segundo, uma mínima escolha para que toda uma história se modifique. As escolhas são feitas no tempo e, ao longo dele, vão se condensando até dar forma a nossa realidade atual. Somos o que somos, porque fomos nos construindo ao longo do tempo. Se ao longo do tempo nos afastamos do belo e do bom, será ao longo do mesmo tempo que retornaremos à nossa verdadeira morada. E, esse caminho de volta se dá por meio dos embates do cotidiano e do que construímos com essas múltiplas experiências. Cada um a sua maneira e no seu tempo. A força para a luta diária com o mundo tem sua origem no entendimento e na aceitação de que tudo o que existe, existe por algum motivo que nem sempre nos é dado conhecer em profundidade, mas que se, participamos, é porque nos foi ofertada a oportunidade de aprender algo a respeito, agregando informações e modelos para o futuro. Somos seres cuja consciência precisa ainda de experiências físicas, por isso, o estágio evolutivo na matéria é uma oportunidade ímpar para alcançar o tão almejado equilíbrio, portanto, liberdade. Aproveitar cada situação para mudar seu caminho, sua vibração, sua postura é tarefa árdua, mas que pode ser vivenciada com a alegria e a leveza dos Êres, cuja essência ainda trazemos em nossa alma encarnada. Viver e experenciar momentos de ajustes é uma dádiva. Não se prendam ao medo de errar, não se prendam ao futuro, não se prendam ao passado. Não se prendam em si mesmos. Ao contrário, se liguem a princípios que sejam condizentes com a mansuetude da alma, com uma postura pacífica e amorosa diante da confusão do mundo. Prendam-se a valores que enobreçam o espírito, despertando o que há de melhor nele. Rendam-se aos conflitos com a certeza de que há algo sendo acertado, limpo e liberto. Rendam-se as novas possibilidades da vida em sua plenitude no Bem. Vivam o bem, sejam o bem e aceitem a justiça se manifestando. Porque é assim: a trajetória evolutiva de cada um de nós, encarnados ou não, é feita tal como uma trama cuja tessitura é realizada a cada segundo, momento a momento, escolha a escolha, vida após vida... Salve a estrela guia que brilha na coroa de cada filho dessa Casa. Salve Jesus e a Virgem Maria!” Curitiba, 06 de maio de 2012.

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