quinta-feira, 19 de julho de 2012

O médium como um apóstolo

Salve a todos!
E as reflexões não param...

Filho de Umbanda tem que viver a Umbanda e não viver pra Umbanda ou da Umbanda.
Viver a Umbanda não é se esconder atrás de Entidades ou usar delas para justificar tudo o que ocorre na sua vida material, emocional e espiritual.
Tem que saber equilibrar sua vida material com seu compromisso mediúnico.
Mentores são espíritos livres e não posse de médium. Evoluem junto com o médium em reciprocidade, mas sem o invólucro carnal.
Médiuns são zeladores das Entidades e não escravos delas. Tão pouco elas são escravas de médium.
A Umbanda é uma religião alegre que prima pela liberdade de seus filhos, sem, contudo deixar de ser espaço de atendimento a múltiplos planos e espíritos sem distinção, portanto, sua missão é das mais sérias.
Por outro lado, seu aspecto libertário e amplo de atendimento requer preparo em vários sentidos, sejam físicos, emocionais, intelectuais, morais e vibratórios.
O médium em si não tem mérito ou demérito em se saber instrumento entre os planos.
O mérito ou demérito vem no uso de suas faculdades. Essas que não simbolizam, necessariamente evolução e sabedoria; observa-se que não raro, o potencial mediúnico vem como um modo de quitação de débitos muito antigos junto a moralidade do espírito. Cabe a cada um o olhar para sua caminhada nas esferas do mediunismo com humildade e puro senso de responsabilidade diante da Lei Maior.
Tem que saber e aceitar que é médium, mas não viver da mediunidade, tem que viver é para sua espiritualidade e para a transcendência da sua consciência. Deve buscar seguir os conselhos e orientações das Entidades em sua vida, mas não fazer disso um martírio ou motivo para julgar e criticar seus irmãos.
Se o médium percebe que tem um pouco mais de repertório de experiência na seara espiritual, moral ou intelectual deve calar-se e não ostentar sua diferenciação diante daquele que aparenta ser menos experiente. Se ousar instruir um irmão que o faça com carinho e simplicidade, mas também que não lhe falte o necessário friso quanto à disciplina para tudo o que implica mediunidade e espiritualidade.
É fundamental que se desenvolva a disciplina nos centros e encontros de cunho espiritualista. Pois tudo nas esferas superiores requer proteção, ordem, equilíbrio e harmonia.
Toda reunião mediúnica é assistida por falanges de espíritos cuja missão é de relevo. Todas as reuniões sérias são preparadas com antecedência nos planos do invisível e orientadas para que possam acolher, instruir, curar, encaminhar irmãos de várias esferas. Para que isso ocorra com segurança e equilíbrio é preciso que os instrumentos físicos (médiuns) estejam em consonância vibratória no período de chamamento ao trabalho caritativo.
O médium é um pastor, um apóstolo, um sacerdote cuja missão é das mais nobres quando se sabe exemplo para todos os planos.
Por isso, deve cuidar com a imposição, dentro do trabalho espiritual, de tabus pessoais, preconceitos, filosofias de vida não consonantes com o requerido por um medianeiro da Luz, deve atentar também para mitos e mistificações.
Contudo, mesmo diante de tantas recomendações não deixa de ser uma experiência baseada na simplicidade, na liberdade e na alegria de servir.

Axé!
Nelly

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