As vezes chego a umas conclusões tão simples e tão óbvias que fico até envergonhada disso, mas como não tenho muitas pretensões mesmo...compartilho algumas dessas conclusões aqui...
Tenho pensado muito no fato de que a Umbanda, com seus ritos e entidades não tem obrigação nenhuma de dar respostas prontas ou indicar soluções mirabolantes para os anseios terrenos...contrariamente, imagino, que nossa religião deve "inspirar" em seus adeptos novas formas de encarar a Vida em todas as suas possibilidades.
Percebo também que como médiuns, em muitas situações, nos colocamos como aqueles que têm sempre que ter uma resposta filosófica elaborada e evoluída na ponta da língua. Que sempre ter que ser certinho, bonzinho, manso...que temos sempre que estar disponíveis para acertar,aconselhar, orientar, perdoar, intuir, ver, prever, sentir...chega a ser engraçado e, com certeza é super cansativo, pois máscaras precisam de muitas energias para se manterem...
Mas dai me pergunto onde fica a nossa humanidade, com as falhas, com a individualidade? Onde fica o nosso direito de escolher? E como disse um amigo meu ainda hj: onde fica nosso direito de errar?
As vezes acho que damos mais valor para o estereótipo do terreiro "fazedor de milagres", para o "santo" pai de santo, para as entidades "sabem-tudo", para o médium "SOS plantão 24h" e esquecemos do que é verdadeiro, do que é real.
Temos que cuidar muito para não nos cegar com a Luz da espiritualização...
Por isso penso que é fundamental a orientação que um terreiro pode proporcionar aos seus adeptos, mas não como algo longe da realidade e sim, como uma maneira de viver a encarnação, pelo menos, com coragem.
axé!
nelly
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