quinta-feira, 7 de julho de 2011

Umbanda é coisa séria, pra gente séria!

A vidência, não deve ser encarada como um "buraco de uma fechadura"
Onde qualquer um olha, vê e fala o que deseja sem medir as consequências de seus atos
A vidência, como qualquer outra faculdade mediunica, deve ser encarada com responsabilidade e bom senso
Devendo a mesma ser utilizada somente quando necessário e não a titulo de adivinhação, mas sim, de caridade com nosso semelhante
Lembrando as palavras do saudoso Caboclo Mirim:
"Umbanda é coisa séria, pra gente séria"
E na qualidade de espíritos em evolução que todos somos arriscamos completar:
"Mediunidade não é jogo de exibicionismo, mas sim, dom divino que dever ser conduzido com bom senso, responsabilidade e humildade"

PAI ANTONIO DAS ALMAS

Iniciação

Iniciar-se é envergar a túnica da humildade.
Iniciar-se é servir primeiro antes de ser servido.
Ser iniciado é calar para que os outros falem.
Não querer ser mais do que ninguém, ser sempre abenegado.
Ser sempre conciliador e de todas as formas buscar a reunião dos antagonismos.
Buscar na união dos opostos, o elo perdido.
Isso é que é ser iniciado.
O iniciado é o que tem consciência de saber onde põe a mão, por que põe a mão, com que finalidade vai colocar a outra mão, se precisar, e como tira as duas mãos.
O iniciado é aquele que entende que está se renovando, renovando o outro, está se aprimorando, aprimorando o outro.
Que todos possam se iniciar na própria vida, aprendendo a serem médiuns, aprendendo a colher o fruto na hora certa.


O Guardião

(retirado do Livro Iniciação à Umbanda, Editora Madras, 2008).

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Um pouco da minha história

Toda vez em que vejo um médium novo colocando a roupa branca pela primeira vez (grande insígnia da prática mediúnica na Umbanda), lembro do dia em que eu coloquei pela primeira vez a minha. O coração afobado, o rosto afogueado, tremia que só, sentia uma alegria, uma emoção, tudo era luz e ritmo. Me sentia tão grata por poder estar ali, fazendo parte daquela beleza toda. Na primeira noite, na chegada, ainda sem saber o que tinha que fazer, nem como me posicionar, não me contive, fui até a frente do Congá e conversei com a imagem de Jesus que ali estava - grande, iluminada, bondosa e, na prosa toda pedi para nunca deixar de ser um instrumento do Amor Maior. Chorei, claro, porque quem me conhece sabe que para cair lágrima desses olhos basta estar olhando (rsrs). Brincadeiras a parte, chorei, porque ali eu senti uma força tão grande, que intimamente eu sabia que era um caminho apenas para a frente e para o Bem. Parecia que eu tinha voltado para casa, a casa dos espíritos, a casa do meu espírito.
Até hoje me emociono em lembrar...
Depois a cantoria, as palmas, os movimentos de corpo, o axé das entidades, os olhos curiosos, aprender a cambonear, aprender a conviver com as Entidades, os ritos, os mistérios, sempre tanta encantaria, tanta lindeza...Descobri como é ser filha de Ogum e de Iemanjá. A força e poder gerador deles sempre me guiaram, mesmo na minha ignorãncia...Assim, as escolhas foram me levando para outras Giras, conheci pessoas
impagáveis e insubstituíveis no trato e no entendimento das vivências mediúnicas. Não conheci o que era a solidão junto aos Mentores, fiz e ainda faço amigos espirituais maravilhosos, únicos.
Aprendi a conversar com eles, a respeitar e, com eles sorrir e rir pra Vida. "Pra tudo dá-se um jeito...desde que se tenha Fé, minha filha!"
Os anos foram passando e com eles o entendimento sobre o que é Umbanda, o que significa vestir o branco e ser médium foi se construindo e consolidando.
Aprendi a me posicionar perante meus irmãos de Fé, aprendi a me posicionar perante a minha própria mediunidade e, por consequência, em minha Vida. Entendi que a mediunidade é importante, mas nada paga a compreensão e aceitação de si mesmo e da sua responsabilidade.
Nem tudo foram flores e alegrias, houveram decepções, lamentos, revolta, preconceitos, incompreensão. Mas escolhi sempre seguir em frente, como ainda sigo.
Hoje, percebo o que é ser filha de todos os Orixás :"Somos filhos das estrelas"- ensina a mentora... E desse jeito vou tentando, por meio de meu Pai e de minha Mãe, vivenciar e aprender com as demais energias divinas que emanam da natureza.
As descobertas ainda são grandes, a alma, agora um pouco mais calejada, tem aprendido o silêncio, a responsabilidade e o compromisso. A aprendizagem não está sequer próxima do fim (ainda bem!!!). Ainda sinto muita alegria, mas agora, estando de um outro lado...assumindo a formação de tantos outros médiuns, que como eu, fazem dessa religião uma forma de busca por si mesmo e pelo entendimento da Vida em seu maior sentido:como espíritos!
Sei que a Jornada ainda é longa e, feita a maior parte em passos curtos e lentos. Sei que não estou sozinha e, assim como na primeira vez que coloquei a roupa branca, venho tentando me posicionar a serviço do Amor Maior.
As provas são muitas, os obstáculos também - tanto internos quanto externos. Mas o crescimento é feito no desafio, não é? E esse é só o começo da história...
Muito Axé a todos!
Salve a Umbanda!
Salve o Povo de Aruanda!
Abraços,
Nelly

Mensagem de Ramatis sobre a Umbanda

Aos irmãos de Fé umbandistas:

Que os vossos destinos estejam sempre iluminados pelos bons espíritos, guias e protetores, falangeiros da caridade, mas que tenhais merecimento dessa assistência pelas vossas atitudes e ações.Fazei a vossa parte, que a Espiritualidade está fazendo a que lhe cabe, pois igualmente os espíritos têm comprometimento cármico convosco e estão evoluindo. Tendes o discernimento de escolher vossos destinos de acordo com o aprendizado vivenciado, fruto do estudo, da experimentação mediúnica e do conhecimento que propicia a fé racional, e não vos deixeis levar tal qual tora de madeira correnteza a baixo.
Vivenciai a singeleza da Senhora da luz, vossa amada Umbanda, ainda tão incompreendida e distorcida entre os homens. Umbanda, facho luminoso que desce do Altíssimo, que não cobra consultas, não se remunera por encomendas de oferendas e despachos milagrosos que a tudo resolvem, não faz sacrificio de animais e não tem rituais de sangue; práticas funestas de pais de terreiros pagos pelo vil metal, comprometidos com a sombra do astral inferior, num processo simbiótico vampirizador de larga escala na crosta terrestre decorrente da baixo moralidade que ainda prepondera neste inicio de Terceiro Milênio,mas que não está destinada ao homem místico e universalista da Nova Era de Aquário. Não tenhais receio de afirmar vossa condição de umbandistas, que é por natureza milenar, universalista e cristica. Resgatai a humildade e a sabedoria tão bem personalizada nas figuras amoráveis dos pretos velhos com seus cabelos brancos, corpos curvados pelas dores do tempo e linguajar simples e tosco , mas que por detras das vovós e vovôs , escondem-se espiritos de extrema elevação, muitos de outras paragens cósmicas, que no presente momento existencial não conseguireis entender em plenitude.
Tende a coragem dos índios e dos caboclos e enfrentai as vicissitudes de olhar firme no horizonte, respeitando a tudo e a todos, tendo o evangelho do cristo no coração.

SAUDAI VOSSA UMBANDA.
SAUDAI TODOS OS ORIXÀS, POSIÇÔES VIBRADAS DO COSMO QUE PERMITEM A MANIFESTAÇÃO DOS ESPIRITOS NA
FORMA E NA MATÉRIA.
SAUDAI TODOS OS GUIAS E PROTETORES.
SAUDAI TODOS OS CAVALARIANOS SOCORRISTAS.
SAUDAI TODOS OS QUE PRATICAM A CARIDADE DESINTERESSADA SOB A ÉGIDE DO CRISTO JESUS, ENCARNADOS E
DESENCARNADOS.

O amparo e a assistência se fazem sempre, atuantes por intermédio dos mensageiros da FRATERNIDADE BRANCA DO ASTRAL SUPERIOR,que sustenta em solo pátrio o movimento de unificação religiosa dos homens.
E que Oxalá vos dê ânimo para enfrentar os tempos vindouros e continuar praticando a caridade desinteressada, com amor ao próximo, confiança e fé como sempre foi,é e será pelo evo dos tempos, nos caminhos ascencionais de todos vós, inevitavelmente destinados à angelitude, independente das crenças terrenas.

SAMADHI - texto psicografado por Norberto Peixoto.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Curso Bases da Umbanda

A Tenda Espiritualista Caboclo das Sete Encruzilhadas (Curitiba-Paraná) promove: CURSO AS BASES DA UMBANDA.
Início 09 de Julho de 2011 - Sábado, às 14hs.
Serão 7 encontros, quinzenais.

Investimento R$175,00 (à vista ou parcelado).

Veja o Conteúdo do Curso:

Módulo 1 (09.07)- Abertura + Orixás e Linhas de Trabalho: Lendas, mitos, arquétipos e sincretismo na Umbanda.
Módulo 2 (23.07)- Uso e preparo de Ervas dentro do ritual umbandista + atividade prática.
Módulo 3 (06.08)- Oferendas e firmezas umbandistas + atividade prática.
Módulo 4 (20.08)- A engoma e os Ogans: ritmos, melodias e magia nos pontos cantados.
Módulo 5 (03.09 e 17.09)-Características do exercício mediúnico na Umbanda + diferença entre Umbanda, Candomblé, Kardecismo, Xamanismo e outras doutrinas espiritualistas + Vivências
Módulo 6(01.10) - Direitos e Deveres do médium, preconceito e ética na Umbanda + Encerramento

Não precisa ser médium atuante.

O objetivo maior desse curso é a informação e a divulgação do que vem a ser a Umbanda: uma religião que tem seus fundamentos e que necessita de adeptos mais e melhor informados, o que contribui para uma prática mais consciente, madura, sensata e ética.

Saravá a Umbanda!
Salve o Povo de Aruanda!

maiores informações:

nellysouza@gmail.com
rogger.robert@hotmail.com
tendapai7@yahoo.com

Mironga de Preto Velho (Muito Bommmm!!!)

O QUE É MIRONGA??
Mironga é como chamamos a “magia” de preto-velho, a mandinga dos espíritos que se apresentam como negros idosos e sábios para ajudar os filhos que os procuram.

Aqui vão algumas mirongas que essa nega véia tem a ensinar para resolver as dificuldades do coração, muito comum nos queixumes e pedidos de auxílio dos filhos da Terra.
Leia tudo com muita atenção e principalmente, aplique isso no seu dia-dia.

1 – Aprenda a viver sozinho. Caso vc não consiga nem viver consigo mesmo, como poderá levar felicidade e alegria para outra pessoa? Primeiro relacione-se com seu eu interior. Depois busque alguém.

2 – Assuma a responsabilidade pelo seu relacionamento. Não é magia, inveja, ciúmes de terceiros, etc, que irá separar aquilo que o amor uniu.

3 – É claro que também nenhuma simpatia, reza ou trabalho irá unir ou “amarrar” aquilo que a falta de carinho desuniu.

4 – Simplificando: quem procura as coisas ocultas para resolver problemas sentimentais é imaturo. Ruim do juízo e doente do coração.

5 – Desapegue-se! Porque o amor é um sentimento livre. Um eterno querer bem. Um carinho incondicional. Quase um sentimento de devoção. Se vc “gosta” tanto de alguém, que prefere ele “morto” do que feliz com outra pessoa, escute: Isso não é amor! Simples ilusão disfarçando o egoísmo…

6 – Aprenda que ninguém irá te completar. Você já é completo! Mas quando um relacionamento é calcado no mais puro amor, muito do amado vive no amante, e muito do amante pra sempre viverá no amado. Quer milagre maior que esse?

7 – Melhor sozinho do que mal acompanhado! Sabedoria popular, mas o que têm de doutor e doutora que não consegue entender isso.

8 – Ponha o pé no chão e esqueça essa história de alma gêmea. Pare de enfeitar suas próprias desilusões com devaneios ditos espiritualistas. Encare a realidade de frente.

9 – A vida vai passando, com ele/a, ou sem ele/a. E a morte se aproximando…

10 – Por isso, vão viver a vida meus filhos! Quem sabe ela não está guardando um presente para vocês? Não existe mironga maior que essa!

Vó Dita
(retirado de http://umbandabrasileira.wordpress.com/2009/02/17/mironga-de-preto-velho/)

A mediunidade mal orientada

Os perigos e conseqüências da mediunidade mal orientada.


A falta de doutrina e de comprometimento que existe, em muitas casas espiritualistas, coloca em risco a saúde física e psicológica dos médiuns.

Para se ter idéia, há casas que iniciam qualquer pessoa que tenha vontade em trabalhos de desenvolvimento mediúnico de incorporação.

E as pessoas que começam a frequentar os trabalhos, por não terem a menor noção do que é certo ou errado, se submetem.


Na verdade, existem casos em que a mediunidade de incorporação nunca vai se manifestar porque o médium deverá desenvolver outras formas de mediunidade.

Consequentemente, tentando fazer incorporar quem não deve, surgem atrapalhações de toda ordem.

A mediunidade deve ser desenvolvida de forma progressiva e individualizada, e o bom desenvolvimento do corpo mediúnico depende muito da firmeza e da competência do chefe encarnado do grupo e do espírito dirigente dos trabalhos.

Na Terra, a esfera material das diversas formas de religião é conduzida pelos encarnados, o que inclui a organização das casas, a orientação das pessoas e até a redação dos textos que explicam os fenômenos espirituais.

É justamente por se tratar de “coisa de humanos” que a religião muitas vezes é deturpada.

Se os espíritos de luz pudessem atuar sozinhos, várias situações inoportunas deixariam de acontecer.

Mas os trabalhos religiosos na Terra precisam da união do plano físico e do espiritual.

Sem o fluido animal dos médiuns, não é possível para os espíritos atuar em nosso nível vibratório.. Daí a grande importância dos médiuns e também da assistência nos trabalhos religiosos.

Quando um dirigente religioso, independente da linha em que trabalhe, se deixa envolver pelo ego, passa a acreditar que é dono-da-verdade e, o que é ainda pior, que é dono das pessoas sua mente se fecha para as orientações do plano espiritual que deveriam orientar sua conduta, porque sua vontade passa a ser mais importante.

Quando o chefe dos trabalhos “se perde”, os espíritos não compactuam com os erros cometidos, mas respeitam o livre-arbítrio de todos. Ficam à parte, aguardando que a situação se modifique para novamente poderem trabalhar com seus médiuns.

As pessoas não ficam desamparadas, mas os espíritos não compactuam com o ego. Há trabalhos que, irresponsavelmente, surgem em função da vontade que têm algumas pessoas de dirigirem grupos. Se uma pessoa resolve iniciar uma sessão, a responsabilidade é dela. Os seus protetores não vão puni-la por isso, mas toda a carga que surge em função dos trabalhos vai ser também responsabilidade dela.

Surgem, em função disso, muitas complicações, para quem dirige e para quem é dirigido. Portanto, não bastando atrapalhar a si mesmo, o chefe deverá arcar com as consequencias do que provoca para o corpo mediúnico de sua casa.

O mesmo vale para quem decide que vai prestar “atendimentos espirituais” ou outros tipos de “trabalho” relacionados, sem as devidas proteções que só uma casa, com os devidos calços, pode ter.

Toda aplicação do dom mediúnico deve estar sobre a proteção de uma corrente espiritual e de uma chefia realmente capacitada.

Infelizmente, em muitas casas sem boa direção espiritual, exerce-se o hábito de desenvolver a mediunidade em pessoas obsediadas, causando-lhes desequilíbrios ainda piores do que a própria obsessão.

São pessoas que, estando claramente doentes, são levadas a abrirem seus canais de mediunidade, irresponsavelmente, a fim de supostamente se curarem.

A pessoa perturbada chega nos trabalhos e é aconselhada a desenvolver… porque tem mediunidade. Deveria procurar entender o que acontece consigo, através da doutrina, e não sair procurando um lugar para “desenvolver” Situações como essa, ocorrem devido ao pouco conhecimento doutrinário dos dirigentes das casas e até dos médiuns que dão consultas, acreditando que estão falando pelos espíritos.

A mediunidade perturbada pela obsessão não merece incentivo.

No aspecto patológico, existem aqueles que, por desequilíbrios neurológicos, se comportam como vítimas de processos obsessivos.

Nestes casos, também é inoportuno o desenvolvimento das faculdades mediúnicas.

Mentores espirituais de casas honestas cuidam de tratar desses processos obsessivos até que os fenômenos cessem, e o enfermo, curado, possa retomar suas atividades normais e, quem sabe, desenvolver sua mediunidade.

Tudo está muito bem, se o médium está preparado, saudável e consciente de que desenvolver a mediunidade é o que realmente deseja e de que realmente precisa.

Por outro lado, se a pessoa está desequilibrada, doente, desenvolvendo algo que nem sabe exatamente o que é, possuir um canal aberto será algo muito perigoso.

Em ambos os casos, haverá a possibilidade da comunicação com o mundo dos espíritos, e um médium despreparado não vai saber identificar, nem filtrar,mensagens boas de mensagens oriundas de espíritos obsessores.

Por isso, desenvolver a mediunidade em quem não está preparado permite que as obsessões se manifestem pelo canal mediúnico que foi aberto, ocasionando demências em diferentes graus.

A mediunidade não é causadora da enfermidade ou da loucura. É o seu desenvolvimento indevido que permite que um espírito obsessor dela se utilize para instalar, na mente de sua vítima, a enfermidade mental.

Pensar na mediunidade como causa desses distúrbios seria o mesmo que culpar a porta de uma casa pela entrada do ladrão. A porta foi somente o meio ou a via de acesso utilizada para a realização do furto, por negligência e desatenção do dono da casa.

Precisamos também conhecer a fadiga mediúnica. O exercício da mediunidade provoca perda de fluidos vitais do corpo do médium e tende a esgotar os seus campos energéticos. Por isso os dirigentes capacitados dedicam especial atenção e cuidado para com os médiuns iniciantes.

É comum encontrar médiuns desequilibrados, atuando em grupos espiritualistas, onde incluem-se até mesmo os brandos trabalhos de mesa kardecistas.

Em alguns casos, o descontrole psíquico pode levar o indivíduo à loucura,principalmente no caso das pessoas predispostas ao desequilíbrio.

Convém que o dirigente espiritual esteja atento à conduta dos médiuns, para perceber indícios de anormalidade.

Mediunidade é uma atividade psíquica séria, e a ela só devem se dedicar pessoas que se disponham a ter conduta religiosa, ou seja, uma moral sadia e hábitos disciplinados.

A prática da mediunidade em obsediados é capaz de produzir a loucura.

A irresponsabilidade e incompetência de dirigentes nos critérios de admissão e instrução de seus trabalhadores pode culminar em demência. Basta imaginar a situação em que uma pessoa obsediada é submetida a entidades hipócritas.

É fácil imaginar que se estabelecerá um processo de fascinação que pode culminar em demência.

Lembremos que a humildade, a dedicação, a paciência e a renúncia são os caminhos do crescimento mediúnico.

O orgulho e os maus espíritos são seus obstáculos.

A mediunidade, assim como todos os dons, possui dois lados.

Se, por um lado, é fonte de abençoadas alegrias; por outro, pode ser também de profundas decepções.

Mas isso nunca deve ser motivo para que alguém desista de desenvolver a sua mediunidade, de cumprir a sua missão, pois ela é simples e gratificante na vida das pessoas que a abraçam como missão de serviço nas legiões do Grande Pai Oxalá.

*Por Jorge Menezes* (retirado de http://umbandabrasileira.wordpress.com/2009/04/02/os-perigos-e-consequencias-da-mediunidade-mal-orientada/)

sábado, 2 de julho de 2011

Entende quem pode...mais uma história de Preto Velho

Um Preto-Velho em um Centro Espírita

"Dando início a uma destas reuniões mediúnicas num centro espírita orientado pela doutrina de Allá Kardec, foi feita a prece a abertura por um dos presentes. Iniciando-se as manifestações, pequenas mensagens de consolo e apoio foram dadas pelos desencarnados aos membros da reunião. Quando se abriu o espaço destinado à comunicação de Espíritos necessitados, ocorreu o inesperado, a médium Letícia fica sob a influência de um Espírito...O dirigente Sr. Antenor, como sempre fez nos seus vinte anos de prática espírita, deu-lhes as boas-vindas, em nome de Jesus.

- Seja bem-vindo, meu irmão, nesta casa de caridade.

O espírito respondeu:

- Boa noite fio. Suncê me dá licença pra eu me aproxima de seus trabaios, fio?

- Claro, meu companheiro, nosso centro espírita está aberto a todos os que desejam progredir. – respondeu o dirigente da mesa. Todos os presentes perceberam que a entidade comunicante era um Preto-Velho. A entidade continuou:

- Vós mecê não tem ai uma bebida pra eu bebê, fio?

- Não, não temos.Você precisa se libertar destes costumes que traz dos terreiros, que é o de ingerir bebidas alcoólicas. O espírito precisa evoluir – disse-lhe o Sr. Anestor.

- Vósmecê, num tem ai um pito? To com vontade de pita um cigarrinho, fio.

- Ora meu irmão, você deve deixar o mais breve possível este hábito adquirido nas práticas de terreiro, se é que queres progredir. Que benefícios traria isso a você?

O Preto-Velho respondeu :

- Preto Veio gosto muito de suas falas, mas suncê e mais alguns dos médiuns não faz uso do cigarro, fio? Suncê mesmo num toma suas bebidinhas nos finar de semana? Vós mecê pode me explica a diferença que tem o seu Espírito que beberica whisky do meu Espírito que quer beber aqui dentro? Ou explica pra mim, a diferença do cigarrinho que suncês fuma na rua, daquele que eu quero pita aqui dentro?

Sr.Anestor não pode explicar, mas resolveu arriscar :

- Ora, meu amigo, nós estamos num templo espírita é preciso respeitar os trabalho de Jesus.

Fio, ou se suncê preferi...Caro dirigente, na escola espiritual da qual faço parte, temos aprendido que o verdadeiro templo não se constitui nas quatro paredes a que chamais centro espírita. Para nós, estudiosos da alma, o templo da verdade é o do Espírito. E é ele que está sendo profanado com o uso do álcool e do fumo, como vêm procedendo os senhores. Vosso exemplo na sociedade, perante os estranhos e mesmo seus familiares, não tem sido dos melhores. O hábito, mesmo social, de beber e fumar deve ser combatido por todos os que trabalham na terra em nome do Cristo. A lição do próprio comportamento é fundamental na vida de quem quer ensinar. Houve grande silencio diante de tal argumentação segura.Pouco depois, o Espírito continuou :

- Suncê me adescurpa a visitação que fiz hoje, e o tempo que tomei do seu trabaio. Vou-me embora pra donde vim, mas antes, fio, queria deixa a suncêis um conseio: que tomem cuidado com suas obras, pois, como diria Nosso Sinhô, tem gente coando mosquito e engolindo camelos. Cuidado irmãos, muito cuidado. Preto-Véio deixa a todos um pouco da paz que vem de Deus. Ficam meus sinceros votos de progresso a todos os que militem nesta respeitável Seara.

Dado o conselho, afastou-se para o mundo invisível. Dr. Anertor ainda quis perguntar-lhe o porque de falar "daquela forma", mas não houve resposta. No ar ficou um profundo silêncio, uma fina sensação de paz e uma importante lição para todos meditarem."


(Isso aconteceu na Casa Espírita Seara Bendita e foi repassada por uma das médiuns presentes).
© Copyright - Genuína Umbanda - Todos os Direitos Reservados
www.genuinaumbanda.com.br

Mediunidade de Ogã

Enviado pela Mauésinha...Obrigado! Bem legal!


Publicado 1 de julho de 2011
Ser Ogã é muito mais do que ser aquela pessoa no fundo do Terreiro, tocando pontos para as entidades, médiuns e assistentes.
Ser Ogã é participar de forma efetiva e consciente nos trabalhos.
Isso exige conhecimento, concentração, responsabilidade e mediunidade. O Ogã é o médium responsável pelo canto, pelo toque, pela sustentação e equilíbrio harmônico dos rituais.
Diferente do que muita gente pensa, um Ogã pode incorporar, porém, a sua mediunidade manifesta-se normalmente, de forma diferente do restante do corpo mediúnico. Manifesta, principalmente, através da intuição, das suas mãos, braços e cordas vocais onde os Guias responsáveis pelo toque e pelos cantos imantam os seus médiuns Ogãs.
Esses mestres da música atuam ativamente, mas de forma pouco perceptível à grande maioria dentro do ritual de Umbanda e, muitas vezes, são pouco lembrados.
Os atabaques, quando devidamente consagrados e ativados pelos Ogãs, são verdadeiros instrumentos de auxílio espiritual, pois são capazes de canalizar, concentrar e irradiar energias que tanto podem ser movimentadas pelo próprio Ogã como pelas entidades de trabalho para os mais diversos fins.
Salve a Coroa dos Ogãs
.
www.emdefesadaumbanda.com.br