Palavras por uma Umbanda que zela pela sabedoria, fraternidade e comunhão. Palavras que ajudam a sentir a Aruanda em nosso coração. Palavras que guiam, que marcam, que multiplicam a Paz. Essa é a Palavra de Preto Velho! E ela pode ter qualquer cor...
terça-feira, 12 de julho de 2011
O maior desafio do médium: ele mesmo!
O maior desafio do médium é si mesmo. Ele deve superar a si para conseguir ter êxito em sua missão. Isso significa que deve buscar equilibrar-se continuamente. O que poderá ocorrer pelo exercício da observação, do conhecimento, da percepção, da compreensão e da aceitação do que se é e do que não se é.
Essa postura implica a prática da assunção de seu papel e responsabilidade por sua própria evolução – em primeiro lugar. Maturidade mediúnica implica comprometimento e busca por autonomia emocional, intelectual, moral e por consequência, espiritual.
Quando aprendo e manifesto verdadeiramente isso em minha Vida – primeiro -, então estarei no caminho certo para ser instrumento de auxílio do meu próximo.
Meu contrato de Evolução é entre eu e Deus. Não entre eu e o Terreiro. Isso significa que o que quer que eu faça, estarei, inevitavelmente fazendo para mim mesmo. Essa é a realiade para todos os campos da Vida e todos os planos da Existência.
A noção de responsabilidade ajuda a construir novas crenças sobre si e sobre sua atuação no mundo. Crenças mais próximas da realidade espiritual de cada um.
Essa aceitação é o primeiro exercício de humildade e sabedoria a que todo médium se expõe, mas que muitos não passam.
Por isso se você tem problemas busque resolvê-los na esfera adequada. Não é vergonhoso buscar auxílio junto a profissionais especializados e tentar encarar e resolver seus traumas, por exemplo. O que não é adequado é passar por experiências e sair delas com um olhar distorcido do que é a Vida e do que são as pessoas.
Por isso é importante lembrar que nós vivemos em sintonia com as pessoas e situações que angariamos – atraídas por meio de nossas escolhas – conscientes ou não. Ninguém é vítima ou juiz, temos que ser responsáveis.
Filho de Umbanda que entende isso estará em bom caminho para se tornar parceiro de Evolução de sua Egrégora de Luz.
Muito Axé a todos!
Nelly
Sou Negro
Sou negro!
Sou negro sim!
Trago comigo a voz da liberdade!
A liberdade que embora tardia ecoou nos quatro cantos do Brasil!
Trago comigo o cântico da esperança, o cântico da renovação!
Sou Firmino! Sou do Congo!
Sou neto de majestade; herdeiro de minha raça!
Sou o preto da senzala que com muito orgulho abrigou minhas raízes!
Sou Pai de muitos e o irmão de todos, mas na verdade também sou filho, filho de Olorum, filho de Zambi, embalado nos braços de Pai Oxalá!
Sou terreiro, sou templo, sou senzala!
Sou o anistiado pelo o amor!
Sou Firmino, o preto do Congo que quer ensinar aos filhos de fé a caminharem incessantemente na busca da paz!
Sou negro!
Sou negro sim!
Trago comigo a voz da liberdade!
A liberdade que embora tardia ecoou nos quatro cantos do Brasil!
Trago comigo o cântico da esperança, o cântico da renovação!
Sou Firmino! Sou do Congo!
Naruê meu Pai!
Patacori Ogum!
Ogunhê!
Sou Negro!
Pai Firmino do Congo
por Mãe Luzia Nascimento
Dirigente do Centro Espiritualista Luz de Aruanda
Terreiro Filiado ao Centro Espiritualista Caboclo Pery
Sou negro sim!
Trago comigo a voz da liberdade!
A liberdade que embora tardia ecoou nos quatro cantos do Brasil!
Trago comigo o cântico da esperança, o cântico da renovação!
Sou Firmino! Sou do Congo!
Sou neto de majestade; herdeiro de minha raça!
Sou o preto da senzala que com muito orgulho abrigou minhas raízes!
Sou Pai de muitos e o irmão de todos, mas na verdade também sou filho, filho de Olorum, filho de Zambi, embalado nos braços de Pai Oxalá!
Sou terreiro, sou templo, sou senzala!
Sou o anistiado pelo o amor!
Sou Firmino, o preto do Congo que quer ensinar aos filhos de fé a caminharem incessantemente na busca da paz!
Sou negro!
Sou negro sim!
Trago comigo a voz da liberdade!
A liberdade que embora tardia ecoou nos quatro cantos do Brasil!
Trago comigo o cântico da esperança, o cântico da renovação!
Sou Firmino! Sou do Congo!
Naruê meu Pai!
Patacori Ogum!
Ogunhê!
Sou Negro!
Pai Firmino do Congo
por Mãe Luzia Nascimento
Dirigente do Centro Espiritualista Luz de Aruanda
Terreiro Filiado ao Centro Espiritualista Caboclo Pery
O Templo que vos acolhe
Caros Amigos,
Bom dia!
O texto de hoje é muito bom e traz em si a essência do que vem sendo solicitado aos médiuns de minha corrente. Por isso, peço especial atenção à sua mensagem, é benéfica e fundamento para toda e qualquer corrente.
Muito Axé a todos!
Nelly
Amados filhos,
Vosso Templo não existe "ao acaso". Ele foi planejado e construído no plano astral bem antes de existir no plano físico. Portanto, a construção material não é apenas um amontoado de tijolos, telhas, cimento... Isso tudo aqui, está impregnado de matéria astral, de cor, de som e principalmente de energia resplandescente, da qual vossos olhos físicos não conseguem comensurar a dimensão e beleza.
Cada objeto aqui dentro é sagrado, pois seu uso é exclusivo para os rituais que também são sagrados. Mesmo os restos que destinais ao lixo, serviram para o "sagrado" e deles, antes que se descarregue na natureza, são retirados pelos responsáveis no mundo espiritual, toda matéria sutil que pode ser reaproveitada. Portanto meus filhos, mesmo ele merece, antes de rejeitado e despachado, ser reverenciado e agradecido por ter vos servido.
Que se dirá então do chão que vos suporta a matéria? Do teto que vos cobre, das paredes que vos defendem das intempéries? E muito mais, acaso tendes idéia meus filhos amados, da importância do "Congá"? Tendes acaso, noção do "sagrado" que ele representa dentro do Templo?
Cada partícula que compõe a matéria de cada objeto dele, está impregnada de energia consagrada pelas hostes que vos amparam, para que possam transmitir e ou transferir a todos que direcionam a ele apenas um olhar, algo muito além de um alento.
Por isso tudo meus filhos, vos solicito "respeito" por cada objeto do local. Lavai vossas mãos, serenai e limpai vossas mentes antes de tocar nos objetos sagrados, pois algo de maior além do que vossos olhos podem ver, ali está. Não deturpai essa energia em nome de vossa pressa maquinal ou porque vossa turva visão ainda não consegue conceber o duplo etéreo de tudo isso. Muito menos porque não possui a beleza ou sofisticação a que estais acostumados a exibir nos objetos que tendes em vossos lares.
Sendo o Templo que vos acolhe um local sagrado, sagrada deve ser vossa postura dentro dele. Adentrai a ele com a mente serena, com corpo limpo e com o coração em traje nupcial.
Lembrando que além do plano material, acima e além dele, em estado mais sutil, mais diáfano está a construção astral onde tudo acontece e a energia se transforma. Ali seres, cujo corpo é de energia, transitam e trabalham absorvendo o que vem do "alto" mas em grande grau de dependência da energia gerado em vosso ambiente físico. Cada palavra, cada pensamento, cada atitude tem uma repercussão em maior ou menor grau no plano astral, que vos responsabiliza da mesma forma, pelo que possa resultar.
A alegria de servir à caridade não condiz com a irresponsabilidade de transformar o que é sagrado em ambiente desorganizado. Que se mantenha o que é preparado muitas horas antes de vossa presença, pelo tempo que se fizer necessário mesmo depois que vos retirais do ambiente.
Que vossas mentes irrequietas e vossos corpos ansiosos possam se fazer dignos, não só de adentrar neste ambiente sagrado, mas sobretudo, de mantê-lo adequado e digno do trabalho tão grandioso que aqui se faz.
Paz em vossos corações. Serenidade em vossas mentes.
Tucuruí,
um caboclo de Oxoce, para vos servir.
Médium Mãe Leni W. Saviscki
Dirigente do Templo de Umbanda Vozes de Aruanda
(Terreiro Filiado ao Centro Espiritualista Caboclo Pery - CECP)
Bom dia!
O texto de hoje é muito bom e traz em si a essência do que vem sendo solicitado aos médiuns de minha corrente. Por isso, peço especial atenção à sua mensagem, é benéfica e fundamento para toda e qualquer corrente.
Muito Axé a todos!
Nelly
Amados filhos,
Vosso Templo não existe "ao acaso". Ele foi planejado e construído no plano astral bem antes de existir no plano físico. Portanto, a construção material não é apenas um amontoado de tijolos, telhas, cimento... Isso tudo aqui, está impregnado de matéria astral, de cor, de som e principalmente de energia resplandescente, da qual vossos olhos físicos não conseguem comensurar a dimensão e beleza.
Cada objeto aqui dentro é sagrado, pois seu uso é exclusivo para os rituais que também são sagrados. Mesmo os restos que destinais ao lixo, serviram para o "sagrado" e deles, antes que se descarregue na natureza, são retirados pelos responsáveis no mundo espiritual, toda matéria sutil que pode ser reaproveitada. Portanto meus filhos, mesmo ele merece, antes de rejeitado e despachado, ser reverenciado e agradecido por ter vos servido.
Que se dirá então do chão que vos suporta a matéria? Do teto que vos cobre, das paredes que vos defendem das intempéries? E muito mais, acaso tendes idéia meus filhos amados, da importância do "Congá"? Tendes acaso, noção do "sagrado" que ele representa dentro do Templo?
Cada partícula que compõe a matéria de cada objeto dele, está impregnada de energia consagrada pelas hostes que vos amparam, para que possam transmitir e ou transferir a todos que direcionam a ele apenas um olhar, algo muito além de um alento.
Por isso tudo meus filhos, vos solicito "respeito" por cada objeto do local. Lavai vossas mãos, serenai e limpai vossas mentes antes de tocar nos objetos sagrados, pois algo de maior além do que vossos olhos podem ver, ali está. Não deturpai essa energia em nome de vossa pressa maquinal ou porque vossa turva visão ainda não consegue conceber o duplo etéreo de tudo isso. Muito menos porque não possui a beleza ou sofisticação a que estais acostumados a exibir nos objetos que tendes em vossos lares.
Sendo o Templo que vos acolhe um local sagrado, sagrada deve ser vossa postura dentro dele. Adentrai a ele com a mente serena, com corpo limpo e com o coração em traje nupcial.
Lembrando que além do plano material, acima e além dele, em estado mais sutil, mais diáfano está a construção astral onde tudo acontece e a energia se transforma. Ali seres, cujo corpo é de energia, transitam e trabalham absorvendo o que vem do "alto" mas em grande grau de dependência da energia gerado em vosso ambiente físico. Cada palavra, cada pensamento, cada atitude tem uma repercussão em maior ou menor grau no plano astral, que vos responsabiliza da mesma forma, pelo que possa resultar.
A alegria de servir à caridade não condiz com a irresponsabilidade de transformar o que é sagrado em ambiente desorganizado. Que se mantenha o que é preparado muitas horas antes de vossa presença, pelo tempo que se fizer necessário mesmo depois que vos retirais do ambiente.
Que vossas mentes irrequietas e vossos corpos ansiosos possam se fazer dignos, não só de adentrar neste ambiente sagrado, mas sobretudo, de mantê-lo adequado e digno do trabalho tão grandioso que aqui se faz.
Paz em vossos corações. Serenidade em vossas mentes.
Tucuruí,
um caboclo de Oxoce, para vos servir.
Médium Mãe Leni W. Saviscki
Dirigente do Templo de Umbanda Vozes de Aruanda
(Terreiro Filiado ao Centro Espiritualista Caboclo Pery - CECP)
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Nossos Umbigos
O terreiro de Umbanda, como um hospital de almas ou pronto socorro emergencial, recebe nos dias de sessão ou "gira" uma quantidade razoável de encarnados, mas somente os espíritos desencarnados que lá trabalham, é que podem vislumbrar a imensidão de desencarnados que se movimentam no ambiente, em busca de ajuda. Ordenados e amparados por seus tutores, chegam estropiados e com aparência assustadora, uma vez que em sua maioria representam aqueles que cansaram ou esgotaram suas forças, na vida andarilha do pós-morte do corpo físico.
Voltam a pátria espiritual e dela não tem conhecimento e sem noção da continuidade da vida, quando não, desconhecem até mesmo sua condição de espírito desencarnado e por isso continuam a sentir os desejos, ambições, gostos e dores da vida física e nesse caminho, definham suas energias.
Quando conseguem alcançar algum vislumbre de consciência de sua realidade, permitem a ajuda dos benfeitores que os encaminham a algum local sagrado, onde medianeiros encarnados possam ajudá-los através do choque anímico, permitindo o total desligamento da matéria. Neste momento os chamados Centros Espíritas e de Umbanda, tornam-se "oásis" em seus desertos e como pontes entre os céu e a terra, permitem a passagem de volta à casa.
Naquela noite chuvosa e fria, a maioria dos médiuns daquele terreiro, ressentidos pela dificuldade de deixarem o conforto dos lares, faltaram ao trabalho espiritual e o dirigente preocupado com o atendimento dos doentes que se apinhavam no espaço que dia-a-dia se tornava pequeno, ajoelhou-se em frente ao congá, assumindo sua tristeza diante dos Guias espirituais. Deixou correr duas lágrimas para aliviar seu peito angustiado. Pensou em como fora seu dia e nas atribulações a que já deveria estar acostumado, mas que agora pesavam mais pela saúde que já lhe faltava. Nas dificuldades financeiras, no aluguel da casa que já vencera e nos tantos atrapalhos que ocorreram em seu ambiente de trabalho naquele dia. Sem contar na visita que viera de longe e que deixara em casa esperando pela sua volta do terreiro. Nada disso o impediu de fazer uma prece no final do dia, de tomar seu banho de ervas e seguir a pé até o terreiro, enfrentando a distância e o temporal que se fazia.
Sentia-se feliz em cumprir sua tarefa mediúnica, mas como havia assumido abrir um "hospital de almas", juntamente com outros irmãos que se responsabilizaram perante a espiritualidade em servir à caridade pelo menos nos dias de atendimento ao público, sabia que sozinho pouco podia fazer.
Pedindo perdão aos guias pela sua tristeza e talvez incompreensão em ver os descaso dos médiuns, que a menor dificuldade, escolhiam cuidar dos próprios umbigos à servir aos necessitados, solicitou que se redobrasse no plano espiritual a ajuda e que ninguém saísse dali sem receber amparo.
Olhando a imagem de Oxalá que mesmo ofuscada pelas lágrimas, irradiava sua luz azulada, sentiu que algo maior do que a lamparina aos pés da figura, agora brilhava. Era uma energia em forma de fios dourados que se distribuíam, a partir do coração do Cristo e que cobriam os poucos médiuns que oravam silenciosos, compartilhando daquele momento, entendendo a tristeza do dirigente.
Agindo como um bálsamo sobre todos, iniciaram a abertura dos trabalhos com a alegria costumeira. Quando o mentor espiritual se fez presente através de seu aparelho, transmitiu segurança a corrente, com palavras amorosas e firmes e nesse instante, falangeiros de todas as correntes da Umbanda ali "baixaram" e utilizando de todos os recursos existentes no mundo espiritual, usaram ao máximo a capacidade de cada médium disponível, ampliando-lhes a percepção e irradiação energética, o que valeu de um trabalho eficiente e rápido.
Harmoniosamente, os trabalhos encerraram-se no horário costumeiro e todos os necessitados foram atendidos.
Desdobrados em corpo astral, dois observadores descontentes com o final feliz, esbravejavam do lado de fora daquele terreiro. Sua programação e intenso trabalho para desviar os médiuns da casa naquela noite, no intuito de enfraquecer a corrente e consequentemente, infiltrarem suas "entidades" no meio dela, havia falhado. Teriam que redobrar esforços na próxima investida.
Quando as luzes se apagaram e a porta do terreiro fechou, esvaziando-se a casa material, no plano espiritual, organizava-se o ambiente energético para logo mais receber os mesmos médiuns, agora desdobrados pelo sono.
Passava da meia noite no horário terreno e os médiuns, agora em corpo de energia voltavam ao mesmo local do qual a pouco haviam saído. Os aguardavam, silenciosos ouvindo um mantra sagrado, seus benfeitores espirituais. Tudo estava muito limpo e perfumado por ervas e flores. Um a um, ao adentrar, era conduzido a uma treliça de folhas verdes e convidado a deitar-se, recebendo ali um banho de energias revigorantes. Quando todos já se encontravam prontos, seguiram em caravana para os hospitais do astral e lá, como verdadeiros enfermeiros, auxiliaram por horas a fio a tantos espíritos que horas antes haviam estado com eles no terreiro e recebido os primeiros socorros.
No final da noite, o canto de Oxum os chamava para lavarem a "alma" em sua cachoeira e assim o fizeram, para somente depois retornar aos seus corpos físicos que se permitia descansar no leito.
-Vó Benta, mas e aqueles médiuns que faltaram ao terreiro naquela noite, perderam de viver tudo isso?
-Nem todos zi fio! Nem todos! Dois ou três deles, faltaram por necessidades extremas e não por desleixo e assim sendo, se propuseram antes de dormir, auxiliar o mundo espiritual e por isso foram convidados a fazer parte da caravana.
- E aqueles que mesmo não tendo comparecido por preguiça, se ofereceram para auxiliar durante o sono, não foram aceitos?
-A preguiça, bem como qualquer outro vício, é um atributo do ego e não do espírito, mas que reflete neste. Perdem-se grandes e valiosas oportunidades a todo instante pela insensatez de ouvirmos o ego e suas exigências. O tempo, zi fio, é oportunidade sagrada e dele se faz o que bem quer cada um. O minuto passado, não retorna mais, pois o tempo renova-se constantemente. O amanhã nos dirá o que fizemos no ontem e esse tempo que virá é nosso desconhecido, por isso não sabemos se nele ainda estaremos por aqui servindo ou se em algum lugar, clamando por ajuda de outros que poderão alegar não ter tempo para nós, pois precisam cuidar de seus umbigos.
Assim é a vida, zi fio. Contínua troca!
Vovó Benta (Mãe Leni W. Saviscki - retirado de www.umbandacomamor.com.br)
Voltam a pátria espiritual e dela não tem conhecimento e sem noção da continuidade da vida, quando não, desconhecem até mesmo sua condição de espírito desencarnado e por isso continuam a sentir os desejos, ambições, gostos e dores da vida física e nesse caminho, definham suas energias.
Quando conseguem alcançar algum vislumbre de consciência de sua realidade, permitem a ajuda dos benfeitores que os encaminham a algum local sagrado, onde medianeiros encarnados possam ajudá-los através do choque anímico, permitindo o total desligamento da matéria. Neste momento os chamados Centros Espíritas e de Umbanda, tornam-se "oásis" em seus desertos e como pontes entre os céu e a terra, permitem a passagem de volta à casa.
Naquela noite chuvosa e fria, a maioria dos médiuns daquele terreiro, ressentidos pela dificuldade de deixarem o conforto dos lares, faltaram ao trabalho espiritual e o dirigente preocupado com o atendimento dos doentes que se apinhavam no espaço que dia-a-dia se tornava pequeno, ajoelhou-se em frente ao congá, assumindo sua tristeza diante dos Guias espirituais. Deixou correr duas lágrimas para aliviar seu peito angustiado. Pensou em como fora seu dia e nas atribulações a que já deveria estar acostumado, mas que agora pesavam mais pela saúde que já lhe faltava. Nas dificuldades financeiras, no aluguel da casa que já vencera e nos tantos atrapalhos que ocorreram em seu ambiente de trabalho naquele dia. Sem contar na visita que viera de longe e que deixara em casa esperando pela sua volta do terreiro. Nada disso o impediu de fazer uma prece no final do dia, de tomar seu banho de ervas e seguir a pé até o terreiro, enfrentando a distância e o temporal que se fazia.
Sentia-se feliz em cumprir sua tarefa mediúnica, mas como havia assumido abrir um "hospital de almas", juntamente com outros irmãos que se responsabilizaram perante a espiritualidade em servir à caridade pelo menos nos dias de atendimento ao público, sabia que sozinho pouco podia fazer.
Pedindo perdão aos guias pela sua tristeza e talvez incompreensão em ver os descaso dos médiuns, que a menor dificuldade, escolhiam cuidar dos próprios umbigos à servir aos necessitados, solicitou que se redobrasse no plano espiritual a ajuda e que ninguém saísse dali sem receber amparo.
Olhando a imagem de Oxalá que mesmo ofuscada pelas lágrimas, irradiava sua luz azulada, sentiu que algo maior do que a lamparina aos pés da figura, agora brilhava. Era uma energia em forma de fios dourados que se distribuíam, a partir do coração do Cristo e que cobriam os poucos médiuns que oravam silenciosos, compartilhando daquele momento, entendendo a tristeza do dirigente.
Agindo como um bálsamo sobre todos, iniciaram a abertura dos trabalhos com a alegria costumeira. Quando o mentor espiritual se fez presente através de seu aparelho, transmitiu segurança a corrente, com palavras amorosas e firmes e nesse instante, falangeiros de todas as correntes da Umbanda ali "baixaram" e utilizando de todos os recursos existentes no mundo espiritual, usaram ao máximo a capacidade de cada médium disponível, ampliando-lhes a percepção e irradiação energética, o que valeu de um trabalho eficiente e rápido.
Harmoniosamente, os trabalhos encerraram-se no horário costumeiro e todos os necessitados foram atendidos.
Desdobrados em corpo astral, dois observadores descontentes com o final feliz, esbravejavam do lado de fora daquele terreiro. Sua programação e intenso trabalho para desviar os médiuns da casa naquela noite, no intuito de enfraquecer a corrente e consequentemente, infiltrarem suas "entidades" no meio dela, havia falhado. Teriam que redobrar esforços na próxima investida.
Quando as luzes se apagaram e a porta do terreiro fechou, esvaziando-se a casa material, no plano espiritual, organizava-se o ambiente energético para logo mais receber os mesmos médiuns, agora desdobrados pelo sono.
Passava da meia noite no horário terreno e os médiuns, agora em corpo de energia voltavam ao mesmo local do qual a pouco haviam saído. Os aguardavam, silenciosos ouvindo um mantra sagrado, seus benfeitores espirituais. Tudo estava muito limpo e perfumado por ervas e flores. Um a um, ao adentrar, era conduzido a uma treliça de folhas verdes e convidado a deitar-se, recebendo ali um banho de energias revigorantes. Quando todos já se encontravam prontos, seguiram em caravana para os hospitais do astral e lá, como verdadeiros enfermeiros, auxiliaram por horas a fio a tantos espíritos que horas antes haviam estado com eles no terreiro e recebido os primeiros socorros.
No final da noite, o canto de Oxum os chamava para lavarem a "alma" em sua cachoeira e assim o fizeram, para somente depois retornar aos seus corpos físicos que se permitia descansar no leito.
-Vó Benta, mas e aqueles médiuns que faltaram ao terreiro naquela noite, perderam de viver tudo isso?
-Nem todos zi fio! Nem todos! Dois ou três deles, faltaram por necessidades extremas e não por desleixo e assim sendo, se propuseram antes de dormir, auxiliar o mundo espiritual e por isso foram convidados a fazer parte da caravana.
- E aqueles que mesmo não tendo comparecido por preguiça, se ofereceram para auxiliar durante o sono, não foram aceitos?
-A preguiça, bem como qualquer outro vício, é um atributo do ego e não do espírito, mas que reflete neste. Perdem-se grandes e valiosas oportunidades a todo instante pela insensatez de ouvirmos o ego e suas exigências. O tempo, zi fio, é oportunidade sagrada e dele se faz o que bem quer cada um. O minuto passado, não retorna mais, pois o tempo renova-se constantemente. O amanhã nos dirá o que fizemos no ontem e esse tempo que virá é nosso desconhecido, por isso não sabemos se nele ainda estaremos por aqui servindo ou se em algum lugar, clamando por ajuda de outros que poderão alegar não ter tempo para nós, pois precisam cuidar de seus umbigos.
Assim é a vida, zi fio. Contínua troca!
Vovó Benta (Mãe Leni W. Saviscki - retirado de www.umbandacomamor.com.br)
domingo, 10 de julho de 2011
Umbanda...quem és?
Sou a fuga para alguns, a coragem para outros.
Sou o tambor que ecoa nos terreiros, trazendo o som das selvas e das senzalas.
Sou o cântico que chama ao convívio seres de outros planos.
Sou a senzala do Preto Velho, a ocara do Bugre, a cerimônia do Pajé, a encruzilhada do Exu, o jardim da Ibejada, o nirvana do Hindú e o céu dos Orixás.
Sou o café amargo e o cachimbo do Preto Velho, o charuto do Caboclo e do Exu; o cigarro da Pomba-Gira e o doce do Ibeje.
Sou a gargalhada da Padilha, o requebro da cigana, a seriedade do Tranca-Rua.
Sou o sorriso e a meiguice de Maria Conga, Cambinda e Maria do Congo, a traquinada do Zequinha e a sa-bedoria do Sete Flechas.
Sou o fluído que se desprende da mão do medium le-vando a saúde e a paz.
Sou o isolamento dos orientais onde o mantra se mis-tura ao perfume suave do incenso.
Sou o Templo dos Sinceros e o teatro dos atores.
Sou livre. Não tenho papas. Sou determinada e forte.
Minhas forças?? Elas estão no Homem que sofre e que clama por piedade, por amor, por cari-dade.
Minhas forças estão nas enti-dades espirituais que me utili-zam para o seu crescimento.
Estão nos elementos: na água, na terra, no fogo e no ar; na pemba, na tuia, na mandala do ponto riscado.
Estão finalmente na tua crença, na tua Fé, que é o elemento mais importante na minha alquimia.
Minhas forças estão em ti, no teu interior, lá no fundo na última particular da tua mente, onde te ligas ao Criador.
Quem sou? Sou a humilde, mas cresço quando combatida.
Sou a prece, a magia, o segredo, o ensinamento milenar, sou cultura.
Sou o mistério, o segredo, sou o amor e a esperança. Sou a cura. Sou de ti.
Sou de Deus. Sou Umbanda.
Só isso… Sou Umbanda!”
(Texto de Elcyr Barbosa)
Sou o tambor que ecoa nos terreiros, trazendo o som das selvas e das senzalas.
Sou o cântico que chama ao convívio seres de outros planos.
Sou a senzala do Preto Velho, a ocara do Bugre, a cerimônia do Pajé, a encruzilhada do Exu, o jardim da Ibejada, o nirvana do Hindú e o céu dos Orixás.
Sou o café amargo e o cachimbo do Preto Velho, o charuto do Caboclo e do Exu; o cigarro da Pomba-Gira e o doce do Ibeje.
Sou a gargalhada da Padilha, o requebro da cigana, a seriedade do Tranca-Rua.
Sou o sorriso e a meiguice de Maria Conga, Cambinda e Maria do Congo, a traquinada do Zequinha e a sa-bedoria do Sete Flechas.
Sou o fluído que se desprende da mão do medium le-vando a saúde e a paz.
Sou o isolamento dos orientais onde o mantra se mis-tura ao perfume suave do incenso.
Sou o Templo dos Sinceros e o teatro dos atores.
Sou livre. Não tenho papas. Sou determinada e forte.
Minhas forças?? Elas estão no Homem que sofre e que clama por piedade, por amor, por cari-dade.
Minhas forças estão nas enti-dades espirituais que me utili-zam para o seu crescimento.
Estão nos elementos: na água, na terra, no fogo e no ar; na pemba, na tuia, na mandala do ponto riscado.
Estão finalmente na tua crença, na tua Fé, que é o elemento mais importante na minha alquimia.
Minhas forças estão em ti, no teu interior, lá no fundo na última particular da tua mente, onde te ligas ao Criador.
Quem sou? Sou a humilde, mas cresço quando combatida.
Sou a prece, a magia, o segredo, o ensinamento milenar, sou cultura.
Sou o mistério, o segredo, sou o amor e a esperança. Sou a cura. Sou de ti.
Sou de Deus. Sou Umbanda.
Só isso… Sou Umbanda!”
(Texto de Elcyr Barbosa)
sábado, 9 de julho de 2011
Caboclo Ubirajara
Recebi essa mensagem por email e percebi a singeleza dela. Ela veio à Terra por meio da psicografia, não cito a fonte por realmente não saber.
Boa leitura.
Salve todos os Caboclos da Aruanda!
Okê-Arô!
Axé!
Nelly
Mensagem
Caboclo Ubirajara
Boa leitura.
Salve todos os Caboclos da Aruanda!
Okê-Arô!
Axé!
Nelly
Mensagem
Há muitos anos atrás numa tribo a qual voces chamam de Xetás, mas que tinha como nome os pássaros que voam no céu, houve um pajé que se dedicava a cura das criancas.
Muitos pequenos sofriam do mal dos espíritos da mata e o pajé por aqueles tempos tinha muito trabalho.
Cansado foi á beira do rio falar com o espírito das aguas, embora estivesse temeroso que o levasse junto. O espírito das águas, num canto, entoou a força dos guerreiros Xetas. A partir deste dia aquele pajé passou aos olhos de Tupã a ser pai de todos os pequenos que estavam na tribo e que estavam chegando.
O pajé aprendeu no canto do espírito das águas que o amor é um grande mestre e um grande guardião. O pajé descobriu então sua missão naquela e em todas as terras por onde andasse .
Te conto tudo isto meu filho para que saibas que nas angústias desta vida só o amor dá a paciencia necessária. Que a luz dos espíritos da água iluminem teu caminhar.
Caboclo Ubirajara
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Lições para a Vida
Comece orando.
A prece é luz na sombra em que a doença se instala.
Semeie alegria.
A esperança é medicamento no coração.
Fuja da impaciência.
Toda irritação é desastre magnético de conseqüências imprevisíveis.
Guarda confiança.
A dúvida deita raios de morte.
Não critique.
A censura é choque nos agentes da afinidade.
Conserve brandura.
A palavra agressiva prende o trabalho na estaca zero.
Não se escandalize.
O corpo de quem sofre é objeto sagrado.
Ajude espontâneamente para o bem.
Simpatia é cooperação.
Não cultive desafetos.
Aversão é calamidade vibratória.
Interprete o doente qual se fôsse você mesmo.
Toda cura espiritual lança raizes sobre a força do amor.
Texto do espírito André Luiz pelo médium Francisco Cândido Xavier.
A prece é luz na sombra em que a doença se instala.
Semeie alegria.
A esperança é medicamento no coração.
Fuja da impaciência.
Toda irritação é desastre magnético de conseqüências imprevisíveis.
Guarda confiança.
A dúvida deita raios de morte.
Não critique.
A censura é choque nos agentes da afinidade.
Conserve brandura.
A palavra agressiva prende o trabalho na estaca zero.
Não se escandalize.
O corpo de quem sofre é objeto sagrado.
Ajude espontâneamente para o bem.
Simpatia é cooperação.
Não cultive desafetos.
Aversão é calamidade vibratória.
Interprete o doente qual se fôsse você mesmo.
Toda cura espiritual lança raizes sobre a força do amor.
Texto do espírito André Luiz pelo médium Francisco Cândido Xavier.
Na Senda da Tua Alma
(Quando a Rosa Fala ao Coração)
Irmão de senda espiritual,
Por favor, olhe para dentro de ti mesmo,
E veja o sol em teu próprio coração.
Redescobre o teu verdadeiro caminho, para além dos caminhos...
E hasteie a bandeira do discernimento em tua jornada,
Para que ela tremule sob a ação do vento da esperança.
Preste atenção em Tua Alma, pois tu vives n’Ela – e por Ela.
E a tua verdadeira origem é a Luz.
E a música dos astros retumba em ti, sempre...
Tu vieste das plagas estelares.
Portanto, tu és um cidadão do universo.
Mas, no momento, estás tocando a pele viva da Terra.
Tu és filho do Grande Arquiteto Do Universo!
E carregas a eternidade em teu coração.
Ah, as estrelas são tuas irmãs.
Não te esqueças de Tua Alma, jamais!
Olhe dentro de ti mesmo – em tua essência.
E reconhece o Poder de Teu Pai Celestial.
O mesmo Poder que engendrou o infinito...
E que é o Amor mais lindo de todos.
E que habita em teu coração.
Irmão estelar, jamais renegue tua origem.
Porque, sem a Luz, tu não és nada!
E, sem Amor, tu te tornas miserável.
Às vezes, o teu ego te engana e te seduz...
Então, tu tergiversas na senda e se perde no abraço do orgulho.
E Tua Alma acaba sofrendo nos meandros de tuas ilusões.
E quando tu te perdes, machucas aos outros – e também a ti mesmo.
E, no entanto, tu poderias haurir forças nas asas da prece.
Para energizar teus passos na senda...
Ah, nos momentos de prova, escute Tua Alma.
Então, tu perceberás uma linda rosa florescendo em teu coração.
E tu te sentirás abraçado por um Grande Amor.
Irmão de senda, nada está fora de teu Ser.
E quando tu reconheces Tua Alma, te sentes em casa...
Porque tua origem é a Luz.
Ah, jamais te esqueças de Tua Alma – por nada nesse mundo.
E nem renegues ao Teu Pai Celestial – que te deu o sopro vital.
Ah, rende-te ao Amor que habita em teu coração.
Diante das dores do mundo, recolhe-te em prece, e cale o teu ego.
E pede a Tua Alma que vibre pelo Bem de todos.
E, em silêncio, abrace o mundo com energias serenas e amistosas.
Ah, meu irmão, deixe a rosa florescer em teu coração.
Pelo Bem de Tua Alma... Na Força de um grande amor.
Porque a tua verdadeira senda é no Coração do Todo.
Então, caminhe... Com toda Tua Alma, sempre honrando a Luz.
Com a tua flor aberta, pelo Bem de todos...
Em Nome do Grande Arquiteto Do Universo, Fonte Imanente de todos.
Que Deus abençoe a tua jornada.
Paz e Luz.
- Os Iniciados* –
(Recebido por Wagner Borges – São Paulo, 18 de março de 2011.)
- Nota:
* Os Iniciados - grupo extrafísico de espíritos orientais que opera nos planos invisíveis do Ocidente, passando as informações espirituais oriundas da sabedoria antiga, adaptadas aos tempos modernos e direcionadas aos estudantes espirituais do presente.
Composto por amparadores hindus, chineses, egípcios, tibetanos, japoneses e alguns gregos, eles têm o compromisso de ventilar os antigos valores espirituais do Oriente nos modernos caminhos do Ocidente, fazendo disso uma síntese universalista. Estão ligados aos espíritos da Fraternidade da Cruz e do Triângulo. Segundo eles, são “iniciados” em fazer o bem, sem olhar a quem.
** Esse texto faz parte do prefácio do livro “Eu, Pilatos” – do meu amigo Mauricio Santini -, lançado pela Editora ProLíbera. A obra é o resultado de suas experiências metafísicas vividas ao longo de anos. São clarividências, clariaudiências, projeções astrais, e percepções extrassensoriais, entre outras, que viajam num dos acontecimentos mais importantes do planeta, a passagem de Jesus de Nazaré pela Terra.
(retirado de http://www.ippb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=10465:na-senda-da-tua-alma&catid=138:ultimos-textos-postados&Itemid=271)
Irmão de senda espiritual,
Por favor, olhe para dentro de ti mesmo,
E veja o sol em teu próprio coração.
Redescobre o teu verdadeiro caminho, para além dos caminhos...
E hasteie a bandeira do discernimento em tua jornada,
Para que ela tremule sob a ação do vento da esperança.
Preste atenção em Tua Alma, pois tu vives n’Ela – e por Ela.
E a tua verdadeira origem é a Luz.
E a música dos astros retumba em ti, sempre...
Tu vieste das plagas estelares.
Portanto, tu és um cidadão do universo.
Mas, no momento, estás tocando a pele viva da Terra.
Tu és filho do Grande Arquiteto Do Universo!
E carregas a eternidade em teu coração.
Ah, as estrelas são tuas irmãs.
Não te esqueças de Tua Alma, jamais!
Olhe dentro de ti mesmo – em tua essência.
E reconhece o Poder de Teu Pai Celestial.
O mesmo Poder que engendrou o infinito...
E que é o Amor mais lindo de todos.
E que habita em teu coração.
Irmão estelar, jamais renegue tua origem.
Porque, sem a Luz, tu não és nada!
E, sem Amor, tu te tornas miserável.
Às vezes, o teu ego te engana e te seduz...
Então, tu tergiversas na senda e se perde no abraço do orgulho.
E Tua Alma acaba sofrendo nos meandros de tuas ilusões.
E quando tu te perdes, machucas aos outros – e também a ti mesmo.
E, no entanto, tu poderias haurir forças nas asas da prece.
Para energizar teus passos na senda...
Ah, nos momentos de prova, escute Tua Alma.
Então, tu perceberás uma linda rosa florescendo em teu coração.
E tu te sentirás abraçado por um Grande Amor.
Irmão de senda, nada está fora de teu Ser.
E quando tu reconheces Tua Alma, te sentes em casa...
Porque tua origem é a Luz.
Ah, jamais te esqueças de Tua Alma – por nada nesse mundo.
E nem renegues ao Teu Pai Celestial – que te deu o sopro vital.
Ah, rende-te ao Amor que habita em teu coração.
Diante das dores do mundo, recolhe-te em prece, e cale o teu ego.
E pede a Tua Alma que vibre pelo Bem de todos.
E, em silêncio, abrace o mundo com energias serenas e amistosas.
Ah, meu irmão, deixe a rosa florescer em teu coração.
Pelo Bem de Tua Alma... Na Força de um grande amor.
Porque a tua verdadeira senda é no Coração do Todo.
Então, caminhe... Com toda Tua Alma, sempre honrando a Luz.
Com a tua flor aberta, pelo Bem de todos...
Em Nome do Grande Arquiteto Do Universo, Fonte Imanente de todos.
Que Deus abençoe a tua jornada.
Paz e Luz.
- Os Iniciados* –
(Recebido por Wagner Borges – São Paulo, 18 de março de 2011.)
- Nota:
* Os Iniciados - grupo extrafísico de espíritos orientais que opera nos planos invisíveis do Ocidente, passando as informações espirituais oriundas da sabedoria antiga, adaptadas aos tempos modernos e direcionadas aos estudantes espirituais do presente.
Composto por amparadores hindus, chineses, egípcios, tibetanos, japoneses e alguns gregos, eles têm o compromisso de ventilar os antigos valores espirituais do Oriente nos modernos caminhos do Ocidente, fazendo disso uma síntese universalista. Estão ligados aos espíritos da Fraternidade da Cruz e do Triângulo. Segundo eles, são “iniciados” em fazer o bem, sem olhar a quem.
** Esse texto faz parte do prefácio do livro “Eu, Pilatos” – do meu amigo Mauricio Santini -, lançado pela Editora ProLíbera. A obra é o resultado de suas experiências metafísicas vividas ao longo de anos. São clarividências, clariaudiências, projeções astrais, e percepções extrassensoriais, entre outras, que viajam num dos acontecimentos mais importantes do planeta, a passagem de Jesus de Nazaré pela Terra.
(retirado de http://www.ippb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=10465:na-senda-da-tua-alma&catid=138:ultimos-textos-postados&Itemid=271)
Morre uma escrava, nasce uma Preta Velha
A senzala exalava o calor de um local superlotado, o suor de mais um dia brutal de trabalho, e o medo de novas ordens ou atitudes desmedidas.
O breu já se formava lá fora em noite sem lua, que prometia chuva. Nenhuma luz entrava pelas frestas da taipa desvastada pelo tempo e não se viam os animais que penetravam, insetos noturnos. Havia sempre o risco de uma cobra por baixo do tapete improvisado que protegia do chão áspero, feito de folhas de bananeira e palha de folha de cana. Por isso, sempre havia aqueles encarregados de bater todo o espaço com varas de bambu, para espantá-las. Um ou outro pequeno candeeiro, pois sinhozinho não gostava de gastar óleo de baleia com negros.
A senzala quadrangular era dividida em quatro setores : os homens de um lado, mulheres de outro, as mulheres com filhos recem-nascidos num terceiro canto, filhos estes de pele mais clara, e alguns até de olhos verdes. Os pretos e as pretas não podiam coabitar nem ter filhos, exceto se o “procriador” se destacasse muito pela força e inteligência. Não havia querer, não havia gostar.
No quarto último canto, os velhos, escravos e escravas juntos, já que não se reproduziam mais, haviam conseguido sobreviver à lida, aos maus tratos e à tristeza de ver seu povo sofrendo tanto.Traziam ainda a mente lúcida, sabiam receitas para curar todo o tipo de moléstias, sabiam rezar contra os males do corpo, e aguardavam a madrugada para entoarem seus cantigos nostálgicos, espantarem o banzo, e ensinarem aos outros suas lendas, suas origens e tradições. Alguns incorporavam velhos espíritos das florestas, dos cursos dágua, do fundo da terra, e rendiam seu culto de Fé a Olorum, Orixalá, Oxumaré, Obaluaiê, Iroko, Nanã Buruku e a Abikú, este último, pelo grande número de crianças que morriam. Colocavam em um pequeno pote de barro, o que tinham conseguido trazer escondido do parco almoço, um pouco de fubá, inhame, umas favas de feijão e enfeitavam com flores, completando com Amor e Devoção a singela entrega.
Tambem rendiam respeito ao Exu Kimbandeiro, pois na senzala só haviam negros bantos. Os caçadores de escravos haviam se espalhado de tal maneira que depois deles não houve mais os Tatás africanos, destruindo na África toda uma cultura milenar. Ou quem sabe era mesmo o momento dela migrar através do oceano para este Brasil que ainda não percebia o tamanho do horror que abrigava em seu generoso chão.
Havia ali naquele pobre albergue desguarnecido, uma velha escrava pequena, de passos miúdos, mãos mágicas que consertavam ossos quebrados, feridas abertas, corações partidos… Não tinha tido tempo de completar sua iniciação de Sacerdotisa em sua Terra, o Congo, quando foi aprisionada e separada dos seus. A solidão, a tristeza, a saudade, a perda das esperanças de ver suas matas novamente, não lhe haviam dobrado a cerviz. Do mesmo modo que era meiga, era firme, e se dedicava ao mundo espiritual incansavelmente, de alguma maneira conseguindo amenizar um pouco o sofrimento daqueles que estavam ali.
Ensinava que seu Povo era de caçadores, mas também guerreiros, e que mesmo desarmados e vencidos, cada negro ali tinha de manter a cabeça em pé, o pensamento focado na superação das provas físicas e a necessidade da solidariedade para obterem um pouco de Paz no seu dia a dia.
Ela já não tinha força para trabalhar no plantio da cana ou na colheita do milho, mas Sinhazinha mais de uma vez havia lhe chamado para curar seus filhos. Assim, ela passava seus dias curando, cantando, sorrindo com seus olhos enevoados pela idade, enquanto tratava das feridas dos que eram castigados.
Mas naquela noite sem Lua, com a chuva já encharcando o chão, deixando o sono de todos ainda mais desconfortável, subitamente o capataz da fazenda invade o local, destrancando e abrindo a porta com violência gritanto: “Um negro desgraçado fugiu, Uma fuga, uma vida.”! E agarrou o adolescente Jerônimo, que embora jovem era muito alto e forte, além de mostrar grande personalidade. Jerônimo iria pagar pela fuga. Com força descomunal para seu tamanho, na hora do derradeiro golpe do facão, Maria Quimbandeira desviou a arma certeira, salvando o menino, mas ela própria caiu, transpassada pela lâmina, e em pouco tempo sucumbiu, sem um gemido.
Acordou junto a sua floresta africana, em meio a uma linda dança de encantados. O grande Babá-Egun a ela se dirigiu lhe dando o comando de duzentos guerreiros e disse:
“ Babá Maria, sua missão na Terra findou, mas se inicia aqui uma muito maior, junto aos homens, embora nenhum deles poderá vê-la. Irás ainda por muiito tempo vagar o Planeta, com a finalidade de proteger os homens do mal, e junto com outros milhares que estão fazendo o mesmo trabalho, até o dia em que poderás sentar à beira deste riacho e descansar. Agora não, que é tempo de muitas modificações e auxílio aos homens encarnados. Eis que sai de cena a velha Maria e surge a Vovó Maria da Pemba, sempre protegendo, amparando, fortalecendo e abençoando seus protegidos”.
Eis mais uma linda e comovente história de ascensão de uma alma, que se dedica até hoje, no silencio de outros planos a semear o Bem, amar incondicionalmente, a velar por aqueles que lhes afinizam, desmanchando demandas quebrantos e mazelas .
Salve Vovó Maria da Pemba! Salve a Sua Luz e a Sua Coroa! Adorei a Almas! Salve a África! Salve a Bahia! Salve o nosso Brasil!
Alex de Oxóssi
Rio Bonito – RJ
(retirado de http://povodearuanda.wordpress.com/2011/05/13/morre-uma-escrava-nasce-uma-preta-velha/)
O breu já se formava lá fora em noite sem lua, que prometia chuva. Nenhuma luz entrava pelas frestas da taipa desvastada pelo tempo e não se viam os animais que penetravam, insetos noturnos. Havia sempre o risco de uma cobra por baixo do tapete improvisado que protegia do chão áspero, feito de folhas de bananeira e palha de folha de cana. Por isso, sempre havia aqueles encarregados de bater todo o espaço com varas de bambu, para espantá-las. Um ou outro pequeno candeeiro, pois sinhozinho não gostava de gastar óleo de baleia com negros.
A senzala quadrangular era dividida em quatro setores : os homens de um lado, mulheres de outro, as mulheres com filhos recem-nascidos num terceiro canto, filhos estes de pele mais clara, e alguns até de olhos verdes. Os pretos e as pretas não podiam coabitar nem ter filhos, exceto se o “procriador” se destacasse muito pela força e inteligência. Não havia querer, não havia gostar.
No quarto último canto, os velhos, escravos e escravas juntos, já que não se reproduziam mais, haviam conseguido sobreviver à lida, aos maus tratos e à tristeza de ver seu povo sofrendo tanto.Traziam ainda a mente lúcida, sabiam receitas para curar todo o tipo de moléstias, sabiam rezar contra os males do corpo, e aguardavam a madrugada para entoarem seus cantigos nostálgicos, espantarem o banzo, e ensinarem aos outros suas lendas, suas origens e tradições. Alguns incorporavam velhos espíritos das florestas, dos cursos dágua, do fundo da terra, e rendiam seu culto de Fé a Olorum, Orixalá, Oxumaré, Obaluaiê, Iroko, Nanã Buruku e a Abikú, este último, pelo grande número de crianças que morriam. Colocavam em um pequeno pote de barro, o que tinham conseguido trazer escondido do parco almoço, um pouco de fubá, inhame, umas favas de feijão e enfeitavam com flores, completando com Amor e Devoção a singela entrega.
Tambem rendiam respeito ao Exu Kimbandeiro, pois na senzala só haviam negros bantos. Os caçadores de escravos haviam se espalhado de tal maneira que depois deles não houve mais os Tatás africanos, destruindo na África toda uma cultura milenar. Ou quem sabe era mesmo o momento dela migrar através do oceano para este Brasil que ainda não percebia o tamanho do horror que abrigava em seu generoso chão.
Havia ali naquele pobre albergue desguarnecido, uma velha escrava pequena, de passos miúdos, mãos mágicas que consertavam ossos quebrados, feridas abertas, corações partidos… Não tinha tido tempo de completar sua iniciação de Sacerdotisa em sua Terra, o Congo, quando foi aprisionada e separada dos seus. A solidão, a tristeza, a saudade, a perda das esperanças de ver suas matas novamente, não lhe haviam dobrado a cerviz. Do mesmo modo que era meiga, era firme, e se dedicava ao mundo espiritual incansavelmente, de alguma maneira conseguindo amenizar um pouco o sofrimento daqueles que estavam ali.
Ensinava que seu Povo era de caçadores, mas também guerreiros, e que mesmo desarmados e vencidos, cada negro ali tinha de manter a cabeça em pé, o pensamento focado na superação das provas físicas e a necessidade da solidariedade para obterem um pouco de Paz no seu dia a dia.
Ela já não tinha força para trabalhar no plantio da cana ou na colheita do milho, mas Sinhazinha mais de uma vez havia lhe chamado para curar seus filhos. Assim, ela passava seus dias curando, cantando, sorrindo com seus olhos enevoados pela idade, enquanto tratava das feridas dos que eram castigados.
Mas naquela noite sem Lua, com a chuva já encharcando o chão, deixando o sono de todos ainda mais desconfortável, subitamente o capataz da fazenda invade o local, destrancando e abrindo a porta com violência gritanto: “Um negro desgraçado fugiu, Uma fuga, uma vida.”! E agarrou o adolescente Jerônimo, que embora jovem era muito alto e forte, além de mostrar grande personalidade. Jerônimo iria pagar pela fuga. Com força descomunal para seu tamanho, na hora do derradeiro golpe do facão, Maria Quimbandeira desviou a arma certeira, salvando o menino, mas ela própria caiu, transpassada pela lâmina, e em pouco tempo sucumbiu, sem um gemido.
Acordou junto a sua floresta africana, em meio a uma linda dança de encantados. O grande Babá-Egun a ela se dirigiu lhe dando o comando de duzentos guerreiros e disse:
“ Babá Maria, sua missão na Terra findou, mas se inicia aqui uma muito maior, junto aos homens, embora nenhum deles poderá vê-la. Irás ainda por muiito tempo vagar o Planeta, com a finalidade de proteger os homens do mal, e junto com outros milhares que estão fazendo o mesmo trabalho, até o dia em que poderás sentar à beira deste riacho e descansar. Agora não, que é tempo de muitas modificações e auxílio aos homens encarnados. Eis que sai de cena a velha Maria e surge a Vovó Maria da Pemba, sempre protegendo, amparando, fortalecendo e abençoando seus protegidos”.
Eis mais uma linda e comovente história de ascensão de uma alma, que se dedica até hoje, no silencio de outros planos a semear o Bem, amar incondicionalmente, a velar por aqueles que lhes afinizam, desmanchando demandas quebrantos e mazelas .
Salve Vovó Maria da Pemba! Salve a Sua Luz e a Sua Coroa! Adorei a Almas! Salve a África! Salve a Bahia! Salve o nosso Brasil!
Alex de Oxóssi
Rio Bonito – RJ
(retirado de http://povodearuanda.wordpress.com/2011/05/13/morre-uma-escrava-nasce-uma-preta-velha/)
O Preto Velho e o Julgamento do Médium
Dentro do Centro Espírita,
Os mestres de branco aconselhavam e oravam.
Fora do Centro e de vista,
O preto velho a todos protegia e guardava.
O Médium sentou e se preparou,
Para psicografar a mensagem.
Quando o preto velho se aproximou,
O moço ficou julgando a entidade.
"Onde já se viu espírito,
Com esse jeito de ex-escravo negro?
Se ele fosse mesmo evoluído,
Não falaria assim desse jeito."
O preto velho sorriu,
Mesmo perdendo a viagem.
Não entendia o preconceito do médium,
Mas, ainda assim, deu-lhe um passe.
Ele sabia que no dia certo,
Aquele médium perceberia o fato:
Que se aprende tanto com o médico,
Quanto com o operário.
Despediu-se dos mestres do Centro,
Que lhe olharam pedindo paciência.
Embora o trabalho ainda fosse lento,
Aumentava o discernimento e consciência.
A cada dia que passa,
Os novos médiuns estão descobrindo.
Que não importa como se fala,
E sim o que está sendo dito.
Por isso é que na rua ou no Terreiro de Umbanda,
O Preto Velho continua o seu trabalho e nunca pára.
Até que os tambores de Aruanda
O convidem para uma outra jornada.
- Frank -
Londres, 08 de abril de 2003.
(retirado de http://www.ippb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=9089&catid=31&Itemid=57)
Os mestres de branco aconselhavam e oravam.
Fora do Centro e de vista,
O preto velho a todos protegia e guardava.
O Médium sentou e se preparou,
Para psicografar a mensagem.
Quando o preto velho se aproximou,
O moço ficou julgando a entidade.
"Onde já se viu espírito,
Com esse jeito de ex-escravo negro?
Se ele fosse mesmo evoluído,
Não falaria assim desse jeito."
O preto velho sorriu,
Mesmo perdendo a viagem.
Não entendia o preconceito do médium,
Mas, ainda assim, deu-lhe um passe.
Ele sabia que no dia certo,
Aquele médium perceberia o fato:
Que se aprende tanto com o médico,
Quanto com o operário.
Despediu-se dos mestres do Centro,
Que lhe olharam pedindo paciência.
Embora o trabalho ainda fosse lento,
Aumentava o discernimento e consciência.
A cada dia que passa,
Os novos médiuns estão descobrindo.
Que não importa como se fala,
E sim o que está sendo dito.
Por isso é que na rua ou no Terreiro de Umbanda,
O Preto Velho continua o seu trabalho e nunca pára.
Até que os tambores de Aruanda
O convidem para uma outra jornada.
- Frank -
Londres, 08 de abril de 2003.
(retirado de http://www.ippb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=9089&catid=31&Itemid=57)
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