quinta-feira, 13 de junho de 2013

Mãe Menininha do Gantois

Caetano Veloso definiu-a como “a figura mais importante da religião ioruba no Brasil e, em razão disso, uma das figuras mais importantes na formação da cultura brasileira. Um dos maiores ensinamentos dela foi a superação do medo”.
Dorival Caymmi, que por amor a ela fez a música “Oração de Mãe Menininha”, foi somente mais um entre tantos e tantos outros que se beneficiaram desse presente de Olorum a nós que foi Mãe Menininha.

Um exemplo de mulher, de atitude, de determinação, de amor aos Orixás e principalmente submissão à missão.

Foi uma mulher simples que abraçou de tal maneira a sua fé que acreditava com fervor no poder nascido de seu pacto com os deuses da natureza, da bondade e da justiça. Ela se alimentava dos Orixás, ela vivia os Orixás, ela falava, cantava e dançava com orgulho aos Orixás.

Seu universo era próprio e sua função, obrigação e missão eram claras como as águas de Oxum.

E afirmava:

“Esta obrigação é árdua, não é coisa que se pegue com uma mão só.”
“Quando meu tio pôs sua mão sobre a minha e colocou o axé, a emoção que senti jamais poderei descrever. Chorei todas as lágrimas do meu corpo.”

“É a minha missão. Eu não posso explicar. E o senhor não iria entender.”

“Eu sou muito conformada, é difícil eu me zangar, principalmente com os Orixás. Com eles e com Deus não me aborreço. Tudo que a gente passa é porque tem que passar.”

“Antigamente, nós tínhamos mais fé nos Orixás, mais respeito também. Hoje, mesmo nas pessoas que vêm aqui, eu não descubro aquela fé viva de antes. Para mim, essa gente vem com mais curiosidade do que fé.”

” As separações são muitas, tantas que nem a Justiça toma conhecimento.”

“E sabe por que as pessoas têm problemas hoje? É falta de fé em Deus. E o castigo está aqui na terra. Quem não tem fé só pode ser castigado.”

Mãe Menininha do Gantois

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